quinta-feira, 26 de setembro de 2013

14ª Quinta-feira Depois de Pentecostes


25 de Setembro de 2013 (CC) / 12 de Setembro (CE)

Préfesta da Exaltação da Santa Cruz
Dedicação da Basílica da Ressurreição em Jerusalém († 335) 
S. Cornélio Centurião, mártir († séc. I).




Gálatas 1:1-10, 20-2:5

1 Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por intermédio de homem algum, mas sim por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos),    2 e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia:    3 Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo,    4 o qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai,    5 a quem seja a glória para todo o sempre. Amém.    6 Estou admirado de que tão depressa estejais desertando daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho,    7 o qual não é outro; senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo.    8 Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema.    9 Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.    10 Pois busco eu agora o favor dos homens, ou o favor de Deus? ou procuro agradar aos homens? se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.    20 Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto.    21 Depois fui para as regiões da Síria e da Cilícia.    22 Não era conhecido de vista das igrejas de Cristo na Judéia;    23 mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que outrora nos perseguia agora prega a fé que antes procurava destruir;    24 e glorificavam a Deus a respeito de mim.    1 Depois, passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo a Tito.    2 E subi devido a uma revelação, e lhes expus o evangelho que prego entre os gentios, mas em particular aos que eram de destaque, para que de algum modo não estivesse correndo ou não tivesse corrido em vão.    3 Mas nem mesmo Tito, que estava comigo, embora sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se;    4 e isto por causa dos falsos irmãos intrusos, os quais furtivamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos escravizar;    5 aos quais nem ainda por uma hora cedemos em sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós.   

Marcos 5:1-20

1 Chegaram então ao outro lado do mar, à terra dos gerasenos. 2 E, logo que Jesus saíra do barco, lhe veio ao encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo, 3 o qual tinha a sua morada nos sepulcros; e nem ainda com cadeias podia alguém prendê-lo; 4 porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões em migalhas; e ninguém o podia domar; 5 e sempre, de dia e de noite, andava pelos sepulcros e pelos montes, gritando, e ferindo-se com pedras,  6 Vendo, pois, de longe a Jesus, correu e adorou-o; 7 e, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes. 8 Pois Jesus lhe dizia: Sai desse homem, espírito imundo. 9 E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu-lhe ele: Legião é o meu nome, porque somos muitos. 10 E rogava-lhe muito que não os enviasse para fora da região. 11 Ora, andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. 12 Rogaram-lhe, pois, os demônios, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. 13 E ele lho permitiu. Saindo, então, os espíritos imundos, entraram nos porcos; e precipitou-se a manada, que era de uns dois mil, pelo despenhadeiro no mar, onde todos se afogaram. 14 Nisso fugiram aqueles que os apascentavam, e o anunciaram na cidade e nos campos; e muitos foram ver o que era aquilo que tinha acontecido. 15 Chegando-se a Jesus, viram o endemoninhado, o que tivera a legião, sentado, vestido, e em perfeito juízo; e temeram. 16 E os que tinham visto aquilo contaram-lhes como havia acontecido ao endemoninhado, e acerca dos porcos. 17 Então começaram a rogar-lhe que se retirasse dos seus termos. 18 E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. 19 Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes o quanto o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti. 20 Ele se retirou, pois, e começou a publicar em Decápolis tudo quanto lhe fizera Jesus; e todos se admiravam.




COMENTÁRIO

É quase inconcebível a cena descrita por São Marcos: um ser humano que tem seu psiquismo tomado por dois mil demônios (isto se considerarmos que o número de demônios que possuíam aquele homem seja correspondente ao da manada de porcos que se precipitou no abismo). As pessoas que pensam o mundo pela ótica dos cientificismos dirão que esta é uma cena surreal. Para nós aqui não nos interessa demonstrar por meio de argumentos – científicos ou teológicos - a pertinência e realidade da ação dos demônios na alma humana. Deixamos a cargo da realidade social que vivemos o testemunho do absurdo da perversão e da maldade que habitam o ser humano - o crime organizado, os pedófilos “iluminados” (artistas, cientistas, religiosos, juristas, militares, parlamentares e etc)), a violência homicida contra crianças e idosos, a degeneração das relações interpessoais e coisas semelhantes.

Aqui nos cabe procurar demonstrar por meio das pistas contidas nesta narrativa, como esta realidade bizarra com a qual Cristo tanto se deparou, se configura e se estabelece no ser humano.

São Marcos nos diz que os gadarenos criavam porcos, o que mostra que viviam de uma atividade ilegal, alimentada por um mercado clandestino de consumidores de carne de porco; portanto, deveria ser uma atividade muito lucrativa, uma vez que por ser difícil a aquisição, a carne suína tinha um preço muito elevado. Assim, podemos entender que entre os principais consumidores desta “iguaria” estavam autoridades civis, os grandes mercadores e os nobres. Esta é a razão pela qual não eram molestados, apesar de proibida pela Lei de Moisés.

Quando as necessidades consideradas básicas para a sobrevivência e o desejo de riquezas se sobrepõem ao mandamento Divino, temos, nesta disposição de vida, a configuração perfeita para a degeneração e demonização do ser humano e de suas sociedades: . Esta foi a primeira perspectiva demoníaca que se apresentou para tentar o próprio Cristo: 

“Se És Filho de Deus, manda que estas pedras se transforme em pães”, 

e a tal proposta repele: 

“Não só de pão vive o homem, mas de toda a Palavra que procede da boca de Deus”.

