PÓS-FESTA DA
ASCENSÃO
21 de Junho de
2013(CC) / 08 de Junho (CE)
Trasladação das
relíquias de São Teodoro Tiron, megalomártir (319).
Atos 27:1-44
1 E, como se determinou que navegássemos
para a Itália, entregaram Paulo e alguns outros presos a um centurião por nome
Júlio, da coorte augusta. 2 E,
embarcando em um navio de Adramítio, que estava prestes a navegar em demanda
dos portos pela costa da Ásia, fizemo-nos ao mar, estando conosco Aristarco,
macedônio de Tessalônica. 3 No dia
seguinte chegamos a Sidom, e Júlio, tratando Paulo com bondade, permitiu-lhe ir
ver os amigos e receber deles os cuidados necessários. 4 Partindo dali, fomos navegando a
sotavento de Chipre, porque os ventos eram contrários. 5 Tendo atravessado o mar ao longo da
Cilícia e Panfília, chegamos a Mirra, na Lícia. 6 Ali o centurião achou um navio de
Alexandria que navegava para a Itália, e nos fez embarcar nele. 7 Navegando vagarosamente por muitos dias,
e havendo chegado com dificuldade defronte de Cnido, não nos permitindo o vento
ir mais adiante, navegamos a sotavento de Creta, à altura de Salmone; 8 e, costeando-a com dificuldade, chegamos
a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia. 9 Havendo decorrido muito tempo e tendo-se
tornado perigosa a navegação, porque já havia passado o jejum, Paulo os
advertia, 10 dizendo-lhes: Senhores,
vejo que a viagem vai ser com avaria e muita perda não só para a carga e o
navio, mas também para as nossas vidas.
11 Mas o centurião dava mais crédito ao piloto e ao dono do navio do que
às coisas que Paulo dizia. 12 E não
sendo o porto muito próprio para invernar, os mais deles foram de parecer que
daí se fizessem ao mar para ver se de algum modo podiam chegar a Fênice, um
porto de Creta que olha para o nordeste e para o sueste, para ali
invernar. 13 Soprando brandamente o
vento sul, e supondo eles terem alcançado o que desejavam, levantaram ferro e
iam costeando Creta bem de perto. 14
Mas não muito depois desencadeou-se do lado da ilha um tufão de vento chamado
euro-aquilão; 15 e, sendo arrebatado o
navio e não podendo navegar contra o vento, cedemos à sua força e nos
deixávamos levar. 16 Correndo a
sota-vento de uma pequena ilha chamada Clauda, somente a custo pudemos segurar
o batel, 17 o qual recolheram, usando
então os meios disponíveis para cingir o navio; e, temendo que fossem lançados
na Sirte, arriaram os aparelhos e se deixavam levar. 18 Como fôssemos violentamente açoitados
pela tempestade, no dia seguinte começaram a alijar a carga ao mar. 19 E ao terceiro dia, com as próprias mãos
lançaram os aparelhos do navio. 20 Não
aparecendo por muitos dia nem sol nem estrelas, e sendo nós ainda batidos por
grande tempestade, fugiu-nos afinal toda a esperança de sermos salvos. 21 Havendo eles estado muito tempo sem
comer, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Senhores, devíeis ter-me
ouvido e não ter partido de Creta, para evitar esta avaria e perda. 22 E agora vos exorto a que tenhais bom
ânimo, pois não se perderá vida alguma entre vós, mas somente o navio. 23 Porque esta noite me apareceu um anjo do
Deus de quem eu sou e a quem sirvo, 24
dizendo: Não temas, Paulo, importa que compareças perante César, e eis que Deus
te deu todos os que navegam contigo.
25 Portanto, senhores, tende bom ânimo; pois creio em Deus que há de
suceder assim como me foi dito. 26
Contudo é necessário irmos dar em alguma ilha. 27 Quando chegou a décima quarta noite,
sendo nós ainda impelidos pela tempestade no mar de Ádria, pela meia-noite,
suspeitaram os marinheiros a proximidade de terra; 28 e lançando a sonda, acharam vinte
braças; passando um pouco mais adiante, e tornando a lançar a sonda, acharam
quinze braças. 29 Ora, temendo irmos
dar em rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, e esperaram ansiosos que
amanhecesse. 30 Procurando,
entrementes, os marinheiros fugir do navio, e tendo arriado o batel ao mar sob
pretexto de irem lançar âncoras pela proa,
31 disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no
navio, não podereis salvar-vos. 32
Então os soldados cortaram os cabos do batel e o deixaram cair. 33 Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos
que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais
e permaneceis em jejum, não havendo provado coisa alguma. 34 Rogo-vos, portanto, que comais alguma
coisa, porque disso depende a vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da
cabeça de qualquer de vós. 35 E,
havendo dito isto, tomou o pão, deu graças a Deus na presença de todos e,
partindo-o começou a comer. 36 Então
todos cobraram ânimo e se puseram também a comer. 37 Éramos ao todo no navio duzentas e
setenta e seis almas. 38 Depois de
saciados com a comida, começaram a aliviar o navio, alijando o trigo no
mar. 39 Quando amanheceu, não
reconheciam a terra; divisavam, porém, uma enseada com uma praia, e consultavam
se poderiam nela encalhar o navio. 40
Soltando as âncoras, deixaram-nas no mar, largando ao mesmo tempo as amarras do
leme; e, içando ao vento a vela da proa, dirigiram-se para a praia. 41 Dando, porém, num lugar onde duas
correntes se encontravam, encalharam o navio; e a proa, encravando-se, ficou
imóvel, mas a popa se desfazia com a força das ondas. 42 Então o parecer dos soldados era que
matassem os presos para que nenhum deles fugisse, escapando a nado. 43 Mas o centurião, querendo salvar a
Paulo, estorvou-lhes este intento; e mandou que os que pudessem nadar fossem os
primeiros a lançar-se ao mar e alcançar a terra; 44 e que os demais se salvassem, uns em
tábuas e outros em quaisquer destroços do navio. Assim chegaram todos à terra
salvos.
João 17:18-26
18 Assim como tu me enviaste ao mundo,
também eu os enviarei ao mundo. 19 E
por eles eu me santifico, para que também eles sejam santificados na verdade. 20 E rogo não somente por estes, mas também
por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; 21 para que todos sejam um; assim como tu,
ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo
creia que tu me enviaste. 22 E eu lhes
dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um; 23 eu neles, e tu em mim, para que eles
sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e
que os amaste a eles, assim como me amaste a mim. 24 Pai, desejo que onde eu estou, estejam
comigo também aqueles que me tens dado, para verem a minha glória, a qual me
deste; pois que me amaste antes da fundação do mundo. 25 Pai justo, o mundo não te conheceu, mas
eu te conheço; e estes conheceram que tu me enviaste; 26 e eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho
farei conhecer ainda; para que haja neles aquele amor com que me amaste, e
também eu neles esteja.
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