terça-feira, 2 de dezembro de 2025

26ª Terça-feira Depois de Pentecostes

02 de Dezembro de 2025 (CC) / 19 de Novembro (CE)
S. Profeta Obadias; Veneráveis Barlaam e loasaph, Príncipe da India 
e St. Abenner, o Rei, pai de St. loasaph (Sec. IV)
Ss. Barlaam e Heliodoro, mártires (?)
São Filareto, Metropolita de Moscou (1867)
Jejum da Natividade (Peixe é permitido)
Tom 8


O Santo Profeta Obadias (ou Avdi) era um dos 12 Profetas Menores e viveu durante o século IX a.C. Obadias era natural da aldeia de Betharam, perto de Siquém, e serviu como governador da casa do ímpio rei israelita Acabe. Nestes tempos todo o Israel estava afastado do Deus Verdadeiro e oferecia sacrifício a Baal. Mas Obadias-Avdi em segredo servia fielmente ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó. 
Quando a ímpia e dissoluta Jezabel, a esposa de Acabe, começou a exterminar todos os profetas do Senhor, Obadias-Avdi, por sua vez, os socorria dando-lhes abrigo e comida (3 Reis 18:3 e ss)*. O sucessor de Acabe, o Rei Etoquias (Acazias), enviou três destacamentos de soldados para prender o santo Profeta Elias (Elias ou Ilias, comemorado em 20 de julho). Um desses destacamentos foi chefiado por São Obadias-Avdi. Através da oração de Santo Elias, dois dos destacamentos foram consumidos pelo fogo Celestial, mas São Obadias-Avdi e seu destacamento foram poupados pelo Senhor (4 Reis 1)**. A partir desse momento, São Obadias renunciou ao serviço militar e tornou-se seguidor do Profeta Elias. Depois disso, ele mesmo recebeu o dom da profecia. A obra inspirada por Deus de São Obadias, Avdi - o Livro das Profecias, em seu nome, é a quarta na ordem dos Livros dos Doze Profetas Menores, na Bíblia. Contém previsões sobre a Igreja do Novo Testamento. O santo Profeta Obadias-Avdi foi enterrado em Samaria. 
(* 1 Reis na versão massoreta; ** 2 Reis na versão massoreta). 
Comemoração do Veneráveis Barlaam (o Habitante do Deserto) e loasaph, Príncipe da India e Santo Abenner, o Rei, pai de St. loasaph. 
A Índia, que recebeu a fé cristã através da pregação da Palavra do Apóstolo Tomé , foi governada pelo Rei Abenner, adorador de ídolos e feroz perseguidor de cristãos. Durante muito tempo, ele não teve filhos. Finalmente, seu filho nasceu e foi nomeado Ioasaph. No nascimento do príncipe, o mais sábio astrólogo da corte previu que o príncipe adotaria a fé cristã que era perseguida por seu pai. Querendo impedir o cumprimento daquela profecia, ordenou que um palácio separado fosse erguido para o príncipe e que o príncipe nunca ouvisse uma única palavra sobre Cristo e Seus ensinamentos.

Quando jovem, o príncipe pediu e recebeu permissão de seu pai para sair das fronteiras da corte e, como resultado, viu pela primeira vez que havia sofrimento, doença, velhice e morte . Isso levou o príncipe a refletir seriamente sobre a vaidade e a inutilidade da vida, e cada vez dedicava tempo nesta meditação.
    
Naquela época, um sábio eremita, o Venerável Barlaão, havia retomado sua luta ascética em um deserto distante. Por meio de uma revelação divina, ele aprendeu sobre o doloroso sofrimento do jovem em buscar a verdade. O Venerável Barlaão deixou o deserto e, sob o disfarce de mercador, foi para a Índia. Ao entrar na cidade em que ficava o palácio do príncipe, ele anunciou que trouxera consigo uma pedra preciosa especialmente preciosa que tinha a capacidade miraculosa de curar doenças. Trazido diante do príncipe Ioasaph, Barlaam começou a apresentar-lhe os ensinamentos da Fé Cristã, empregando primeiro parábolas, e depois as ensinando diretamente dos livros dos Santos Evangelhos e das Epístolas dos Santos Apóstolos. O jovem percebeu que pelas instruções de Barlaão, que a pedra preciosa era a fé no Senhor Jesus Cristo. Depois de batizar o príncipe e dirigi-lo a jejuar e rezar, o venerável Barlaão partiu para o deserto.

