domingo, 23 de outubro de 2011

19º Domingo depois de Pentecostes – Modo 2

23 de Outubro (CC) / 10 de Outubro (CE)
Ss. Eulâmpio e sua irmã Eulâmpia, mártires (início do séc. IV).

MATINAS (VIII)

João 20:11-18

11 Maria, porém, estava em pé, diante do sepulcro, a chorar. Enquanto chorava, abaixou-se a olhar para dentro do sepulcro, 12 e viu dois anjos vestidos de branco sentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13 E perguntaram-lhe eles: Mulher, por que choras? Respondeu- lhes: Porque tiraram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. 14 Ao dizer isso, voltou-se para trás, e viu a Jesus ali em pé, mas não sabia que era Jesus. 15 Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, julgando que fosse o jardineiro, respondeu-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. 16 Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, virando-se, disse-lhe em hebraico: Raboni! - que quer dizer, Mestre. 17 Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. 18 E foi Maria Madalena anunciar aos discípulos: Vi o Senhor! - e que ele lhe dissera estas coisas.


LITURGIA

2 Coríntios 11:31-12:9

31 O Deus e Pai do Senhor Jesus, que é eternamente bendito, sabe que não minto. 32 Em Damasco, o que governava sob o rei Aretas guardava a cidade dos damascenos, para me prender;  33 mas por uma janela desceram-me num cesto, muralha abaixo; e assim escapei das suas mãos. 1 É necessário gloriar-me, embora não convenha; mas passarei a visões e revelações do Senhor. 2 Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu. 3 Sim, conheço o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei: Deus o sabe), 4 que foi arrebatado ao paraíso, e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir. 5 Desse tal me gloriarei, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas. 6 Pois, se quiser gloriar-me, não serei insensato, porque direi a verdade; 7 E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte demais; 8 acerca do qual três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim; 9 e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo.  

Lucas 7:11-16

11 Pouco depois seguiu ele viagem para uma cidade chamada Naim; e iam com ele seus discípulos e uma grande multidão.    12 Quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam para fora um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade.    13 Logo que o Senhor a viu, encheu-se de compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores.    14 Então, chegando-se, tocou no esquife e, quando pararam os que o levavam, disse: Moço, a ti te digo: Levanta-te.    15 O que estivera morto sentou-se e começou a falar. Então Jesus o entregou à sua mãe.    16 O medo se apoderou de todos, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós; e: Deus visitou o seu povo.



Comentário do Metropolita Chrysóstomos 
A história da ressurreição do filho da viúva de Naim é um dos mais belos encontros de Jesus com o mundo da dor e da morte. 

A força da narrativa é sentida a partir das duas primeiras linhas, onde, na porta da cidade, o evangelista descreve o encontro de duas procissões:
(1) A procissão da vida liderada por Jesus e seguida pelos discípulos e uma grande multidão (7.11). Esta procissão festiva está prestes a entrar na cidade com as boas novas da vida.
(2) A procissão da morte, liderada por um jovem morto, seguido por sua mãe e por uma multidão que se solidarizava com a mãe enlutada. esse triste cortejo estava saindo da cidade (7:12)
1. O ponto de partida
(1) A morte de um jovem: uma história truncada no auge da vitalidade.
(2) A solidão total de uma mãe que já era viúva e agora perdera seu único arrimo emocional e econômico.
2. O encontro com o Senhor da Vida: A perda de seu amado filho é transformada pela boa notícia de Jesus, que oferece o jovem como um presente para sua mãe: "E ele o deu a sua mãe" (7.15).
Os que acompanhavam a viúva no funeral não podiam lhe dar nada mais do que umas sentidas condolências. Em vez disso Jesus traz de volta seu filho vivo. Lucas enfatiza:
"Ele teve compaixão" (71,3 a). Vemos como o Senhor muda a procissão de morte em uma procissão de vida a partir do poder da sua misericórdia, que se torna ação:
(1) À mãe diz um confortante: "Não chores" (71,3 b), que nos lembra:
"Bem-aventurados vós que agora chorais, porque haveis de rir" (6, 21b).
(2) O jovem levanta-se do caixão pela força da Sua palavra vivificante: "Jovem, eu te digo: Levanta-te" (7.14)
Mais uma vez vemos o poder da palavra de Jesus e o seu sentido. Jesus soube como dar um alívio concreto e eficaz para aquela mãe, ressuscitando seu filho.
Será que nós temos sabido dar alento aos sofredores? Como tem sido nossa ação para com eles?
Como eu posso ajudar minha família e os demais a serem portadores de vida para os outros? Como farão isto os que nem sequer cooperam com a Igreja? O que Jesus nos aconselha?

Santo Eulâmpio e Santa Eulâmpia
Os Santos Eulâmpio e Eulâmpia eram irmão e irmã. Eles viveram no início do século IV, na cidade de Nicomédia. Eulampio ficou chateado depois de ler o decreto do imperador Maximiano (284-305) condenando todos os cristãos a execução. Ele ficou horrorizado ao ver que o imperador pegaria em armas contra seus próprios cidadãos, em vez de lutar contra o inimigos de seu país. O jovem foi levado a julgamento e ordenaram-lhe renunciar à fé cristã. Em virtude de sua recusa, fora arrastado com ganchos de ferro, e depois colocado em uma cama de carvão em brasa. De repente, a vítima expressou seu desejo de visitar o templo pagão. Os juízes ficaram encantados, pensando que o rapaz renunciava ao cristianismo. No templo pagão de Marte, o santo aproximou-se do ídolo e gritou: "Em nome de Jesus Cristo, ordeno-te cair no chão e se tornar um pó!" O ídolo imediatamente caiu no chão e foi destruído. As pessoas diziam: "O Deus Supremo é o Deus cristão, grande e poderoso!" Santo Eulampio foi novamente levado para a tortura. Desta vez, sua irmã, Eulampia, compareceu perante os juízes e declarou que ela era cristã. Eulampio disse: "Irmã, não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma" (Mt.10: 28). Os mártires foram torturados e jogados em uma fornalha em brasa, mas o Senhor os protegia do fogo. Finalmente, Eulampio decapitado, mas Eulampia morreu de seus tormentos antes que ele pudesse ser decapitado. Duzentos mártires foram convertidos a Cristo depois de ver os milagres dos santos Eulampio e Eulampia quando torturados. Todos foram mortos e também receberam a coroa do martírio.



Os 26 Santos Mártires do Mosteiro Zografu No ano de 1274 o Imperador Miguel VIII Paleólogo decidiu submeter-se ao Papa de Roma e fazer parte dos Uniatas (ortodoxos que abandonaram a comunhão para se unirem ao Papa de Roma). No entanto, os monges do Monte Athos se opuseram ao Imperador. Os Cruzados e os sacerdotes que haviam sido expulsos da Palestina e se estabeleceram na Roménia, se dirigiram a península de Athos com o objetivo de submeter à força os mosteiros ortodoxos à causa Uniata do imperador. O Mosteiro búlgaro de Zografu resistiu e por isto seus 26 ocupantes foram queimados vivos na torre do mosteiro em 10 de outubro de 1284. 

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