21 de Maio de 2012 (CC) / 08 de Maio (CE)
S. João
Teólogo, apóstolo e evangelista (séc. I) S. Arsênio, o Grande († c. 445).
Atos 17:1-15
1 Tendo passado por Anfípolis e Apolônia,
chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga dos judeus. 2 Ora,
Paulo, segundo o seu costume, foi ter com eles; e por três sábados discutiu com
eles as Escrituras, 3 expondo e demonstrando que era necessário
que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos; este Jesus que eu vos
anuncio, dizia ele, é o Cristo. 4 E alguns deles ficaram
persuadidos e aderiram a Paulo e Silas, bem como grande multidão de gregos
devotos e não poucas mulheres de posição. 5 Mas os judeus, movidos
de inveja, tomando consigo alguns homens maus dentre os vadios e ajuntando o
povo, alvoroçavam a cidade e, assaltando a casa de Jáson, os procuravam para
entregá-los ao povo. 6 Porém, não os achando, arrastaram Jáson e
alguns irmãos à presença dos magistrados da cidade, clamando: Estes que têm
transtornado o mundo chegaram também aqui, 7 os quais Jáson
acolheu; e todos eles procedem contra os decretos de César, dizendo haver outro
rei, que é Jesus. 8 Assim alvoroçaram a multidão e os magistrados
da cidade, que ouviram estas coisas. 9 Tendo, porém, recebido
fiança de Jáson e dos demais, soltaram-nos. 10 E logo, de noite,
os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia; tendo eles ali chegado, foram à
sinagoga dos judeus. 11 Ora, estes eram mais nobres do que os de
Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente
as Escrituras para ver se estas coisas eram assim. 12 De sorte que
muitos deles creram, bem como bom número de mulheres gregas de alta posição e
não poucos homens. 13 Mas, logo que os judeus de Tessalônica
souberam que também em Beréia era anunciada por Paulo a palavra de Deus, foram
lá agitar e sublevar as multidões. 14 Imediatamente os irmãos
fizeram sair a Paulo para que fosse até o mar; mas Silas e Timóteo ficaram
ali. 15 E os que acompanhavam a Paulo levaram-no até Atenas e,
tendo recebido ordem para Silas e Timóteo a fim de que estes fossem ter com ele
o mais depressa possível, partiram.
João 11:47-57
47 Então os principais sacerdotes e os
fariseus reuniram o sinédrio e diziam: Que faremos? Porquanto este homem vem
operando muitos sinais. 48 Se o deixarmos assim, todos crerão
nele, e virão os romanos, e nos tirarão tanto o nosso lugar como a nossa
nação. 49 Um deles, porém, chamado Caifás, que era sumo sacerdote
naquele ano, disse-lhes: Vós nada sabeis, 50 nem considerais que
vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça a nação
toda. 51 Ora, isso não disse ele por si mesmo; mas, sendo o sumo
sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela nação,
52 e não somente pela nação, mas também para congregar num só corpo os
filhos de Deus que estão dispersos. 53 Desde aquele dia, pois,
tomavam conselho para o matarem. 54 De sorte que Jesus já não
andava manifestamente entre os judeus, mas retirou-se dali para a região
vizinha ao deserto, a uma cidade chamada Efraim; e ali demorou com os seus
discípulos. 55 Ora, estava próxima a páscoa dos judeus, e dessa
região subiram muitos a Jerusalém, antes da páscoa, para se purificarem.
56 Buscavam, pois, a Jesus e diziam uns aos outros, estando no templo:
Que vos parece? Não virá ele à festa? 57 Ora, os principais
sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem que, se alguém soubesse onde ele
estava, o denunciasse, para que o prendessem.
SANTO APÓSTOLO
JOÃO, O TEÓLOGO.
O Apóstolo e
Evangelista João, cognominado Teólogo, era filho de um pescador galileu,
Zebedeu e Solomia. Zebedeu era uma pessoa abastada, ele tinha vários
trabalhadores e era um membro importante da comunidade judaica, tendo acesso
são sumo sacerdote. A mãe de João, Solomia, é mencionada como uma das mulheres
que serviram Jesus com as suas propriedades.
Primeiro,
João era discípulo do são João Batista. Ao ouvir a pregação dele sobre Cristo
como o Cordeiro de Deus, que toma sobre Si os pecados do mundo, ele junto com o
André o Primeiro Chamado seguiu Jesus. No entanto era um pouco mais tarde que
ele se tornou discípulo constante do Senhor, quando, após a milagrosa pesca no
lago de Genezaré (mar de Galileia) o Próprio Senhor chamou-o, junto com o seu
irmão Tiago.
