terça-feira, 16 de agosto de 2022

10ª Terça-feira Depois de Pentecoste

16 de Agosto 2022 (CC) / 03 de Agosto (CE)
Ss. Isaac (séc. I), Dalmatus († 440) e Faustus († 451)
jejum da Dormição (Extrito, apenas pão, vegetais e frutas)
Tom 8



São Dalmatus tinha servido no exército do imperador Teodósio, o Grande (379-395). Tendo deixado o Exército entre os anos 381-383, foi com seu filho Fausto para o mosteiro de São Isaac, perto de Constantinopla. Santo Isaac (30 de maio) tonsurou o pai e o filho e os introduziu ao monaquismo, e ambos passaram a levar uma rigorosa vida ascética.

Certa vez, durante a Grande Quaresma, São Dalmatus privou-se totalmente de comer qualquer alimento durante os quarenta dias da Quaresma. Mais tarde, tendo recuperado  sua força, foi achado digno de uma visão divina.

Quando Santo Isaac estava se aproximando do fim de sua vida terrena, nomeou São Dalmatus como Igúmeno do mosteiro, que mais tarde seria conhecido como o Mosteiro de Dálmata.

São Dalmatus mostrou-se um defensor fervoroso da Fé Ortodoxa no Terceiro Concílio Ecumênico de Éfeso (431), que condenou a heresia de Nestório. Depois do Concílio, São Dalmatus tornou-se Arquimandrita do mosteiro da Dalmácia onde morreu com a idade de noventa anos.

São Faustus, assim como seu pai, foi um grande asceta e, particularmente, destacava-se por sua capacidade de jejuar rigorosamente. Após a morte de seu pai, Fausto tornou-se Igúmeno do mosteiro.


Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

1 Coríntios 15:29-38

29 De outra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que então se batizam por eles? 30 E por que nos expomos também nós a perigos a toda hora? 31 Eu vos declaro, irmãos, pela glória que de vós tenho em Cristo Jesus nosso Senhor, que morro todos os dias. 32 Se, como homem, combati em Éfeso com as feras, que me aproveita isso? Se os mortos não são ressuscitados, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos. 33 Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes. 34 Acordai para a justiça e não pequeis mais; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa. 35 Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? e com que qualidade de corpo vêm? 36 Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. 37 E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou o de outra qualquer semente. 38 Mas Deus lhe dá um corpo como lhe aprouve, e a cada uma das sementes um corpo próprio.
Acerca do batismo pelos mortos, muitos intérpretes entendem que era uma espécie de batismo vicário que os cristãos batizados faziam pelos catecúmenos falecidos.  Contudo, não existe na Santa Tradição nenhuma referência sobre a pratica de batismo pelos mortos nas santas Igrejas de Deus. São João Crisóstomo dizia que a referência de São Paulo a este costume, nada mais era do que um comentário irônico sobre as práticas dos hereges marcionitas. Epiphanius diz que se refere a um costume dos seguidores de Cerinthus, outro mestre gnóstico, além de Marcião. 
Como os mortos ressuscitarão? Como é o corpo da ressurreição?  O presente corpo é apenas uma semente (v. 38) do corpo que virá.

Mateus 21:23-27

23 Tendo Jesus entrado no templo, e estando a ensinar, aproximaram-se dele os principais sacerdotes e os anciãos do povo, e perguntaram: Com que autoridade fazes tu estas coisas? e quem te deu tal autoridade? 24 Respondeu-lhes Jesus: Eu também vos perguntarei uma coisa; se ma disserdes, eu de igual modo vos direi com que autoridade faço estas coisas. 25 O batismo de João, donde era? do céu ou dos homens? Ao que eles arrazoavam entre si: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que não o crestes? 26 Mas, se dissermos: Dos homens, tememos o povo; porque todos consideram João como profeta. 27 Responderam, pois, a Jesus: Não sabemos. Disse-lhe ele: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.
Como Cristo não era um sacerdote levítico, os principais sacerdotes, os anciãos O inquirem sobre Sua autoridade para purificar o templo. Como Cristo tem o cuidado de não se revelar àqueles farsantes, Ele os confunde com uma pergunta sobre a autoridade de João Batista. Tanto a pergunta dos anciãos quanto a pergunta de Cristo exigem a mesma resposta e, portanto, levariam uma pessoa a confessar que Jesus veio do céu. Ao não responder diretamente a eles, Cristo ensina que não devemos responder às pessoas que trazem perguntas sobre coisas santas com intenção maliciosa.

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