Ao saber que seu filho havia se tornado cristão, o Rei ficou cheio de raiva e tristeza. A conselho de um de seus nobres, ele determinou que fosse realizado um debate entre cristãos e pagãos. Nesse debate, um mago e feiticeiro chamado Nakhor apareceria sob o disfarce de Barlaam. No debate, Nakhor deveria admitir a derrota e, assim, afastar o príncipe do cristianismo. Em uma visão em seu sono, Ioasaph soube do truque planejado, e ameaçou Nakhor com uma punição dolorosa se ele fosse derrotado. O Nakhor aterrorizado não só derrotou os pagãos, mas ele mesmo creu em Cristo, arrependeu-se, recebeu o Santo Batismo e partiu para o isolamento no deserto. 
O rei tentou, por outros meios, convencer seu filho do cristianismo, mas o príncipe superou todas as tentações. Então, seguindo o conselho de seus nobres, Abenner deu a seu filho metade de seu reino. Como governante, São Ioasaph estabeleceu o cristianismo em seu reino, reconstruiu igrejas e, finalmente, converteu seu pai, o rei Abenner, à fé cristã. Logo após o seu batismo, o rei Abenner repousou. São Ioasaph saiu do reino e partiu para o deserto em busca de seu mestre, o Ancião Barlaam. Durante dois anos, resistindo a ataques e tentações, vagou pelo deserto, até chegar à caverna do Venerável Barlaão, que buscava a salvação envolvendo-se num silêncio ascético. O Ancião e o jovem assumiram suas lutas ascéticas em comum. Quando o tempo para o repouso do Venerável Barlaão se aproximava, ele serviu a Divina Liturgia, a Comunhão dos Santos Dons de Cristo, e comungou com São Ioasaph. Então, tendo passado setenta de seus cem anos no deserto, partiu para o Senhor. Depois de se comprometer com o Ancião na Terra, São Ioasaph permaneceu naquela mesma caverna, dando continuidade ao combate ascético de um habitante do deserto. Ioasaph passou trinta e cinco anos no deserto e, aos sessenta anos, partiu para o Senhor. 
Seguindo as instruções de certo eremita, Baraque, sucessor real de Ioasaph, foi até sua caverna e descobriu as relíquias incorruptas e fragrantes de ambos os ascetas. Ele os trouxe para sua terra natal e os mandou enterrar em uma igreja erguida pelo Venerável Príncipe Ioasaph. 
O Santo Mártir Barlaam 
São Barlaam foi um agricultor numa aldeia localizada nas proximidades de Antioquia. Sua fé em Cristo mexeu com seus perseguidores que o mativeram durante um longo tempo na prisão antes que fosse julgado. O juiz zombou da aparência e linguagem rústicas de Barlaam, mas não  podia deixar de reconhecer e admirar suas virtudes e sua firmeza. 
Apesar disso, foi cruelmente açoitado, mas de sua boca não se ouviu uma única queixa. Depois, como consequência das torturas que sofreu, teve os ossos desconjuntados. 
Como também isso não surtisse os efeitos esperados, o prefeito o ameaçou de morte, ordenando que lhe mostrassem a espada e feixes manchados com o sangue de outros mártires. Barlaam tudo assistiu sem dizer uma palavra. 
O juiz, envergonhado ao se sentir vencido, ordenou que fosse levado de volta para o prisão, enquanto planejava um tormento ainda pior. Finalmente, acreditou que tivesse descoberto uma forma para fazer com que Barlaam renegasse sua fé e oferecesse sacrifícios ao ídolos. O prisioneiro foi conduzido diante de um altar onde se encontrava um braseiro. Os guardas puseram incenso na mão de Barlaam que estava presa, de tal modo que, ao menor movimento, o incenso caísse sobre as brasas como num gesto de sacrifício. Embora, na realidade, tal movimento resultasse de um ato instintivo, Barlaam, temendo escandalizar seus irmãos, manteve firme sua mão direita sobre o fogo ate que o calor a queimasse inteiramente. Logo depois, entregou seu espírito ao criador sem, no entanto, abandonar a sua fé. Isso se deu no ano 304 da era cristã. 
São Filareto, Metropolita de Moscou
Nascido em uma família sacerdotal perto de Moscou em 1782, Filareto entrou para o seminário ainda jovem e logo se destacou por sua piedade e sua erudição em línguas antigas. Ele foi tonsurado monge, mas foi feito professor no seminário em Moscou, onde suas exposições da Fé, faladas e escritas, fizeram com que ele fosse considerado um Pai da Igreja em seu próprio tempo; muitos o chamavam de "o novo Crisóstomo".
 
Em 1817, aos trinta e cinco anos, foi consagrado bispo e, em apenas alguns anos, ascendeu ao posto de Metropolita de Moscou, o mais alto cargo na Igreja Russa desde que Pedro, o Grande, aboliu o Patriarcado. Filareto permaneceu Metropolita pelo resto de sua vida. São Filareto parecia literalmente incansável em seus trabalhos pela Igreja: Ninguém sabia quando ele dormia, e seu servo, não importava quando ele chegasse aos aposentos do Metropolita, sempre o encontraria trabalhando em sua mesa. Ele trabalhou para restaurar os padrões morais entre o Clero, que havia caído em frouxidão. Sempre que era forçado a depor um clérigo, ele secretamente contribuía para as necessidades da família com seus próprios recursos. Da mesma forma, ele usava todos os seus recursos financeiros em obras de caridade, sempre cuidando para que suas doações fossem mantidas em segredo. Ele financiou a construção de um grande orfanato para órfãos e crianças de famílias pobres do clero. 
São Filareto deu seu total apoio ao projeto de cinquenta anos de tradução da Bíblia para o russo e traduziu vários livros do Antigo Testamento, embora o projeto fosse contestado pelo Czar e por alguns grupos poderosos na Igreja. Ele apoiou o trabalho dos padres do Mosteiro de Optina para publicar traduções dos Padres da Igreja; essas traduções, quando apareceram, contribuíram para um grande despertar espiritual na Rússia. 
Ele repousou em paz em 1867, aos oitenta e cinco anos.

Oração Antes de Ler as Escrituras 
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
1 Timóteo 1:8-14

Fragmento 279 - Meu filho Timóteo, sabemos, porém, que a Lei é boa, se alguém dela usa legitimamente; sabendo isto, que a Lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina, conforme o Evangelho da glória de Deus bem-aventurado, que me foi confiado. E dou graças Ao que me tem confortado, a Cristo Jesus Senhor nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério; a mim, que dantes fui blasfemo, e perseguidor, e injurioso; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade. E a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e amor que há em Jesus Cristo.

Lucas 17:26-37

E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos. Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar. Naquele dia, quem estiver no telhado, tendo as suas alfaias em casa, não desça a tomá-las; e, da mesma sorte, o que estiver no campo não volte para trás. Lembrai-vos da mulher de Ló. Qualquer que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder, salvá-la-á. Digo-vos que naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado, e outro será deixado. Duas estarão juntas, moendo; uma será tomada, e outra será deixada. Dois estarão no campo; um será tomado, e o outro será deixado. E, respondendo, disseram-lhe: Onde, Senhor? E ele lhes disse: Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão as águias.

† † †

ENSINO DOS SANTOS PADRES

São João Cassiano
A Boa Vontade Procede e Se Consuma Em Deus

O primeiro movimento de boa vontade (no homem) Deus mesmo nos concede por sua inspiração. Esta nos atrai ao caminho da salvação, já seja por impulso imediato dele, ou pelas exortações de um homem, ou pela força das circunstâncias. E também é um dom de sua mão a perfeição das virtudes. O que de nós depende é corresponder com frieza ou com entusiasmo a esse impulso da graça. Segundo isto, merecemos o prêmio ou o tormento, na medida em que tenhamos cooperado ou não, com nossa fidelidade ou infidelidade, a esse plano divino que sua condescendência e paternal providência havia concebido sobre nós... 