Ao apóstolo
João, junto com o Pedro e o seu irmão Tiago foi concedida uma proximidade
especial ao Senhor, pois estes três apóstolos estavam sempre junto com o Senhor
nos momentos mais importantes e solenes da Sua vida na terra. Assim ele foi
digno de presenciar a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração do
Senhor no monte, ouvir as Suas palavras sobre os sinais da Sua segunda vinda,
ser testemunha da Sua oração no Getsêmani. E durante a Ceia ele era apoiado no
peito do Senhor, conforme ele mesmo testemunha.
Ele era tão
humilde, que ao escrever sobre si no seu Evangelho, ele não menciona o seu
nome, contentando-se a dizer somente "o discípulo predileto do
Senhor." Este amor do Senhor teve a sua maior expressão nas palavras
proferidas por Ele da cruz: "Eis aí a tua Mãe," desta forma
encarregando-o de cuidar da Sua Puríssima Mãe.
Amando o
Senhor com todo o seu coração, João era cheio de indignação dos que eram hostis
ao Senhor, ou aqueles que estranharam Ele. Por isso ele proibia ao homem, que
não andava junto com eles, de expulsar o demônio com o nome de Jesus e pediu a
permissão ao Senhor de mandar descer o fogo sobre os habitantes de uma aldeia
samaritana, que não queriam aceitá-Lo, quando Ele se dirigia ao Jerusalém,
atravessando a Samaria. Por causa disto, o Senhor chamou a ele e ao Tiago de
"filhos de trovão." João sentiu a predileção do Senhor, mas ainda não
era iluminado pela graça do Espírito Santo e portanto decidiu pedir para ele e
para o seu irmão um lugar ao lado do Senhor no Reino dos Céus, e recebeu como
resposta o anúncio dos futuros sofrimentos dos ambos.
Após a
Ascensão vemos muitas vezes o apóstolo João junto com o apóstolo Pedro. Estes
dois apóstolos são considerados os pilares da Igreja e o apóstolo João
permanece na maior parte do tempo em Jerusalém e fiel ao mandamento do Senhor,
cuida da Puríssima Virgem Maria, tornando-se o Seu filho mais fiel e somente
após a assunção da Virgem, ele começa a pregar em outros países.
Na atividade
missionária do apóstolo João percebemos uma particularidade: ele escolhe uma
determinada região e se empenha com todas as suas forças para erradicar o
paganismo e firmar lá o cristianismo. O seu alvo principal eram sete igrejas da
Ásia Menor: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia.
Ele morava principalmente em Éfeso.
Sob o reinado
do imperador Domiciano (81-96), o apóstolo João foi chamado para a Roma, pois
ele era a único apóstolo ainda vivo, e sob a ordem do imperador foi jogado num
caldeirão cheio de óleo fervendo, mas Deus salvou o seu fiel servo, que ficou
ileso, igual aos três jovens na fornalha incandescente. Depois disto, Domiciano
exilou o apóstolo para a ilha deserta de Patmos e foi aqui que ele escreveu o
Apocalipse, que é uma revelação sobre o destino da Igreja e do mundo.
Após a morte
de Domiciano o apóstolo João voltou do seu exílio para Éfeso. Os bispos e
presbíteros da igreja de Éfeso lhe mostraram os três Evangelhos escritos pelos
apóstolos Mateus, Marcos e Lucas. Ele aprovou estas obras, porém achou
necessário completar ainda aquilo que foi omitido lá e que ele, como o último
testemunha ocular ainda vivo conhecia bem de perto. Isto era muito importante,
pois lá pelo final do século 1 se difundiam várias seitas gnósticas, que
humilhavam ou até mesmo negavam a divindade do nosso Salvador, Jesus Cristo. E
assim tornou-se absolutamente necessário proteger os fieis deste ensinamento.
O apóstolo
João no seu Evangelho relatou os ensinamentos de Jesus, ditos por Ele na
Judéia. Estes ensinamentos que eram dirigidos aos escribas cultos eram mais
difíceis para a compreensão geral e provavelmente foi por isto que eles não
foram relatados nos três primeiros Evangelhos, destinados aos pagãos recém
convertidos. Antes de começar escrever o seu Evangelho, o apóstolo João impôs
jejum à igreja de Éfeso e se retirou junto com o seu discípulo Prokhor para um
monte, onde escreveu o Evangelho, que leva o seu nome.
