domingo, 25 de maio de 2014

6º Domingo de Páscoa


25 de Maio de 2014 (CC) / 12 de Maio (CE)
Ss Epifânio, Bispo de Chipre Germano, Patriarca de Constantinopla



MATINAS (VIII)

João 20:11-18

     11 Maria, porém, estava em pé, diante do sepulcro, a chorar. Enquanto chorava, abaixou-se a olhar para dentro do sepulcro,    12 e viu dois anjos vestidos de branco sentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.    13 E perguntaram-lhe eles: Mulher, por que choras? Respondeu- lhes: Porque tiraram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.    14 Ao dizer isso, voltou-se para trás, e viu a Jesus ali em pé, mas não sabia que era Jesus.    15 Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, julgando que fosse o jardineiro, respondeu-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.    16 Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, virando-se, disse-lhe em hebraico: Raboni! - que quer dizer, Mestre.    17 Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.    18 E foi Maria Madalena anunciar aos discípulos: Vi o Senhor! - e que ele lhe dissera estas coisas.  


LITURGIA

Atos 16:16-34

     16 Ora, aconteceu que quando íamos ao lugar de oração, nos veio ao encontro uma jovem que tinha um espírito adivinhador, e que, adivinhando, dava grande lucro a seus senhores.    17 Ela, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: São servos do Deus Altíssimo estes homens que vos anunciam um caminho de salvação.    18 E fazia isto por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou- se e disse ao espírito: Eu te ordeno em nome de Jesus Cristo que saias dela. E na mesma hora saiu.    19 Ora, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro havia desaparecido, prenderam a Paulo e Silas, e os arrastaram para uma praça à presença dos magistrados.    20 E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, estão perturbando muito a nossa cidade.    21 e pregam costumes que não nos é lícito receber nem praticar, sendo nós romanos.    22 A multidão levantou-se à uma contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes os vestidos, mandaram açoitá-los com varas.    23 E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança.    24 Ele, tendo recebido tal ordem, os lançou na prisão interior e lhes segurou os pés no tronco.    25 Pela meia-noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os presos os escutavam.    26 De repente houve um tão grande terremoto que foram abalados os alicerces do cárcere, e logo se abriram todas as portas e foram soltos os grilhões de todos.    27 Ora, o carcereiro, tendo acordado e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada e ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido.    28 Mas Paulo bradou em alta voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, porque todos aqui estamos.    29 Tendo ele pedido luz, saltou dentro e, todo trêmulo, se prostrou ante Paulo e Silas    30 e, tirando-os para fora, disse: Senhores, que me é necessário fazer para me salvar?    31 Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.    32 Então lhe pregaram a palavra de Deus, e a todos os que estavam em sua casa.    33 Tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou- lhes as feridas; e logo foi batizado, ele e todos os seus.    34 Então os fez subir para sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou- se muito com toda a sua casa, por ter crido em Deus.  

