quinta-feira, 18 de agosto de 2022

10ª Quinta-feira Depois de Pentecoste

18 de Agosto 2022 (CC) / 05 de Agosto (CE)
S. Eusígnio, mártir († 362).
jejum da Dormição
Tom 8



Santo Eusignius Mártir nasceu em Antioquia, em meados do século III. Por 60 anos ele atuou nos exércitos romanos dos Imperadores Diocleciano, Maximiano Hércules, Constâncio Cloro, Constantino, o Grande e seus filhos. Santo Eusignius era um companheiro de São Basiliscus (3 de março e 22 de maio), e ele forneceu um relato de seu martírio. No início do reinado de São Constantino, o Grande, Santo Eusignius era uma das testemunha do aparecimento da Cruz no céu, uma previsão de vitória.

Santo Eusignius se aposentou em sua velhice do serviço militar e retornou ao seu país de origem, e dedicava todo o seu tempo à oração, ao jejum e frequentar a igreja de Deus. Assim, ele viveu até o reinado de Juliano, o Apóstata (361-363), que ansiava por um retorno ao paganismo. Através da denúncia de um dos cidadãos de Antioquia, São Eusignius, 
sob a acusação de ser cristão, foi julgado perante o Imperador Juliano, no ano 362. Destemidamente acusou o Imperador de apostatar de Cristo, e repreendeu-o com o exemplo de seu parente, Constantino, o Grande, e descreveu em detalhes como ele mesmo tinha sido testemunha ocular do aparecimento do sinal da Cruz no céu. Juliano não poupou o idoso Eusignius, então 110 anos, mas ordenou que ele fosse decapitado.

Tropárion - Tom 8 
Hoje, a Igreja homenageia um homem martirizado
por sua piedade e devoção:
Eusignius, sincero, piedoso e de espírito sábios.
Ela glorifica suas lutas espirituais, e clama com fervor:
Ó Misericordioso, por tuas orações guarda os teus servos!


Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

2 Coríntios 1:1-7

1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acáia: 2 Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação, 4 que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. 5 Porque, como as aflições de Cristo transbordam para conosco, assim também por meio de Cristo transborda a nossa consolação. 6 Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos; 7 e a nossa esperança acerca de vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação.

Mateus 21:43-46

43 Portanto eu vos digo que vos será tirado o reino de Deus, e será dado a um povo que dê os seus frutos. 44 E quem cair sobre esta pedra será despedaçado; mas aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó. 45 Os principais sacerdotes e os fariseus, ouvindo essas parábolas, entenderam que era deles que Jesus falava. 46 E procuravam prendê-lo, mas temeram o povo, porquanto este o tinha por profeta.

† † †

COMENTÁRIO 

“Ai da Alma Na Qual Não Habita Cristo!”


Assim como Deus em outro tempo, irritado contra os judeus, entregou Jerusalém à afronta de seus inimigos e seus adversários os submeteram, de maneira que já não restaram nela nem festas nem sacrifícios; assim também agora, encolerizado contra a alma que viola os seus mandatos, a entrega em poder dos mesmos inimigos que a seduziram até torná-la feia.

E da mesma forma que uma casa, se não habita nela seu dono, se cobre de trevas, de ignomínia e de afronta, e fica toda cheia de sujeira e imundície; assim também a alma, privada de seu Senhor e da presença alegre de seus anjos, fica repleta das trevas do pecado, da fealdade das paixões e de todo tipo de desonra.

Ai do caminho pelo qual ninguém passa, e no qual não se ouve nenhuma voz humana, porque se torna asilo de animais! Ai da alma pela qual o Senhor não caminha, nem afugenta dela com a sua voz as bestas espirituais da maldade! Ai da casa na qual não habita o seu dono! Ai da terra privada de colono que a cultive! Ai do barco privado de piloto, porque, acometido pelas ondas e tempestades do mar, acaba por naufragar! Ai da alma que não traz em si o verdadeiro piloto, Cristo, porque, colocada em um cruel mar de trevas, sacudida pelas ondas de suas paixões e atacada pelos espíritos malignos como por uma tempestade de inverno, acabará naufragando!

Ai da alma privada do cultivo dedicado de Cristo, que é aquele que lhe faz produzir os bons frutos do Espírito, porque, encontrando-se abandonada, cheia de espinhos e de abrolhos, em vez de produzir fruto, acaba na fogueira! Ai da alma na qual não habita Cristo, seu Senhor, porque ao encontrar-se abandonada, cheia de espinhos e de abrolhos, em vez de produzir fruto, acaba na fogueira! Ai da alma na qual não habita Cristo, seu Senhor, porque ao encontrar-se abandonada e cheia dos maus odores de suas paixões, torna-se hospedagem de todos os vícios!

Assim como o colono, quando se dispõe a cultivar a terra, necessita dos instrumentos e vestes apropriados, assim também Cristo, o rei celestial e verdadeiro agricultor, ao visitar a humanidade desolada pelo pecado, tendo-se revestido de um corpo humano e levando a cruz como instrumento, cultivou a alma abandonada, arrancou dela os espinhos e abrolhos dos maus espíritos, extraiu a cizânia do pecado e lançou ao fogo toda a erva má; e, tendo-a assim trabalhado incansavelmente com o madeiro da cruz, plantou nela o belíssimo horto do Espírito: horto que produz para Deus, seu Senhor, um fruto agradável e suavíssimo.

São Macário, o Grande (séc. IV)

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