O Evangelho
de João era desde o começo chamado de "espiritual," pois nele,
comparando com os três outros Evangelhos, são contidos os ensinamentos do Nosso
Senhor sobre as verdades mais profundas da fé — sobre a encarnação do Filho de
Deus, sobre a Trindade, sobre a redenção dos homens, sobre a ressurreição
espiritual, sobre a graça de Espírito Santo e sobre a Comunhão. Logo no começo,
nas primeiras palavras, João eleva os pensamentos dos fiéis para as alturas de
procedência divina do Filho de Deus do Deus Pai: "No princípio era o
Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus" (João 1:1). O
apóstolo João explica assim a finalidade do seu Evangelho: "Esses foram
escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, Filho de Deus, e assim
crendo tenhais a vida em Seu nome" (João 20:31).
Além do
Evangelho e do Apocalipse, o apóstolo João escreveu ainda três epístolas, que
também foram incluídas no conjunto dos livros do Novo Testamento, pois eram
dirigidas à toda a comunidade cristã. O primeiro e principal ensinamento é
sobre o amor dos cristãos: "Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o
amor é de Deus, e todo aquele que ama nasce de Deus e conhece a Deus. Quem não
ama não conhece a Deus, porque Deus é Amor" (1 João 4:7-8).
"O amor
que Ele nos tem terá seu cumprimento no dia do Juízo, infundindo-nos confiança.
Porque como Ele é, também nós somos neste mundo. No amor não há lugar para o
temor: o perfeito amor expele o temor, pois o temor supõe castigo e o que teme
não é perfeito no amor. Quanto a nós, amemos à Deus, porque Ele nos amou
primeiro. Se alguém diz: ‘Amo a Deus’ e detesta seu irmão, ele mente. Pois quem
não ama a seu irmão, a quem vê, não é possível que ame a Deus, a Quem não vê.
Sim, eis o mandamento que d’Ele recebemos: quem ama a Deus, ame também a seu
irmão" (1 João 4:17-21).
A tradição
nos deixou várias informações muito valiosas sobre as atividades do apostolo
João, que nos mostram todo o seu amor que ele sentiu por todos. Durante a sua
visita a uma das igrejas da Ásia Menor, João notou no meio da multidão um jovem
que se destacava por talentos excepcionais e o confiou aos cuidados especiais
de um bispo. Mais tarde este jovem fez amizade com maus elementos e enfim virou
chefe de bandidos. Ao saber disto do próprio bispo, João foi até as montanhas,
onde os bandidos atacavam as pessoas, foi capturado por eles e trazido até o
chefe deles.
Quando o
jovem viu o Apóstolo, ele ficou tão desconcertado, que se pôs a correr. João
correu atrás dele, o encorajou com as suas palavras cheias de amor, levou-o
pessoalmente até a igreja, dividiu com ele a penitencia e não sossegou,
enquanto não o reconciliou completamente com a Igreja. Nos últimos anos de sua
vida o Apóstolo não se cansou de repetir sempre: "Meus filhos, amem uns
aos outros." Os discípulos perguntaram: "Porque repetes sempre a
mesma coisa?" O Apóstolo respondeu: "Porque este é o mandamento
principal. Quem cumpre este mandamento, cumpre toda a lei Divina."
Este amor se
transformava num ardente zelo, quando o Apóstolo se deparava com heresiarcas,
que deturpavam os ensinamentos, privando as pessoas da eterna salvação. Uma
vez, num edifício público ele se encontrou com um heresiarca Querinto, que
rejeitava a divindade do Nosso Senhor Jesus Cristo. "Vamos sair
rapidamente daqui, — disse o Apóstolo ao seu discípulo, — pois tenho medo que
este prédio cairá encima de nos."
São João
Teólogo era o único apostolo que morreu de morte natural na idade de quase 105
anos, durante o reinado do imperador Trajano. As circunstancias da morte dele
eram extraordinárias e até misteriosas. Por insistência do próprio apostolo ele
foi enterrado vivo. No dia seguinte, quando abriram o túmulo do apostolo, se
verificou que ele era vazio. Este acontecimento confirmou a suposição de alguns
cristãos, que o apóstolo não ia morrer, mas que ficaria vivo até a Segunda
Vinda do Nosso Senhor e acusaria o Anticristo. O motivo desta suposição eram as
palavras proferidos por Jesus um pouco antes da Sua ascensão. Respondendo a uma
pergunta do apostolo Pedro sobre o que aconteceria com o apostolo João, Nosso
Senhor respondeu: "Assim Eu quero que ele permaneça até que Eu venha (pela
segunda vez), e que te importa isso?" E o apostolo João continua, a
respeito disso: "Espalharam-se por isso entre os irmãos essas palavras de
que tal discípulo não morreria" (João 21:22-23).