Idêntica linha de conduta observamos na cura dos dois cegos do Evangelho: Que Jesus passe por onde eles estavam é graça de sua condescendência e providência; conceder que os cegos falem e digam: Tem piedade de nós, Senhor, Filho de Davi!, é obra de sua fé e confiança nele. E o fato de que a luz volte aos seus olhos e vejam, é dom exclusivo da misericórdia divina. 

Cabe observar que mesmo depois de haver recebido algum benefício de Deus, subsiste a força da graça divina e a liberdade humana. O manifesta o episódio dos dez leprosos que foram curados pelo Senhor ao mesmo tempo. Somente um deles, por obra de seu livre-arbítrio – secundando, é claro, a moção divina –, retorna para dar graças. O Senhor elogia a iniciativa.

Porém, ao mesmo tempo reclama e pergunta pelos outros nove. Com isto manifesta que sua solicitude continua agindo a favor dos homens, apesar de sua ingratidão que esquece os seus benefícios. Ambas as coisas são igualmente um dom de sua visita: acolher e respeitar ao agradecido, e buscar repreender aos ingratos. 

Ademais, convém que creiamos com uma fé incondicional que nada acontece no mundo sem a intervenção de Deus. Devemos realmente reconhecer que tudo acontece ou por sua vontade ou por sua permissão. O bem, mediante a sua vontade e o seu auxílio; o mal, por sua permissão, quando, para punir nossos crimes ou a dureza de nosso coração, nos abandona à tirania do demônio ou as vergonhosas paixões da carne. 

O apóstolo nos ensina isto com evidência nestas palavras: Por isto Deus os abandonou as suas paixões ignominiosas, e também: Porque não se preocuparam de conhecer a Deus, os entregou aos sentimentos depravados, e daí o seu procedimento indigno. E o próprio Senhor diz pela boca do profeta: E o meu povo não ouviu a minha voz, e Israel não obedeceu aos meus mandatos. Por isto lhes abandonei – diz – aos pensamentos de seu coração e andaram segundo os seus próprios caprichos. 

Devemos considerar que se a liberdade se destaca na desobediência do povo, não é menos evidente, por outro lado, a contínua providência que Deus tem sobre os seus. De fato, não deixa de encaminhar-lhes diariamente seus avisos, clamando, por assim dizer, a Israel. Quando afirma: Se meu povo me escutasse, mostra claramente que ele falou a Israel, o primeiro. E não somente pela lei escrita lhes fala assim Deus, mas também por contínuas e diárias admoestações, segundo aquela que diz Isaías: O dia inteiro estendi as minhas mãos ao povo que não cria em mim e me contradizia.
São João Cassiano (séc. V)

Santo Ambrósio
Devemos Orar Especialmente Por Todo O Corpo Da Igreja 

Oferece a Deus um sacrifício de louvor, cumpre os teus votos ao altíssimo. Louvar a Deus é o mesmo que fazer votos e cumpri-los. Por isso, foi-nos dado a todos como modelo aquele samaritano que, ao ver-se curado da lepra juntamente com outros nove leprosos que obedeceram à palavra do Senhor, retornou ao encontro de Cristo, e foi o único que glorificou a Deus, agradecendo-lhe. Dele disse Jesus: Somente este estrangeiro voltou para dar glória a Deus? E lhe disse: Levanta-te e vai, tua fé te salvou.

Com isto o Senhor em seu divino ensinamento te mostrou, de um lado, a bondade de Deus Pai e, por outro, te insinuou a conveniência de orar com intensidade e assiduidade: mostrou-te a bondade do Pai, revelando-te como ele se compraz em conceder-nos os seus bens, para que aprendas com isso a pedir bens aquele que é o próprio bem; mostrou-te a conveniência de orar com intensidade e assiduidade, não para que repitas sem cessar e mecanicamente fórmulas de oração, mas para que adquiras a virtude de orar frequentemente. Porque, repetidamente, as longas orações vão acompanhadas de vanglória, e a oração seguidamente interrompida tem como companheira a negligência.

Portanto, o Senhor também te exorta a que tenhas o máximo interesse em perdoar os outros quando tu pedes o perdão de tuas próprias culpas; com isso, tua oração se torna recomendável por tuas obras. O apóstolo afirma, também, que se deve orar primeiro afastando as controvérsias e a ira para que desta forma a oração se encontre acompanhada da paz de espírito e não se misture com sentimentos alheios a oração. Ademais, também nos é ensinado que convém orar em todos os lugares: assim o afirma o Salvador, quando diz, falando da oração: Entra no teu quarto. 

Porém, entende-o bem, não se trata de um quarto rodeado de paredes, no qual o teu corpo se encontra fechado, mas sim daquela morada que existe em teu próprio interior, no qual residem os teus pensamentos e moram os teus desejos. Este quarto para a oração vai contigo a todos os lugares, em toda a parte onde te encontres continua sendo um lugar secreto, cujo só e único árbitro é Deus.

Também te é dito que deves orar especialmente pelo povo de Deus, ou seja, por todo o corpo, por todos os membros de tua mãe, a Igreja, que vem a ser como um sacramento do mútuo amor. Se somente pedes por ti, tu também serás o único a suplicar por ti. E, se todos suplicam somente por si mesmos, a graça que o pecador alcançará será, sem dúvida, menor que a que obteria do conjunto dos que intercedem se estes fossem muitos. Mas, se todos pedem por todos, também se deve dizer que todos suplicam por cada um.

Concluamos, portanto, dizendo que, se rezas somente por ti, serás, como já dissemos, o único intercessor em teu favor. Mas, se tu rezas por todos, também a oração de todos te aproveitará, pois tu também formas parte do todo. Desta maneira, alcançarás uma grande recompensa, pois a oração de cada membro do povo se enriquecerá com a oração de todos os outros membros. Nisto não existe nenhuma arrogância, mas uma grande humildade e um fruto mais copioso.

