quinta-feira, 26 de junho de 2025

3ª Quinta-feira Depois de Pentecostes


26 de Junho de 2025 (CC) / 13 de Junho (CE)
Santa Mártir Aquilina; Antipatros; Mártir Atonina;
Jejum dos Apóstolos (Azeite é permitido)
Tom 1

A Santa Mártir Aquilina, natural da cidade fenícia de Biblos, padeceu sob o imperador Diocleciano (284-305). Seus pais a criaram na piedade cristã. Quando a menina tinha apenas 12 anos, convenceu um amigo pagão a se converter a Cristo. Uma das servas do Governador imperial Volusian denunciou que a menina estava ensinando seus pares a não honrar a religião de seus pais. Aquilina confessou firmemente sua fé em Cristo diante do Governador e disse que não O renunciaria. Volusian tentou, por meio de persuasão e lisonja, influenciar a jovem confessora, mas vendo sua segurança, então deu ordens para torturá-la. Eles bateram a esbofetearam e depois, deixando-a nua, chicotearam-na. O torturador perguntou zombeteiramente: 
“Onde está então o teu Deus? Deixe-o vir e tirar-te das minhas mãos”. 
A santa respondeu: "O Senhor está invisivelmente aqui comigo, e quanto mais eu sofrer, mais Ele me dará força e resistência”. 
Com varas em brasa, eles perfuraram a cabeça da mártir nas orelhas. A santa mártir caiu como morta. O torturador decidiu que a menina havia realmente morrido e deu ordem para jogar seu corpo fora da cidade para ser devorado por cães. À noite um santo Anjo apareceu a Santa Aquilina, despertou-a e disse: 
“Levanta-te e fica bem. Vai e denuncia Volusian, que ele próprio e a sua intenção se desfazem diante de Deus”. 
A mártir, louvando a Deus e tendo sido restaurada ilesa, foi à corte do Governador e apresentou-se diante de Volusian. Ao ver Santa Aquilina, Volusian assustado chamou seus servos e ordenou que a vigiassem até de manhã. Pela manhã proferiu a sentença de morte contra Santa Aquilina sob a alegação de ser feiticeira e de não obedecer aos decretos imperiais. Quando levaram a santa à execução, ela orou e deu graças a Deus, por ter-lhe concedido sofrer pelo Seu Santo Nome. Uma voz foi ouvida em resposta à sua oração, convocando-a ao Reino Celestial, após o que a mártir entregou seu espírito a Deus (†293). O carrasco temeu desobedecer às ordens do Governador e, embora já morta, cortou-lhe a cabeça. Os cristãos enterraram piedosamente o corpo da mártir. Mais tarde, suas relíquias foram levadas para Constantinopla e colocadas dentro de uma igreja com seu nome.


Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Romanos 8:22-27

Fragmento 98 – Irmãos, sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora; e não só ela, mas até nós, que temos os primeiros frutos do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando avidamente a nossa adoção, a redenção do nosso corpo. Porque nesta esperança fomos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos. Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda em nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do Espírito, o Qual, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos.
 (8:24) No Reino de Cristo, a esperança é muito mais do que uma projeção otimista; ela está assentada sobre uma profunda convicção dos acontecimentos futuros, uma certeza tal que nos capacita a suportar com paciência os sofrimentos do presente, antevendo o gozo futuro. 
 (8:26) Nós, os crentes, não sabemos como orar de forma eficaz. O Espírito vem em nossas orações corrigir nossas debilidades, ensinando-nos como orar e intercedendo diretamente por nós quando nossas orações são inadequadas. Os Santos Padres identificam três fases da oração: 1. A simples repetição de orações prontas (rezas); 2. A do uso de rezas, mas com concentração e assimilação dos seus conteúdos e; 3. A oração sem palavras, quando se está cheio do Espírito Santo, onde as percepções da qual a alma partilha, não podem ser expressadas por palavras. Esta é a mais alta forma de oração.  

Mateus 10:23-31


Fragmento 37 - O Senhor disse aos Seus discípulos: “Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem. Não é o discípulo mais do que o seu mestre, nem o servo mais do que o seu senhor. Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao Dono da casa, quanto mais aos Seus domésticos? Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de ser descoberto, nem oculto que não haja de ser conhecido. O que vos digo às escuras, dizei-o às claras; e o que escutais ao ouvi-do, dos eirados pregai-o. E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes Àquele que pode fazer perecer na Gehenna tanto a alma como o corpo. Não se vendem dois passarinhos por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos”.
 (10:23) Oposições e perseguições não devem servir de motivos para que os discípulos deixem de realizar a missão, e, sim, devem se constituir em motivações para se avançar. A expressão "não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem", não deve ser entendida como sendo uma referência à segunda vinda de Cristo, mas, possivelmente, se refere à destruição no ano 70, quando as tropas romanas devastaram as cidades de Israel e destruiu completamente o Templo de Jerusalém, a qual é entendida como juízo Divino sobre Israel por haver rejeitado o Messias. E isto se deu de forma repentina, sem que a missão entre os judeus estivesse concluída, devido à forte oposição e perseguição do Sinédrio à Igreja. 
 (10:26) "Não temais", é repetido por três vezes (v. 26, 27 e 31), visando encorajar o testemunho do Evangelho frente às adversidades. Os cristãos, tanto naquela época como hoje, não devem se deixar intimidar por oposições ou perseguições, em sua missão de ensinar o Evangelho.   
(10:28) Na história judaica, a palavra "gehenna" é utilizada para designar o Vale de Hinom, local que abrigava práticas religiosas condenadas (2 Cr 28:3; Jer. 39:35) e, mais tarde, tornou-se um "lixão" na periferia de Jerusalém, onde a combustão era frequente. Devido à essas associes, "gehenna" adquiriu a conotação de castigo eterno após a morte.

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