sexta-feira, 24 de outubro de 2025

20ª Sexta-feira Depois de Pentecostes


24 de Outubro de 2025 (CC) / 11 de Outubro (CE)
São Filipe, Apóstolo dos 70 e Diácono (Séc. I)
Santas Zenaide e Filonila, de Tarso, na Cilícia (Séc. I)
Jejum (Pão, vegetais e frutas)
Tom 2

Filipe era um dos sete diáconos mencionados no livro dos «Atos dos Apóstolos». Foi um dos escolhidos pelos Apóstolos em Jerusalém para assistir e atender aos mais pobres membros da Igreja, de modo que a comunidade era unificada entre os Palestinos Nazarenos e os judeus Helenitas que vinham a Jerusalém de outras partes do Império Romano. O diácono também ajudava os Apóstolos nos seus deveres de modo a permitir que eles tivessem mais tempo para pregarem. 
Conforme os «Atos dos Apóstolos», Filipe foi o primeiro Nazareno a pregar na Samaria, convertendo Simão, o Mago (8:5-13) e na volta, na estrada de Jerusalém para Gaza, converteu o tesoureiro da rainha da Etiópia (231:8-9). Continuando as suas pregações ele se instalou na Cesaréa e ali viveu com suas quatro filhas virgens que são veneradas como santas (21:8-9). São Paulo ficou em sua casa quando visitou a Cesaréa. A tradição dá a ele a honra de bispo de Tralles, Lydia e algumas vezes ele é chamado de «o Evangelista» um titulo dado apenas para diferenciá-lo de um outro Filipe, o Apóstolo.
Leituras  Comemorativas
Atos 8:26-39
Lucas 10:1-21
As Santas Mártires Zenaide (Zenaída) e Philonilla

Hermione, Philonilla e Zenaide
As mártires Zinaida e Filonila eram parentes do santo apóstolo Paulo e nativas de Tarso. As santas deixaram suas casas e se estabeleceram em uma caverna perto da cidade de Demitriada e viveram em constante oração e trabalho. 
 
Elas dominaram a arte de curar e tratavam com alegria a todos que as procuravam em busca de ajuda, curando suas almas pela conversão ao Deus Verdadeiro. 
Por seu santo zelo em pregar o Senhor, receberam as coroas do martírio: Idólatras as apedrejaram. 

Oração Antes de Ler as Escrituras

Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Filipenses 3:8-19

Fragmento 245 - Irmãos,  na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado n’Ele, não tendo a minha justiça que vem da Lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; para conhecê-Lo, e à virtude da Sua ressurreição, e à comunicação de Suas aflições, sendo feito conforme à Sua morte; para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vos revelará. Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo. Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam. Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas.

Lucas 9:12-18

Fragmento 42 - Naquela hora, o dia já começava a declinar; então, chegando-se a Ele os doze, disseram-Lhe: Despede a multidão, para que, indo aos lugares e aldeias em redor, se agasalhem, e achem o que comer; porque aqui estamos em lugar deserto. Mas Ele lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram: Não temos senão cinco pães e dois peixes, salvo se nós próprios formos comprar comida para todo este povo. Porquanto estavam ali quase cinco mil homens. Disse, então, aos seus discípulos: Fazei-os assentar, em ranchos de cinquenta em cinquenta. E assim o fizeram, fazendo-os assentar a todos. E, tomando os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu, abençoou-os, e partiu-os, e deu-os aos Seus discípulos para os disporem diante da multidão. E comeram todos, e saciaram-se; e levantaram, do que lhes sobejou, doze alcofas de pedaços. E aconteceu que, estando Ele só, orando, estavam com Ele os discípulos.

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ENSINO DOS SANTOS PADRES


O saciamento milagroso da multidão no deserto é uma imagem da saciação dos fiéis na Santa Comunhão com o Puríssimo Corpo e Puríssimo Sangue do Senhor. 

O Senhor está sentado à parte; a multidão é obrigada a sentar-se em grupos; os apóstolos são intermediários – eles recebem o pão e o distribuem. Assim é agora: Os crentes estão todos divididos em grupos – pequenas igrejas individuais nas quais o Senhor, invisivelmente presente, distribui o Seu Corpo e Sangue através dos sucessores apostólicos. Assim como Ele fez com os apóstolos então, agora Ele diz aos seus sucessores: "Dai-lhes vós de comer". Assim como então, agora as multidões crentes permanecem firmes diante do Senhor em jejum, ouvindo a palavra e com um desejo fervoroso de serem curadas dos pecados enquanto se preparam para se aproximar dos Mistérios Divinos. Assim, o mistério iniciado pela aparição do Senhor continua até agora e continuará até o fim do mundo. E no mundo vindouro haverá uma comunhão própria, pois o Senhor promete dar para comer do maná escondido e da árvore da vida (Ap 2:7,17). 

A comunhão mística dos nossos antepassados também foi organizada no paraíso terrestre – comendo da árvore da vida. Na Igreja do Antigo Testamento a sua imagem é a refeição do cordeiro pascal. Assim, a comunhão mística começou com a raça humana, esteve e estará com ela até os séculos eternos, em várias formas, mas no único sentido da mais verdadeira comunhão com o Senhor; pois "n'Ele estava a vida; e a vida era a luz dos homens" (João 1:4). É apropriado que aqueles que são criados segundo a imagem de Deus estejam em tal comunhão com Ele, que é o resplendor da Sua glória e a expressa imagem da Sua pessoa (Hb 1:3).

São Teófano, o Recluso

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