Santo Ambrósio, bispo de Milão (séc. IV)

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

26ª Segunda-feira Depois de Pentecostes

01 de Dezembro de 2025 (CC) / 18 de Novembro (CE)
S. Platão, mártir († 305)
Jejum da Natividade (Pão, vegetais e frutas)
Tom 7


Platão era natural de Ankara e viveu em finais do século II. Homem de alma virtuosa, realizou uma grande e importante obra no campo da evangelização, propagando e ensinando o conteúdo da fé cristã. De posição econômica privilegiada, socorria aos pobres, enfermos e necessitados em geral com importantes doações em dinheiro. Denunciado, foi levado à presença do governador Agripino, assumindo diante dele sua fé em Cristo, acrescentando ainda que trabalhava e vivia pela graça de Cristo. Agripino, percebendo tratar-se de um homem de posses, através de vários e diferentes subterfúgios buscou persuadí-lo a renegar sua fé. Depois, tentou atraí-lo apresentando-lhe sua linda e jovem sobrinha, oferecendo-a em casamento à Platão em troca de que este abandonasse sua fé. O santo, porém, reagiu prontamente à proposta do governador, repetindo as palavras do Evangelho: 
«E vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna.» (Jd 1,20-21). 
Agripino ordenou então que Platão fosse açoitado, e após ser submetido a várias formas de torturas, fo decapitado no ano 306, entregando assim a sua alma a Deus.
Oração Antes de Ler as Escrituras 
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

1 Timóteo 1:1-7

Fragmento 278 - Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e do Senhor Jesus Cristo, esperança nossa, a Timóteo meu verdadeiro filho na fé: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus nosso Pai, e da de Cristo Jesus, nosso Senhor. Como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns, que não ensinem outra doutrina, nem se deem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que produzem mais polêmica do que a edificação de Deus na fé. Ora, a finalidade do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida, da qual, desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas; querendo ser mestres da Lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam.

Lucas 17:20-25

E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós. E disse aos discípulos: Dias virão em que desejareis ver um dos dias do Filho do homem, e não o vereis. E dir-vos-ão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali. Não vades, nem os sigais; porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia. Mas primeiro convém que ele padeça muito, e seja reprovado por esta geração.

† † †

ENSINO DOS SANTOS PADRES


O que é o Reino dos Céus a não ser Cristo em pessoa? De fato, Cristo diz referindo-se a si mesmo: Pois o Reino de Deus está dentro de vós. E existe algo maior que Cristo segundo a sua divindade, a tal ponto que ouvimos o profeta dizer: Ele é o nosso Deus e não existe nenhum outro: investigou o caminho do saber e se deu ao seu filho Jacó, ao seu amado Israel. Depois apareceu no mundo e viveu entre os homens?

Mas, da mesma forma, existe algo menor que Cristo segundo a economia da encarnação, que se fez inferior aos anjos e aos homens? Escuta a Davi explicar em que se fez menor que os anjos: O que é o homem para que te recordes dele, o ser humano, para dar-lhe poder? O fizeste pouco abaixo dos anjos. E que Davi disse isto de Cristo, Paulo o interpreta para ti quando diz: Ao que Deus fez pouco abaixo dos anjos, a Jesus, o vemos agora coroado de honra e glória por sua paixão e morte...

Portanto, o Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e o semeou em seu horto. Semeia este grão de mostarda no horto de tua alma. Se tiveres este grão de mostarda no horto de tua alma, o profeta também dirá a ti: Serás um horto bem regado, um manancial de águas cuja veia nunca seca.

E se quiséssemos discutir mais a fundo este tema, descobriríamos que a parábola compete ao próprio Salvador. De fato, ele é o pequeno em aparência, de uma breve vida neste mundo, porém grande no céu. Ele é o Filho do homem e Deus, porque é Filho de Deus; supera toda medida; é eterno, invisível, celestial, que é comido unicamente pelos crentes; foi triturado e depois de sua paixão se tornou tão branco como o leite; este é mais alto que todas as hortaliças; ele é o invisível Verbo do Pai; este é quem os pássaros do céu, ou seja, os profetas, os apóstolos e quantos foram chamados podem abrigar-se; este é quem, com o seu próprio calor, cura os males de nossa alma; debaixo desta árvore somos cobertos de orvalho e protegidos dos ardores deste mundo, este é aquele que ao morrer foi semeado na terra e ali frutificou; e ao terceiro dia ressuscitou aos santos tirando-os do sepulcro; este é o que por sua ressurreição apareceu como o maior de todos os profetas; este é o que conserva todas as coisas mediante o Sopro que procede do Pai; este é o que semeado na terra cresceu para o céu, o que semeado em seu próprio campo, ou seja, no mundo, ofereceu ao Pai todos quantos criam nele.

Ó semente de vida semeada na terra por Deus Pai! Ó gérmen de imortalidade que reconcilias com Deus aos mesmos que tu alimentas! Diverte-te sob esta árvore e dança com os anjos, glorificando ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém.”

São João Crisóstomo, Patriarca de Constantinopla (Séc. 5)

ORAÇÃO

Salmo 24

A Ti, Senhor, elevei a minha alma, meu Deus, em Ti confio, não seja eu envergonhado, não zombem de mim meus inimigos. Porque todos os que em Ti esperam não sofrerão vexame. Envergonhados sejam todos os obreiros de futilidades.

Mostra-me, Senhor, os Teus caminhos, e ensina-me as Tuas veredas. Orienta-me, segundo a Tua verdade, e ensina-me, pois És Deus, meu salvador e sempre tenho esperado por Ti.

Recorda-Te de Tuas misericórdias, Senhor, porque Tuas misericórdias são eternas. Não Te lembres dos pecados de minha juventude e nem de minha ignorância. Recorda-Te de mim, ó Deus, segundo a Tua misericórdia, por causa de Tua bondade, ó Senhor.

O Senhor É bondoso e reto, por isto estabelece uma Lei para os delinquentes no caminho; 
Guiará os mansos no juízo, ensinará aos dóceis os Seus caminhos. Todos os caminhos do Senhor são misericórdia e verdade para os que buscam Sua Aliança e Seus testemunhos. Por amor de Teu Nome, Senhor, perdoarás o meu pecado. Ele é, de fato muito grande. 

Quem é o homem que teme ao Senhor? Ele o instrui no caminho que Ele escolheu. Sua alma repousará no meio de bens, e sua descendência herdará a terra. O Senhor É a força dos que O temem, e a estes faz conhecida a Sua aliança. 

