quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

32ª Quarta-feira Depois de Pentecostes

29 de Janeiro de 2014 (CC) 16 de Janeiro de 2014 (CE)
Veneração das cadeias do Santo e Glorioso Apóstolo Pedro.


Tiago 3:11-4:6

     11 Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa?    12 Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos? Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce.    13 Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria.    14 Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.    15 Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.    16 Porque onde há ciúme e sentimento faccioso, aí há confusão e toda obra má.    17 Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.    18 Ora, o fruto da justiça semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz.    1 Donde vêm as guerras e contendas entre vós? Porventura não vêm disto, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?    2 Cobiçais e nada tendes; logo matais. Invejais, e não podeis alcançar; logo combateis e fazeis guerras. Nada tendes, porque não pedis.    3 Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.    4 Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.    5 Ou pensais que em vão diz a escritura: O Espírito que ele fez habitar em nós anseia por nós até o ciúme?    6 Todavia, dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos; dá, porém, graça aos humildes.   

Marcos 11:23-26

     23 Em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar; e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, assim lhe será feito.    24 Por isso vos digo que tudo o que pedirdes em oração, crede que o recebereis, e tê-lo-eis.    25 Quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que também vosso Pai que está no céu, vos perdoe as vossas ofensas.    26 [Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está no céu, não vos perdoará as vossas ofensas.]   





COMENTÁRIO

A narrativa de São Marcos visa transmitir o ensino de Cristo sobre o poder da fé, mediada por um coração puro e justo. Os verdadeiros milagres não têm por finalidade o exibicionismo, alimentar a vaidade e orgulho daquele que ora, fazendo-o parecer santo e poderoso aos olhos dos homens. Para lançar os montes no mar, é preciso antes fazer naufragar a fortaleza do ego no mar da justiça e da misericórdia. O demônio tem levantado muitos falsos profetas - que operam abundantemente sinais e prodígios da mentira - com o intuito de fazer tropeçar os homens (mas ainda não vimos nenhum deles transportar sequer uma duna, quanto mais uma montanha).

A oração de um coração justo para consigo (posto que reconhece seus pecados) e para com o próximo (pois transmite para o semelhante a mesma misericórdia com que Deus lhe trata), eleva aquele que ora à plena comunhão com Deus, o Qual jamais recusará suas petições.

Os santos dão testemunho desta realidade e demonstraram tal dimensão justa da alma. Abraão não levou em conta a avareza de Ló, provendo-lhe socorro quando dele precisara em sua escravidão. José não guardou ressentimento dos seus irmãos assassinos e mercadores. Moisés não levou em consideração a afronta dos seus contemporâneos, preferindo ser anátema com eles do que se salvar sem eles. Paulo também demonstra essa mesma predisposição. Estêvão, o primeiro mártir da Igreja, suplica a Deus o perdão para seus algozes e João se recusa usar o seu poder apostólico para destruir os que se lhe opõem.

Onde, portanto, reside a fonte da oração inoperante? São Tiago responde: está em uma alma dobre, inconstante em todos os seus caminhos (Tiago 1:7,8).

Temos, pois, a nos rodear uma tão grande nuvem de testemunhas que nos atestam do poder de Deus operando em suas almas justas (Heb. 11).

Pe. Mateus (Antonio Eça)




ORAÇÃO

SENHOR, o meu coração não é soberbo e nem altivos os meus olhos; não me exercito em grandes matérias, nem em coisas muito elevadas  para mim. Certamente que me tenho portado e sossegado como uma criança desmamada de sua mãe; a minha alma está como uma criança desmamada. Senhor, quem há que possa discernir os seus pecados? Perdoa a minha ignorância. Também da soberba guarda o teu servo, para que ela não domine sobre mim. Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão. Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, Rocha minha e Redentor meu!

Salmo 130:1,2; 18:12-14 (131;1,2; 19:12-14)

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