TROPÁRIO - TOM 2
Ó apostolo,
amado por Cristo Deus,
apressa-te em
vir salvar os homens humildes,
pois Aquele
em Cujo peito estavas apoiado te aceita,
quando
intercedes pelos homens.
Portanto,
Teólogo, ora a Cristo,
para se disperse
a neblina entre os homens,
concedendo-nos
paz e uma grande graça.
KONDAKION - TOM 2
KONDAKION - TOM 2
Quem
declarará a tua grandeza, ó Virgem discípulo?
Pois, fonte profusa
que jorra curas e milagres,
São tuas
intercessões por nossas almas,
Ó Teólogo e
amigo de Cristo!
COMEMORAÇÃO DE SANTO ARSÊNIO
Santo
Arsênio, o Grande, nasceu no ano 354 em Roma, em uma família piedosa cristã,
que forneceu-lhe uma boa educação e educação. Ele estudou retórica e filosofia,
e dominou as línguas latina e grega. Arsênio rejeitou a filosofia e a vaidade
da vida mundana, procurando em vez disso a verdadeira sabedoria louvada por São
Tiago como sendo "pura, pacífica, e
fácil de ser solicitada, cheia de misericórdia e de bons frutos" (Tiago
3:17). Arsênio entrou nas fileiras do clero como Diácono em uma das igrejas
romanas, dedicando-se ao serviço de Deus.
O Imperador
Teodósio (379-395), que governou a metade oriental do Império Romano, ouviu
falar sobre a sua erudição e piedade, e quis confiar a Arsênio a educação de
seus filhos, Arcádio e Honório. Arsênio, no entanto, recusou, dizendo que ele
tinha desistido dos estudos seculares, a fim de servir a Deus. Contra sua
vontade, mas em obediência à vontade de São Dâmaso, Patriarca de Roma (11 de
dezembro), Arsênio concordou em ensinar as crianças imperiais, na esperança de
ensinar-lhes a piedade cristã.
Ao chegar em
Constantinopla, Arsênio foi recebido com grande honra pelo imperador Teodósio,
que também desejava educar seus filhos não só na sabedoria, mas também na
piedade, protegendo-os das tentações da juventude. "Esqueça que eles são filhos do imperador", disse
Teodósio, "porque eu quero que eles te
sejam submissos em todas as coisas, como ao seu pai e mestre."
Com fervor o
santo dedicou-se à educação dos jovens, mas a grande estima em que era tido
deixava seu espírito perturbado, o qual ansiava pela humildade e quietude da
vida monástica. Arsênio suplicou ao Senhor que lhe mostrasse o caminho da
salvação. O Senhor atendeu sua oração. Arsênio ouvira uma voz dizendo-lhe: "Arsênio, foge dos homens, e tu serás
salvo." Então, retirou suas roupas finas e revestiu-se com roupas
velhas e esfarrapadas, e secretamente deixou o palácio, embarcou em um navio que
ia para Alexandria, e de lá, seguiu rumo para Sketis, um mosteiro no meio do
deserto.
Chegando na
igreja, pediu aos sacerdotes para aceitá-lo na ordem monástica, chamando a si
mesmo de um andarilho miserável, embora os seus gestos e comportamentos o
traissem, revelando ser ele um homem culto. Os irmãos levaram-no ao Pai João, o
Anão (9 de novembro), famoso por sua santidade de vida. João, querendo testar a
humildade do recém-chegado, não deu a Arsênio assento com os monges para a
refeição trapeza[1]. Atirou-lhe
um pedaço de pão seco, dizendo: "Coma,
se desejar." Arsênio se agachou sobre os joelhos, e pegou o pão com a
boca. Então, rastejando-se até um canto, comeu. Vendo isso, o Ancião João
disse: "Ele será um grande
asceta!" Então Arsênio foi aceito com amor e tonsurado na vida
monástica. Arsênio dedicou-se com zelo à prática da obediência e logo ele
superou muitos dos Padres do deserto em ascetismo.
O santo
novamente ouviu a voz enquanto estava orando: "Arsênio, foge das pessoas e viva em silêncio, esta é a raiz da
virtude." A partir desse momento Arsênio passou a residir em uma cela
solitária no deserto.