Os meus olhos estão continuamente postos no Senhor; pois Ele É Quem há de tirar os meus pés do laço. Olha para mim, e tem misericórdia de mim, porque estou solitário e pobre. Multiplicaram-se as aflições de meu coração. Livra-me da minha tristeza. Vê minha humilhação e minha labuta, e perdoa todos os meus pecados. Vê como se multiplicaram os meus inimigos, e com que ódio iníquo me odeiam. Guarda a minha alma e livra-me, e assim não serei envergonhado, porque em Ti esperei.

O inocente e o reto juntaram-se a mim, porque eu esperei por Ti, ó Senhor.

Livra, ó Deus, a Israel de todas as suas tribulações.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,
Agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Aleluia, aleluia, aleluia, glória a Ti, ó Deus (3x)

Senhor, tem piedade (3x)

† † †

domingo, 30 de novembro de 2025

25º Domingo Depois de Pentecostes

30 de Novembro de 2025 (CC) / 17 de Novembro (CE)
São Gregório, o Taumaturgo, bispo de Neo-Cesaréia († c. 275)
Tom 8



Teodoro, que mais tarde seria chamado Gregório e, por seus milagres, tornou-se conhecido como «o Taumaturgo», nasceu em Neo-Cesaréia do Ponto (Ásia). Seus pais eram de linhagem nobre e pagãos. Quando Gregório tinha catorze anos de idade, ficou órfão de pai. O jovem seguiu com sua carreira jurídica. A irmã de Gregório empreendeu uma viagem a Cesaréia da Palestina para encontrar-se com seu esposo que ocupava um cargo oficial. Gregório a acompanhou nessa viagem, bem como o seu irmão, Atenodoro, que mais tarde tornou-se bispo e muito sofreu por sua fé.

Gregório planejava exercer o ofício de advogado em seu país, porém, pouco depois de sua chegada, foi eleito bispo de Neo-Cesaréia, cidade que contava, nesta época, com apenas dezessete cristãos. Neo-Cesaréia era, nesta época, uma cidade muito rica e com uma grande população, predominando a idolatria e o vício. São Gregório, consumido pelo zelo e caridade, entregou-se energicamente no cumprimento de seus deveres pastorais, sendo agraciado por Deus com um extraordinário dom de operar milagres. São Basílio disse a seu respeito que «com a ajuda do Espírito Santo, tinha um poder formidável sobre os maus espíritos. Em certa ocasião, fez secar um lago que era motivo de disputa entre dois irmãos. Sua capacidade de prever e predizer os acontecimentos futuros o elevava a altura dos profetas. Os milagres que operava eram tão notáveis que amigos e inimigos o consideravam como um novo Moisés».

Pouco depois de tomar posse de sua sede como bispo, São Gregório foi hospedar-se na casa de Musonio, um personagem importante da cidade que lhe havia convidado para que fosse morar com ele. Nesse mesmo dia iniciou sua atividade de pregação e, antes que a noite caísse, já havia convertido um número suficiente para formar uma pequena igreja. No dia seguinte, aglomeravam-se à porta da casa de Musonio muitos enfermos aos quais Gregório restaurava a saúde, e os convertia à fé cristã. Logo os cristãos eram em tal número que Gregório pode construir uma Igreja, já que todos colaboravam com suas esmolas e trabalho. A prudência e o tato de São Gregório moviam as pessoas a buscar sua orientação acerca de questões civis e religiosas e, nesse sentido, foram de grande proveito ao santo, seus estudos dos assuntos jurídicos.

São Gregório de Nissa e seu irmão, São Basílio, ficaram sabendo através da avó, Santa Macrina, do que se dizia a respeito do Taumaturgo, já que a santa, quando ainda era pequena, vivia em Cesaréia, mais ou menos na época em que morreu São Gregório. São Basílio diz que, a vida do Taumaturgo refletia a sublimidade de seu fervor evangélico. Em suas práticas devocionais, mostrava grande reverência, recolhimento, e jamais orava com a cabeça coberta. Amava a simplicidade e modéstia nas palavras: o «sim» e o «não» constituíam a medula de suas conversações. Detestava a mentira e a falsidade; em suas palavras, tanto como em sua conduta, não havia nunca a menor sombra de cólera ou de amargura.

Quando irrompeu a perseguição aos cristãos sob o império de Décio no ano 250, São Gregório aconselhou aos cristãos que se escondessem para não ficarem expostos aos perigo de perder a fé. Ele mesmo se retirou para o deserto em companhia de um antigo sacerdote pagão a quem havia convertido e ordenado diácono para estar ao seu lado. Os perseguidores ficaram sabendo que Gregório se refugiara nas montanhas e enviaram um pelotão de soldados para que fosse capturado. Estes, porém, voltaram sem a «presa», dizendo que só haviam encontrado vegetação. Então, o homem que havia indicado o lugar onde estava escondido São Gregório foi ao bosque e encontrou o Santo e seu companheiro entregues à oração. Diante de tal quadro, compreendeu que Deus devia ter protegido aqueles dois homens, fazendo com que os soldados os confundissem com as árvores. De delator de cristãos, este homem converteu-se à fé cristã.

Depois da perseguição, teve início uma epidemia que foi seguida da invasão dos godos. Assim, não é de se estranhar que, em tais circunstâncias, não lhe tenha restado muito para escrever, pois que devia dedicar-se à sua tarefa pastoral. Ele mesmo é quem descreve as dificuldades de seu ministério na «Carta canônica», que escreveu por ocasião dos problemas causados pela invasão dos bárbaros. Diz-se que o Santo organizava entretenimento nos dias das festas dos mártires, e que isso tenha contribuído para atrair os pagãos e popularizar as reuniões religiosas entre os cristãos. Além disso, o santo estava certamente convencido de que, a diversão saudável, além das práticas religiosas, constituíam também uma maneira de venerar os mártires.

De qualquer modo, São Gregório foi, ao que se sabe, o único missionário que, durante os três primeiros séculos da Igreja, empregou tais métodos em sua ação pastoral, ele que era um grego de notável cultura.

