S. Teodora de Alexandria, mon. († 480).
2 Coríntios
8:16-9:5
16 Mas, graças a Deus, que pôs no coração
de Tito a mesma solicitude por vós; 17 pois, com efeito, aceitou a
nossa exortação; mas sendo sobremodo zeloso, foi por sua própria vontade que
partiu para vós. 18 E juntamente com ele enviamos o irmão cujo
louvor no evangelho se tem espalhado por todas as igrejas; 19 e
não só isto, mas também foi escolhido pelas igrejas para ser nosso companheiro
de viagem no tocante a esta graça que por nós é ministrada para glória do Senhor
e para provar a nossa boa vontade; 20 assim evitando que alguém
nos censure com referência a esta abundância, que por nós é ministrada;
21 pois zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também
diante dos homens. 22 Com eles enviamos também outro nosso irmão,
o qual muitas vezes e em muitas coisas já experimentamos ser zeloso, mas agora
muito mais zeloso ainda pela muita confiança que vós tem. 23
Quanto a Tito, ele é meu companheiro e cooperador para convosco; quanto a nossos
irmãos, são mensageiros das igrejas, glória de Cristo. 24 Portanto
mostrai para com eles, perante a face das igrejas, a prova do vosso amor, e da
nossa glória a vosso respeito. 1 Pois quanto à ministração que se
faz a favor dos santos, não necessito escrever-vos; 2 porque bem
sei a vossa prontidão, pela qual me glorio de vós perante os macedônios,
dizendo que a Acaia está pronta desde o ano passado; e o vosso zelo tem
estimulado muitos. 3 Mas enviei estes irmãos, a fim de que neste
particular não se torne vão o nosso louvor a vosso respeito; para que, como eu
dizia, estejais preparados, 4 a fim de, se acaso alguns macedônios
forem comigo, e vos acharem desaparecidos, não sermos nós envergonhados (para
não dizermos vós) nesta confiança. 5 Portanto, julguei necessário
exortar estes irmãos que fossem adiante ter convosco, e preparassem de antemão
a vossa beneficência, já há tempos prometida, para que a mesma esteja pronta
como beneficência e não como por extorsão.
Marcos 3:13-19
13 Depois subiu ao monte, e chamou a si os
que ele mesmo queria; e vieram a ele. 14 Então designou doze para
que estivessem com ele, e os mandasse a pregar; 15 e para que
tivessem autoridade de expulsar os demônios. 16 Designou, pois, os
doze, a saber: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; 17 Tiago, filho
de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que
significa: Filhos do trovão; 18 André, Filipe, Bartolomeu, Mateus,
Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, 19 e Judas
Iscariotes, aquele que o traiu.
COMENTÁRIO
“E chamou a
si os que ele mesmo queria...” O sacerdócio cristão não é deve ser uma projeção
da vontade do homem. O verdadeiro sacerdote não é o que decide ser por escolha
própria (mesmo que seja uma pessoa de virtudes e de serviços prestados a
Igreja), mas aquele que obedece a Voz do que lhe chama: por isto o nome vocação
(voz em movimento). Estranho e misterioso é que entre os que Cristo escolheu
estava Judas Iscariotes. Incompreensão para os homens, sabedoria de Deus. Judas
representa o clérigo que tocado pela luz deixa-se possuir pelas trevas.
Convidado a participar da Ceia Mística, e dela participando, não desiste dos
seus propósitos ímpios. Judas nos chama a atenção para a nossa capacidade de
desprezar a Luz e se deixar possuir pelas trevas. Ciente deste risco é que a
Igreja decidiu estabelecer um jejum todas as quartas-feiras (pois este foi o
dia em que Judas traiu Cristo) com o propósito de avaliarmos quais os reais
intentos que impulsionam as nossas ações, a fim de que não sejam enganados como
foi o infeliz Apóstolo.
Interessante
é também perceber que Marcos faz destaque ao apelido que Cristo coloca nos
irmãos Tiago e João: ele os chama de “Boanerges”, que quer dizer “Filhos do
Trovão”, numa clara indicação ao temperamento explosivo e violento dos dois.
Assim, Tiago e João se torna o modelo daqueles que dominados por forças
obscuras se deixam invadir pela Luz, transfigurando as paixões predominantes de
suas naturezas decaídas em virtudes Divinas: Tiago mostra sua valentia não
violenta ao enfrentar Herodes e suportar impassivelmente o martírio que lhe
impôs o Tirano; João se torna o modelo do amor de Cristo presente nos homens e,
como Tiago suporta dores e privações terríveis que lhes foram impostas pela
grande perseguição do Imperador Décio, sem esmorecer e nem perder o ímpeto.
Eis, portanto, que diante cada um de nós se apresentam a vida e a morte, a Luz
e as trevas. Quais escolheremos?
Padre Mateus (Antonio Eça)
ORAÇÃO
Clamo a Ti,
Senhor; vem depressa! Escuta a minha voz quando clamo a Ti. Seja a minha oração
como incenso diante de Ti, e o levantar das minhas mãos, como a oferta da
tarde. Coloca, Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta de meus lábios.
Não permitas que o meu coração se volte para o mal, nem que eu me envolva em
práticas perversas com os malfeitores. Que eu nunca participe dos seus
banquetes! Fira-me o justo com amor leal e me repreenda, mas não perfume a
minha cabeça o óleo do ímpio, pois a minha oração é contra as práticas dos
malfeitores... Os meus olhos estão fixos em Ti, ó Soberano Senhor; em Ti me
refugio; não me entregues à morte. Guarda-me das armadilhas que prepararam
contra mim, das ciladas dos que praticam o mal.
Salmo 140(141): 1-5,8,9
Nenhum comentário:
Postar um comentário