Tendo tomado
a luta do silêncio, raramente deixou a sua reclusão. Arsênio ia à igreja
somente aos domingos e dias de festa, observando completo silêncio e não conversar
com ninguém. Quando Abba Moisés perguntou por que ele escondia-se das pessoas,
Arsênio respondeu: "Deus sabe que eu
te amo, mas não posso ficar com Deus e com os homens ao mesmo tempo. As Hostes
Celestiais todos têm uma só vontade e juntos louvam a Deus. Na terra, no
entanto, existem muitas vontades humanas, e cada homem tem seus próprios
pensamentos. Eu não posso deixar Deus para viver com as pessoas. "
Embora
absorto em oração constante, o santo não recusava os monges que o visitam buscando
seu conselho e orientação. Arsênio era sucinto em sua fala, mas suas respostas satisfazia
às suas perguntas. Uma vez, um monge de Sketis o avistou através de uma janela:
Arsênio esta em pé orando, rodeado por uma chama.
A arte de São
Arsênio era tecer cestos, para o qual ele usava as folhas das palmeiras
embebidas em água. Durante um ano, Arsênio não alterava a água do recipiente,
mas apenas adicionava um pouco de água de tempos a tempos. Isso fez com que sua
célula ficasse tomada por um odor fétido. Quando perguntado porque ele fazia
isso, o santo respondeu que era um instrumento de humilhação, pois no mundo ele
era acostumado a usar incenso e óleos aromáticos. Arsênio orava para que após a
morte ele não sentisse o cheiro do inferno.
A fama do
grande asceta se espalhou, e muitos queriam vê-lo, perturbado a sua tranquilidade.
Como resultado, o santo foi forçado a se deslocar de um lugar para outro. Mas
aqueles sedentos para receber sua orientação e bênção ainda o encontravam.
St Arsênio
ensinou que muitos tomam sobre si grandes obras de arrependimento, jejum e
vigília, mas é raro para alguém guardar a minha alma de orgulho, ganância,
inveja, ódio de um irmão, a lembrança dos erros, e julgamento. Neste
assemelham-se as sepulturas que são decorados por fora, mas cheios de ossos
fedorentos.
Um monge
certa vez perguntou a Arsênio o que ele deveria fazer quando lesse as Sagradas
Escrituras e não compreendesse o seu significado. O Ancião respondeu: "Meu filho, tu deves estudar e aprender
as Sagradas Escrituras constantemente, ainda que não entendas o seu poder ...
Pois, quando temos as palavras das Sagradas Escrituras em nossos lábios, os
demônios, ouvindo-as, ficão aterrorizados . Em seguida, fogem de nós, incapazes
de suportar as palavras do Espírito Santo que fala através de Seus apóstolos e
profetas. "
Os monges
ouviram como o santo muitas vezes se esforça no trabalho, induzindo o ânimo
repetindo as seguintes palavras: "Levanta-te,
Arsênio, trabalha! Não fiques ocioso! Tu não vieste aqui para descansar, mas
para o trabalho."
Ele também dizia:
"Muitas vezes tenho lamentado as
palavras que eu falei, mas nunca me arrependi do meu silêncio."
A este grande
asceta e detentor do silêncio foi dado o dom de lágrimas, com as quais seus
olhos estavam constantemente cheias. Arsênio passou cinquenta e cinco anos em
trabalhos monásticos e lutas. Viveu quarenta anos no Sketis, e dez anos sobre a
montanha de Troe, perto de Memphis. Depois passou três anos na Canopus, e mais
dois anos em Troe, onde adormeceu no Senhor.
Nosso santo
“Pai em Deus”, Arsênio, repousou quando tinha quase cem anos de idade, no ano
449 ou 450.
Deixou,
aparentemente, apenas três discípulos, Alexander, Zoilos e Daniel (07 de
junho).
Tropário - Tom
8
Por um
dilúvio de lágrimas tu tornaste o deserto fértil e teu anseio por Deus produziu
frutos em abundância. O resplendor dos teus milagres iluminou todo o universo.
Ó nossos Santo Padre Arsênio, ora a Cristo nosso Deus, para que salve as nossas
almas!
Kondakion -
Tom 2
Aparecendo em
Roma como um sol, tu chegaste à cidade real, iluminando-a com teus atos e
palavras, ó bendito, expulsando as trevas da bestialidade. Portanto, nós te
honramos, Arsênio, glória dos Monges!
[1] É o salão de jantar (refeitório) onde os monges e peregrinos se reúnem
para comida e conversa (embora os monges não costumam conversar durante as
refeições).
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