Pouco antes de sua morte São Gregório fez investigações para verificar quantos infiéis restavam ainda na cidade e, tomando conhecimento de qu somavam dezessete, exclamou alegremente: «Graças sejam dadas a Deus! Pois, quando cheguei a esta cidade, não havia mais que dezessete cristãos». Depois de orar pela conversão dos infiéis e pela santificação daqueles que já eram agraciados com a fé no verdadeiro Deus, recomendou aos seus amigos que, quando morresse, não fosse sepultado num lugar distinto, já que havia estado no mundo como peregrino, sem buscar a si mesmo e desejava compartilhar da mesma sorte das pessoas simples depois da morte. No ano 270, São Gregório adormeceu, entregando ao Senhor sua alma em paz.

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

MATINAS (III)

Marcos 16:9-20

Fragmento 71 - Naquela época, havendo Jesus ressurgido cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. Foi ela anunciá-Lo aos que haviam andado com Ele, os quais estavam tristes e chorando; e ouvindo eles que vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram. Depois disso manifestou-Se sob outra forma a dois deles que iam de caminho para o campo, os quais foram anunciá-Lo aos outros; mas nem a estes deram crédito. Por último, então, apareceu aos onze, estando eles reclinados à mesa, e lhes lançou em rosto a incredulidade e dureza de coração deles, por não haverem dado crédito aos que O tinham visto já ressurgido. E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais acompanharão aos que crerem: Em Meu Nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-Se à direita de Deus. Eles, pois, saindo, pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam.


LITURGIA

Tropárion da Ressurreição
Tu desceste do alto dos Céus, Ó Deus misericordioso / e aceitaste está sepultado durante três dias, / a fim de nos libertares de nossas paixões. // Senhor, nossa vida e ressurreição, glória a Ti.

Tropárion de São Mateus, Tom 3 (Santo Patrono)
Com zelo seguiste a Cristo, o Mestre, / Que em Sua bondade apareceu aos homens na Terra, / E da alfândega te chamou para Apóstolo / e Pregador do Evangelho ao universo, /por isto honramos tua preciosa memória. / Ó divinamente eloquente, Mateus. /Roga ao Deus misericordioso // que nos conceda a remissão das transgressões e a salvação das nossas almas!

Kondákion da Ressurreição
Ressuscitado do túmulo Tu despertaste os mortos, / e ergueste Adão e Eva dançou de alegria na Tua ressurreição; / e os confins da terra mantiveram festas triunfais // na Tua ressurreição dentre os mortos, Ó Tu que És muito misericordioso.

Glória ao Pai e ao Filho e ao espírito Santo...

Tom 4: Deixando os laços da alfândega para adquirir o jugo da Justiça, / tu te revelaste um sábio comerciante, rico da sabedoria do Alto. / Proclamaste a Palavra da Verdade, /e pela narrativa da hora do Juízo // despertaste as almas indolentes.

Agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Hino à Vigem
Ó admirável Protetora dos Cristãos e nossa Intercessora ante o Criador, / não desprezes as súplicas de nós, pecadores, / mas, apressa-te a auxiliar-nos como Mãe Bondosa que és, / pois, te invocamos com fé. / Roga por nós junto de Deus, / tu que defendes sempre àqueles que te veneram.

Prokímenon

R. Fazei votos, e pagai-os
ao Senhor vosso Deus. (Sl. 75:11)

V. Conhecido É Deus em Judá, 
grande É o Seu Nome em Israel. (Sl. 75:1)

Efésios 4:1-6

Fragmento 224A - Irmãos, exorto-vos, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o Qual é sobre todos, e por todos e em todos.

Aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia! (3x)

Vinde, regozijemo-nos no Senhor,
cantemos as glórias de Deus, nosso Salvador!

Apresentamo-nos diante d'Ele com louvor, 
e celebremo-lo com salmos! 

Lucas 12:16-21
 
E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; e arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; e direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.

HOMILIA


“O Desprendimento das Riquezas”

Disse-lhe alguém da multidão: "Mestre, diz ao meu irmão que reparta comigo a herança". E ele respondeu: "Mas homem, quem me constituiu juiz ou repartidor entre vós?" Toda esta passagem está ordenada a como aceitar a dor para confessar ao Senhor, seja por desprezo da morte, pela esperança do prêmio ou pela ameaça de um castigo eterno que jamais deixará de ser tal. E visto que, frequentemente, acontece que a avareza é causa de tentação para a virtude, acrescenta-se também o mandamento de suprimi-la e como se deverá fazê-lo, quando diz o Senhor: Quem me constituiu juiz ou repartidor entre vós?

Aquele que havia descido por razões divinas, com toda a justiça rejeita as terrenas, e não se digna fazer-se juiz de pleitos nem repartidor de heranças terrenas, visto que ele tinha que julgar e decidir sobre os méritos dos vivos e mortos. Deves, portanto, observar não o que pedes, mas a quem pedes, e não acredites que um espírito dedicado a coisas maiores pode ser importunado por insignificâncias.

Por isso, não é sem razão que é rejeitado esse irmão que pretendia que o Dispensador dos bens celestiais se ocupasse em coisas materiais, quando precisamente não deve ser um juiz o mediador no pleito da repartição de um patrimônio, mas o amor fraterno; ainda que, na realidade, o que um homem deve buscar não é o patrimônio de dinheiro, mas o da imortalidade. Porque de forma vã reúne riquezas aquele que não sabe se poderá desfrutar delas, como aquele que, pensando em derrubar os granjeiros repletos para recolher as novas messes, preparava outros maiores para as abundantes colheitas, sem saber para quem as reunia.

Já que todas as coisas que são do mundo permanecem nele, e nos abandona tudo aquilo que entesouramos para os nossos herdeiros; e, na realidade, deixam de ser nossas todas essas coisas que não podemos levar conosco. Somente a virtude acompanha aos falecidos, somente a misericórdia nos serve de companheira, essa misericórdia que atua em nossa vida como norte e guia até as mansões celestiais, e busca conseguir para os falecidos, em troca do desprezível dinheiro, os tabernáculos eternos.