João 9:1-38

     1 E passando Jesus, viu um homem cego de nascença.    2 Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?    3 Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus.    4 Importa que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar.    5 Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.    6 Dito isto, cuspiu no chão e com a saliva fez lodo, e untou com lodo os olhos do cego,    7 e disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa Enviado). E ele foi, lavou-se, e voltou vendo.    8 Então os vizinhos e aqueles que antes o tinham visto, quando mendigo, perguntavam: Não é este o mesmo que se sentava a mendigar?    9 Uns diziam: É ele. E outros: Não é, mas se parece com ele. Ele dizia: Sou eu.    10 Perguntaram-lhe, pois: Como se te abriram os olhos?    11 Respondeu ele: O homem que se chama Jesus fez lodo, untou-me os olhos, e disse-me: Vai a Siloé e lava-te. Fui, pois, lavei-me, e fiquei vendo.    12 E perguntaram-lhe: Onde está ele? Respondeu: Não sei.    13 Levaram aos fariseus o que fora cego.    14 Ora, era sábado o dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos.    15 Então os fariseus também se puseram a perguntar-lhe como recebera a vista. Respondeu-lhes ele: Pôs-me lodo sobre os olhos, lavei-me e vejo.    16 Por isso alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus; pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles.    17 Tornaram, pois, a perguntar ao cego: Que dizes tu a respeito dele, visto que te abriu os olhos? E ele respondeu: É profeta.    18 Os judeus, porém, não acreditaram que ele tivesse sido cego e recebido a vista, enquanto não chamaram os pais do que fora curado,    19 e lhes perguntaram: É este o vosso filho, que dizeis ter nascido cego? Como, pois, vê agora?    20 Responderam seus pais: Sabemos que este é o nosso filho, e que nasceu cego;    21 mas como agora vê, não sabemos; ou quem lhe abriu os olhos, nós não sabemos; perguntai a ele mesmo; tem idade; ele falará por si mesmo.    22 Isso disseram seus pais, porque temiam os judeus, porquanto já tinham estes combinado que se alguém confessasse ser Jesus o Cristo, fosse expulso da sinagoga.    23 Por isso é que seus pais disseram: Tem idade, perguntai-lho a ele mesmo.    24 Então chamaram pela segunda vez o homem que fora cego, e lhe disseram: Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador.    25 Respondeu ele: Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego, e agora vejo.    26 Perguntaram-lhe pois: Que foi que te fez? Como te abriu os olhos?    27 Respondeu-lhes: Já vo-lo disse, e não atendestes; para que o quereis tornar a ouvir? Acaso também vós quereis tornar-vos discípulos dele?    28 Então o injuriaram, e disseram: Discípulo dele és tu; nós porém, somos discípulos de Moisés.    29 Sabemos que Deus falou a Moisés; mas quanto a este, não sabemos donde é.    30 Respondeu-lhes o homem: Nisto, pois, está a maravilha: não sabeis donde ele é, e entretanto ele me abriu os olhos;    31 sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém for temente a Deus, e fizer a sua vontade, a esse ele ouve.    32 Desde o princípio do mundo nunca se ouviu que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença.    33 Se este não fosse de Deus, nada poderia fazer.    34 Replicaram-lhe eles: Tu nasceste todo em pecados, e vens nos ensinar a nós? E expulsaram-no.    35 Soube Jesus que o haviam expulsado; e achando-o perguntou- lhe: Crês tu no Filho do homem?    36 Respondeu ele: Quem é, senhor, para que nele creia?    37 Disse-lhe Jesus: Já o viste, e é ele quem fala contigo.    38 Disse o homem: Creio, Senhor! E o adorou.


REFLEXÃO


O cego de nascença  representa o homem marcado pelo pecado, que deseja conhecer a verdade sobre si mesmo e sobre seu próprio destino, mas que se frustra por causa de uma deformação congênita. Somente Jesus pode curá-lo: Ele é a “Luz do mundo” (João 9:5). É exercendo fé n’Ele que os seres humanos (cegos espiritualmente desde o berço) têm a chance de “voltar a ver a luz”, ou seja, de renascerem espiritualmente.
Juntamente à cura do cego, o Evangelho ressalta, em particular, a incredulidade dos Fariseus, os quais se recusam a admitir o milagre porque Jesus o realizara em dia de sábado, violando, segundo o critério deles, a lei de Moisés. Tal episódio proporciona o surgimento de um eloquente dito paradoxal, expressado por Cristo na seguinte frase:
“Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem sejam cegos” (João 9:39).
Para aqueles que se encontram com Jesus não há uma terceira via: Ou se admite a carência em ter a Cristo e receber Sua Luz ou então, rejeitar tal necessidade. Nesta segunda opção, ficam impedidos de experimentar uma autêntica conversão, os ateus como também os que se consideram justos perante Deus
Que ninguém feche seu espírito para Cristo. Àquele que O acolhe à luz da Fé, d’Ele recebe luz capaz de transformar corações e, por conseguinte, mentalidades, condições sociais, políticas e econômicas dominadas pelo pecado.
“Creio Senhor” (João 9:38).  Tal como o cego de nascença, cada um de nós deve está disposto a professar com humildade nossa adesão a Ele.
Que a Mãe de Deus, por suas orações, propicie estar plenos da Graça Divina.
Metropolita Chrysóstomos, de Quito e Toda América Latina  

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