Mártires Panfílio, Presbítero; Valens, Diácono; Paulo, Seleucus, Porphyrius, Juliano, Theodulus, Elias, Jeremias, Isaías, Samuel e Daniel, de Caesarea, Palestina (307-309).
Em 309, época dos imperadores Valério Maximiano e Máximo, a perseguição aos cristãos, cujo início deu-se na época de Diocleciano, prosseguia. Cinco egípcios foram visitar os cristãos que, por professarem sua fé foram condenados a trabalhos forçados nas minas da Celícia. Ao regressarem os guardas os detiveram às portas da cidade de Cesárea da Palestina. Os cinco confessaram que eram cristãos e revelaram o motivo de sua viagem.
No dia seguinte, compareceram diante do Governador Firmiliano, juntamente com Panfílio. O juiz, segundo o costume, ordenou que os cinco egípcios fossem torturados antes de serem julgados. Depois de muito sofrerem, foram interrogados pelo Governador sobre seus nomes e nacionalidades. Um deles respondeu que se chamava Elias e que seus companheiros se chamavam Jeremias, Isaias e Daniel. Como Firmiliano insistiu em saber sobre sua nacionalidade, Elias respondeu que era cidadão de Jerusalém, referindo-se a Jerusalém Celeste, verdadeira Pátria de todos os cristãos. O governador então ordenou que torturassem Elias. E logo foi açoitado com as mãos atadas às costas e os pés amarrados a um tronco. Depois, o Governador mandou que os cinco fossem decapitados. E a ordem foi executada imediatamente.
Porfírio, jovem servo de Panfílio, prometeu que o corpo de seu senhor e de seus companheiros não ficariam sem sepultura. Firmiliano, quando soube da intenção de Porfírio, mandou que o prendessem. Por ter confessado que também era cristão e negado a oferecer sacrifícios aos deuses dos pagãos, o juiz mandou que Porfírio fosse cruelmente açoitado, a ponto de seus ossos e entranhas ficarem expostos. Porfírio sofreu calado, sem exalar um suspiro. Em seguida, o Governador mandou que acendessem um fogueira em forma de circulo e que o colocassem no centro. Lá permaneceu por muito tempo, sofrendo a ação das chamas enquanto entoava louvores a Deus e invocava o Nome de Jesus, até que a morte pôs fim a seu lento e glorioso martírio.
Um outro cristão chamado Seleuco, assistia ao martírio de seu companheiro e elogiava sua fé. Os soldados o denunciaram para o Governador, que ordenou sua decapitação,
Tropárion do Mártir Panfílio e Companheiros de Martírio Tom 6: Em seus sofrimentos, ó Senhor, Teus mártires receberam de Ti coroas imperecíveis, / ó, nosso Deus; / pois, tomados de Teu poder, rechaçaram os tiranos / e esmagaram a débil audácia dos demônios. / / Por suas súplicas, salva as nossas almas.
Kondákion Tom 4: Regozijando-se na sabedoria manifestada pelo céu, / quando tormentos terríveis se deparavam diante deles, / os valentes atletas conversavam entre si, / não poupando suas carnes. / Assim, eles herdaram a glória eterna, // sempre orando por nós que louvamos os seus combates.
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!