Assim o testemunham os preceitos do Senhor, quando diz: Fazei-vos amigos das riquezas injustas, para que, quando estas faltem, vos recebam nos eternos tabernáculos. Este é um preceito inteligente, cheio de sabedoria e apto para animar também aos avaros a que optem por trocar as coisas corruptíveis pelas eternas, as terrenas pelas divinas. Porém, visto que muitas vezes a entrega se entorpece pela debilidade da fé e, quando se vai repartir a herança, vem à mente a preocupação de tudo o que é necessário para a vida, o Senhor acrescenta: Não vos preocupeis de vossa vida pelo que comereis nem de vosso corpo pelo que vestireis; porque, em verdade, a alma é mais importante que o alimento e o corpo mais que as vestes.

Porque aos que creem em Deus não há melhor meio para dar-lhes confiança como esse sopro vital que é o espírito, o qual faz durar a união completa da alma e do corpo, unidade que, por outro lado, não exige nenhum trabalho nosso e que perdura, sem que falte o alimento apropriado, até chegar o dia da morte. E se a alma está vestida da roupagem do corpo e este recebe vida em virtude da energia da alma, torna-se absurdo crer que nos faltará o alimento suficiente precisamente quando recebemos o mais, que é a realidade permanente da vida.

Santo Ambrósio, bispo de Milão (séc. IV)
Tratado ao Evangelho de São Lucas in loc.

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sábado, 29 de novembro de 2025

25º Sábado depois de Pentecostes

29 de Novembro de 2025 (CC) / 16 de Novembro (CE)
São Mateus, Apóstolo e Evangelista (séc. I)
Jejum da Natividade: Azeite é permitido
Tom 7


O Santo Apóstolo e Evangelista Mateus, também chamado de Levi (Mc 2: 14; Lc. 5: 27); era um dos Doze Apóstolo (Mc. 3:18; Lc. 6: 45; Atos 1:13) e irmão do Apóstolo Tiago, filho de Alfeu (Mc. 2:14). Ele era um publicano, ou seja, um coletor de impostos de Roma, na época em que os judeus estavam sob o domínio do Império Romano. Mateus morava na cidade de Cafarnaum [Cafarnum], na Galileia. Ao ouvir a voz de Jesus Cristo: "Vem, segue-me" (Mt 9,9), abandonou seus deveres e seguiu o Salvador. Cristo e os Seus discípulos não recusaram o convite de Mateus e visitaram a sua casa, onde partilharam a mesa com os amigos e conhecidos do publicano - os quais, tal qual o anfitrião, eram publicanos e notórios pecadores. Este evento incomodou extremamente os fariseus e escribas ["knizhniki", lit. "escribas", ou seja, "acadêmicos"].
Os publicanos, ao cobrar impostos de seus conterrâneos, faziam isso com grande lucro para si próprios. Normalmente eram pessoas gananciosas e cruéis. Os judeus os consideravam perniciosos e traidores de seu país e religião. A palavra "publicano" conotava para os judeus o sentido de "pecador público", "corrupto", "adorador de ídolos". Até mesmo falar com um coletor de impostos era considerado um pecado, e se associar a um era contaminação. Mas os mestres judeus não foram capazes de compreender que o Senhor "não viera para chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento" (Mt. 9: 13). 
Mateus, reconhecendo sua pecaminosidade, e, junto aos outros apóstolos, seguiu a Cristo. Ele era atento às instruções do Divino Mestre, viu Seus inúmeros milagres, acompanhou os outros 11 Apóstolos pregando em suas pregações às "ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 10: 6); foi testemunha do sofrimento, morte e ressurreição do Salvador, e de Sua gloriosa ascensão ao céu. 
Tendo recebido os dons da graça do Espírito Santo, que desceu sobre os Apóstolos no dia de Pentecostes, o Apóstolo Mateus durante os primeiros 8 anos pregou na Palestina. E antes de partir para pregar o Evangelho em terras longínquas, a pedido dos judeus que permaneceram em Jerusalém, o santo Apóstolo Mateus o seu Evangelho, testemunhando a vida terrena do Deus-homem e Salvador do mundo, Jesus Cristo, e Seu ensino. 
Na ordem dos livros do Novo Testamento, o Evangelho de Mateus vem em primeiro lugar. A Palestina é considerada o lugar de escrita do Evangelho. O Evangelho foi escrito por São Mateus no ano 42 ((DC - "Anno Domini" ou "Ano do Senhor", ou seja, após o nascimento de Cristo), em aramaico, e então traduzido para o grego. O texto original não sobreviveu para nós, mas muitas das peculiaridades linguísticas e histórico-culturais da tradução grega o fazem lembrar. 
O Apóstolo Mateus pregou entre pessoas que tinham expectativas religiosas bastante certas sobre o Messias. Seu Evangelho se manifesta como uma prova vívida de que Jesus Cristo - é o verdadeiro Messias, predito pelos profetas, e que outro não haveria (Mt. 11: 3). As pregações e ações do Salvador são apresentadas pelo evangelista em três divisões, constituindo três aspectos do serviço ao Messias: como Profeta e Legislador (Cap. 5-7), Senhor sobre o mundo visível e invisível (Cap. . 8-25), e finalmente como Sumo Sacerdote oferecido como Sacrifício pelos pecados de toda a humanidade (Cap. 26-27). O conteúdo teológico do Evangelho, além dos temas cristológicos, inclui também o ensino sobre o Reino de Deus e sobre a Igreja, que o Senhor apresenta em parábolas sobre a preparação interior para entrar no Reino (cap. 5-7), sobre a dignidade dos servidores da Igreja no mundo (cap. 10-11), sobre os sinais do Reino e seu crescimento nas almas dos homens (cap. 13), sobre a humildade e simplicidade dos herdeiros do Reino (Mt. 18: 1-35; 19: 13-30; 20: 1-16; 25-27; 23: 1-28), e sobre as revelações escatológicas do Reino na Segunda Vinda de Cristo no espiritual diário vida da Igreja (cap. 24-25). O Reino dos Céus e a Igreja estão intimamente interligados na experiência espiritual do Cristianismo: a Igreja é a personificação histórica do Reino dos Céus no mundo, e o Reino dos Céus é a Igreja de Cristo em sua perfeição escatológica (Mt . 16: 18-19; 28: 18-20). 
O Santo Apóstolo circulou com as "boas novas" [euangelia em grego ou evangelium em latim - o significado da palavra "evangelho"] para a Síria, Média, Pérsia, Pártia, e terminou sua obra de pregação na Etiópia com um mártir morte. Esta terra era habitada por tribos de canibais com costumes e crenças primitivas. O santo apóstolo Mateus, por sua pregação ali, converteu alguns dos adoradores de ídolos à fé em Cristo. Ele fundou a Igreja e construiu um templo na cidade de Mirmena, estabelecendo ali como bispo a Platão, que era seu discípulo e cooperador. 
Quando o santo apóstolo implorava fervorosamente a Deus pela conversão dos etíopes, durante o tempo de oração o próprio Senhor apareceu a ele na forma de um jovem e, dando-lhe um cajado, ordenou-lhe que o colocasse de pé às portas de a Igreja. O Senhor disse que desse cajado nasceria uma árvore e ela daria frutos, e de suas raízes sairia um riacho de água. E ao se lavar na água e comer da fruta, os etíopes perderam seus caminhos selvagens e se tornaram gentis e bons. 
Quando o santo apóstolo carregou o cajado para a igreja, no caminho encontrou-o com a esposa e o filho do governante da terra, Fulvian, que estava afligido por espíritos imundos. Pelo Nome de Cristo, o santo apóstolo os curou. Este milagre converteu ao Senhor um bom número de pagãos. Mas o governante não queria que seus súditos se tornassem cristãos e parassem de adorar os deuses pagãos. Ele acusou o apóstolo de feitiçaria e deu ordens para executá-lo. Eles colocaram a cabeça de São Mateus para baixo, amontoaram galhos e os acenderam. Quando a fogueira se acendeu, todos viram que o fogo não fazia mal a São Mateus. Em seguida, Fulvian deu ordens para adicionar mais lenha ao fogo, e frenético com ousadia, ele ordenou que se colocassem 12 ídolos em volta da fogueira. Mas as chamas se espalharam para os ídolos e alcançaram até mesmo Fulvian. O assustado etíope voltou-se para o santo com um pedido de misericórdia e, pela oração do mártir, a chama apagou-se. O corpo do santo apóstolo permaneceu ileso e ele expirou para o Senhor (+ 60). 
O governante Fulvian se arrependeu profundamente de seu feito, mas ainda tinha dúvidas. Por ordem dele, eles colocaram o corpo de São Mateus em um caixão de ferro e o jogaram no mar. Ao fazer isso, Fulvian disse que se o Deus de Mateus preservasse o corpo do apóstolo na água, como Ele o preservou no fogo, então esta seria a razão apropriada para adorar este Deus Único e Verdadeiro. 
Naquela noite, o Apóstolo Mateus apareceu ao Bispo Platon em uma visão de sonho e ordenou-lhe que fosse com o clero até a costa do mar e encontrasse seu corpo lá. Junto com o bispo em seu caminho para a costa do mar foi o Justo Fulvian e sua comitiva. O caixão carregado pelas ondas foi com honra levado para a igreja construída pelo apóstolo. Então Fulvian implorou perdão ao santo apóstolo Mateus, após o que o bispo Platon o batizou, dando-lhe o nome de Mateus em obediência a uma ordem de Deus. Logo São Fulviano-Mateus abdicou de seu governo e se tornou um presbítero. Após a morte do Bispo Platon, o Apóstolo Mateus apareceu a ele e o exortou a chefiar a Igreja Etíope. Tendo se tornado um bispo, São Mateus-Fulvian labutou muito na pregação da Palavra de Deus, continuando com a obra de seu santo padroeiro celestial.  