A “luta pela sobrevivência” e a busca da felicidade por meio das posses e do prazer, fez da religião um meio subordinado a estes objetivos. Deus deixa de ser o fim principal para o qual o homem orienta seus desejos, tornando-se uma espécie de “gênio encantado”, com superpoderes para realizar todos os desejos do seu amo. Quando a religião não se presta a este fim, então, em geral os homens se voltam contra ela, procurando bani-la e encontrar outra que a substitua e se preste a tal fim. E, assim nascem e se estabelecem os falsos profetas, os criadores de ídolos e ilusões, ou seja, aqueles que habilmente criam sistemas, raciocínios e espiritualidades que se prestem a atender os apelos psíquicos e corporais dos seres humanos.

Entendemos quão profundas e graves são as palavras do Apóstolo Paulo ao dizer: "Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema."

Certamente que os gadarenos tinha sua religião. O que não faltavam era cultos pagãos à fertilidade para garantir a bênção dos deuses aos anelos humanos. Iludidos e recompensados pelas promessas ou realidades experimentadas das “bênçãos” temporais, eles não sabiam que cultuavam os demônios. Por isto São Paulo diz:

“Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios” (1 Cor. 10:20).

Os gadarenos não queriam Cristo e Lhe pedem que se retire de sua cidade. Mas o outrora endemoninhado não quer mais sair de Sua companhia, pois ele conhecera o mundo terrível de Satanás, de suas inquebrantáveis cadeias, até que chegou a ele, Aquele que É o Amigo do Homem, libertando-lhe de todos os grilhões. Cristo não atende seu pedido, antes o envia para testemunhar entre os demais cativos a graça que o libertara. Cristo não atendeu-lhe o pedido, mas não lhe negou o desejo, pois, em sua missão entre os gadarenos, Ele, em Espírito o acompanharia, Se faria presente em sua solidão e visível em meio às invisibilidades dos sentidos. Por fim, ele, o gadareno, se somaria à grande nuvem de testemunhas, das quais o mundo não é digno (Hb. 11:38; 12:1) e comporia a universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados (Hb 12:23).


Padre Mateus (Antonio Eça)



ORAÇÃO

Deus Todo-poderoso, que libertaste Teu povo da escravidão do adversário, e que através de Teu Filho lançaste abaixo Satanás como um raio, liberta-me também de toda influencia de espíritos impuros. Manda Satanás partir para bem longe de mim pelo poder de Teu Filho Único. Salva-me da ilusão demoníaca e escuridão. Preenche-me com a luz do Espírito Santo que eu possa ser guardado contra as armadilhas dos demônios astuciosos. Conceda que um anjo sempre adiante de mim a conduzir-me pelo caminho da retidão todos os dias da minha vida, para a honra de Teu glorioso Nome, Pai, Filho e Espírito Santo, agora e sempre. Amém.

Oração contra a Influência Demoníaca



EXALTAÇÃO UNIVERSAL DA PRECIOSA E VIVIFICANTE CRUZ


VÉSPERAS


Êxodo 15:22-27; 16:1-2

     22 Depois Moisés fez partir a Israel do Mar Vermelho, e saíram para o deserto de Sur; caminharam três dias no deserto, e não acharam água.    23 E chegaram a Mara, mas não podiam beber das suas águas, porque eram amargas; por isso chamou-se o lugar Mara.    24 E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?    25 Então clamou Moisés ao Senhor, e o Senhor mostrou-lhe uma árvore, e Moisés lançou-a nas águas, as quais se tornaram doces. Ali Deus lhes deu um estatuto e uma ordenança, e ali os provou,    26 dizendo: Se ouvires atentamente a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, sobre ti não enviarei nenhuma das enfermidades que enviei sobre os egípcios; porque eu sou o Senhor que te sara.    27 Então vieram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali, junto das águas, acamparam.    1 Depois partiram de Elim; e veio toda a congregação dos filhos de Israel ao deserto de Sim, que está entre Elim e Sinai, aos quinze dias do segundo mês depois que saíram da terra do Egito.    2 E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão no deserto.   

Provérbios 3:11-18

     11 Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enojes da sua repreensão;    12 porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.    13 Feliz é o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire entendimento;    14 pois melhor é o lucro que ela dá do que o lucro da prata, e a sua renda do que o ouro.    15 Mais preciosa é do que as jóias, e nada do que possas desejar é comparável a ela.    16 Longura de dias há na sua mão direita; na sua esquerda riquezas e honra.    17 Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas são paz.    18 É árvore da vida para os que dela lançam mão, e bem-aventurado é todo aquele que a retém.   

Isaías 60:11-16

     11 As tuas portas estarão abertas de contínuo; nem de dia nem de noite se fecharão; para que te sejam trazidas as riquezas das nações, e conduzidos com elas os seus reis.    12 Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão; sim, essas nações serão de todo assoladas.    13 A glória do Líbano virá a ti; a faia, o olmeiro, e o buxo conjuntamente, para ornarem o lugar do meu santuário; e farei glorioso o lugar em que assentam os meus pés.    14 Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; e prostrar-se-ão junto às plantas dos teus pés todos os que te desprezaram; e chamar-te-ão a cidade do Senhor, a Sião do Santo de Israel.    15 Ao invés de seres abandonada e odiada como eras, de sorte que ninguém por ti passava, far-te-ei uma excelência perpétua, uma alegria de geração em geração.    16 E mamarás o leite das nações, e te alimentarás ao peito dos reis; assim saberás que eu sou o Senhor, o teu Salvador, e o teu Redentor, o Poderoso de Jacó.   


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