COMEMORAÇÃO DE SÃO MATEUS

MATINAS

João 21:15-25

E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras. E disse isto, significando com que morte havia ele de glorificar a Deus. E, dito isto, disse-lhe: Segue-me. E Pedro, voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também sobre o seu peito, e que dissera: Senhor, quem é que te há de trair? Vendo Pedro a este, disse a Jesus: Senhor, e deste que será? Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu. Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não lhe disse que não morreria, mas: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Este é o discípulo que testifica destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém.

LITURGIA

Tropárion - Tom 3
Com zelo seguiste a Cristo, o Mestre, / Que em Sua bondade apareceu aos homens na Terra, / E da alfândega te chamou para Apóstolo / e Pregador do Evangelho ao universo, /por isto honramos tua preciosa memória. / Ó divinamente eloquente, Mateus. /Roga ao Deus misericordioso // que nos conceda a remissão das transgressões e a salvação das nossas almas!

Kondákion de São Mateus, Tom 4
Deixando os laços da alfândega para adquirir o jugo da Justiça, / tu te revelaste um sábio comerciante, rico da sabedoria do Alto. / Proclamaste a Palavra da Verdade, /e pela narrativa da hora do Juízo // despertaste as almas indolentes.

Prokímenon, Tom 8

R. Por toda a terra ressoa Sua mensagem,
 a Sua Palavra até os confins do universo. (Sl. 18:4)

V. Os céus declaram a Glória de Deus, e o firmamento proclama a obra de Suas mãos. (Sl. 18:1)

1 Coríntios 4:9-16

Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens. Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo; nós fracos, e vós fortes; vós ilustres, e nós vis. Até esta presente hora sofremos fome, e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa, e nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos. Somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e sofremos; somos blasfemados, e rogamos; até ao presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de todos. Não escrevo estas coisas para vos envergonhar; mas admoesto-vos como meus filhos amados. Porque ainda que tivésseis dez mil aios em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; porque eu pelo evangelho vos gerei em Jesus Cristo. Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores.

Aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia! (3x)

Os céus louvarão as Tuas maravilhas,
Ó Senhor, e a Tua verdade na assembleia dos santos.

Deus é glorificado no concílio dos santos.

Mateus 9:9-13

E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.

Canto da Comunhão
Por toda a terra ressoa Sua mensagem,
 a Sua Palavra até os confins do universo. (Sl. 18:4)
Aleluia, aleluia, aleluia!

† † †

Leituras Ordinárias
1 Coríntios 4:9-16
Lucas 16:15-18; 17:1-4