sábado, 31 de dezembro de 2016

Sábado Antes da Natividade de Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo

28º Sábado Depois de Pentecostes
31 de Dezembro de 2016 (CC) 18 de Dezembro (CE)
São Sebastião e seus companheiros, mártires († 288)
Jejum da Natividade  
Modo 2




Nasceu em Milão, na Itália, entre os anos 250 e 256. De família distinta, foi agraciado pelo imperador Carinos com a nomeação para um cargo militar. Posteriormente, Diocleciano o promoveu à guarda pretoriana. Possuía um coração generoso e, em seu posto, foi frequentemente protetor dos pobres e de cristãos em geral, ajudando também a suprir as necessidades da Igreja de Roma. Por causa disso, o Papa Gaio de Roma (283-296) o nomeou defensor da igreja. 
Ao ter início as perseguições aos cristãos, foram presos um grupo de crentes.  Ao saber do disso, Sebastião foi até eles para apoiá-los espiritualmente e, no momento em que eram julgados e condenados à morte, para surpresa de todos, Sebastião declarou sua fé em Cristo. Diocleciano, então, o condenou à morte. E logo começaram a torturá-lo, golpeando com lanças o seu peito. Seu corpo, que já consideravam sem vida, foi recebido por Luciana que, notando que ainda respirava, depois de tratar cuidadosamente de suas feridas, recuperou a saúde. Ciente do restabelecimento de Sebastião, o imperador Diocleciano ordenou sua prisão, tendo lá sido açoitado até a morte.


Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Efésios 1:16-23

Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações: Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos; e qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus, acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; e sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.

Lucas 14:1-11

Aconteceu num sábado que, entrando ele em casa de um dos principais dos fariseus para comer pão, eles o estavam observando. E eis que estava ali diante dele um certo homem hidrópico. E Jesus, tomando a palavra, falou aos doutores da lei, e aos fariseus, dizendo: É lícito curar no sábado? Eles, porém, calaram-se. E, tomando-o, o curou e despediu. E respondendo-lhes disse: Qual será de vós o que, caindo-lhe num poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo? E nada lhe podiam replicar sobre isto. E disse aos convidados uma parábola, reparando como escolhiam os primeiros assentos, dizendo-lhes: Quando por alguém fores convidado às bodas, não te assentes no primeiro lugar; não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu; e, vindo o que te convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este; e então, com vergonha, tenhas de tomar o derradeiro lugar. Mas, quando fores convidado, vai, e assenta-te no derradeiro lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, sobe mais para cima. Então terás honra diante dos que estiverem contigo à mesa. Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.


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REFLEXÃO


São Doroteu de Gaza (séc. VI)

Existem duas classes de humildade, assim como existem duas classes de orgulho: a primeira classe de orgulho consiste em desprezar ao seu irmão, não o levando em consideração, como se não fosse nada, e em crer-se superior a ele. Se não tratamos imediatamente de vigiar-nos com rigor, cairemos pouco a pouco na segunda espécie que consiste em exaltar-se diante do próprio Deus e atribuir suas boas obras a si mesmo e não a Deus... Devemos lutar contra a primeira classe de orgulho, para não cair lentamente no orgulho total.

Existe também um orgulho mundano e um orgulho monástico. O mundano consiste em crer-se mais do que seu irmão por ser mais rico, mais belo, melhor vestido ou mais nobre do que ele. Quando percebemos que nos gloriamos nestas coisas, ou que nosso monastério seja maior ou mais rico ou mais numeroso, saibamos que ainda estamos no orgulho mundano. O mesmo acontece quando nos vangloriamos de qualidades naturais, por exemplo: ter uma bela voz ou salmodiar bem, ou ser hábil ou de trabalhar e servir corretamente. Estes motivos são mais elevados que os primeiros, embora ainda se trate de orgulho mundano.

O orgulho monástico consiste em gloriar-se de suas vigílias, de seus jejuns, de sua piedade, de suas observações, de seu zelo, assim como em humilhar-se por vaidade. Tudo isso é orgulho monástico. Se não podemos evitar de orgulhar-nos, convém que este orgulho recaia sobre coisas monásticas e não mundanas. Explicamos, então, qual é a primeira espécie de orgulho e qual a segunda; também temos definido o orgulho mundano e o orgulho monástico. Mostremos agora quais são as espécies de humildade.

A primeira consiste em considerar ao seu irmão como mais inteligente que a si mesmo e superior em tudo; a saber, como dizia um santo: “Colocar-se abaixo de todos”.

A segunda espécie de humildade consiste em atribuir a Deus as boas obras. Essa é a perfeita humildade dos santos. Ela nasce naturalmente na alma como consequência da prática dos mandamentos. De fato, olhemos, irmãos, às árvores carregadas de frutos: São os frutos que fazem curvar e baixar os galhos. Ao contrário, o galho que não tem frutos se ergue no espaço e cresce direito. Inclusive há certas árvores cujos galhos não dão frutos enquanto se mantêm erguidos para o céu, porém, se lhes coloca uma pedra para orientá-los para baixo, então dão fruto. O mesmo acontece com a alma: quando se humilha dá fruto, e quanto mais produz, mais se humilha. Porque quanto mais se aproxima de Deus, mais pecadora se vê.

ORAÇÃO

Ó Senhor e Mestre da minha vida, afasta de mim o espírito de preguiça, o espírito de desânimo, o desejo de poder e a vâ loquacidade.

Mas concede a mim, Teu servo, o espírito da castidade, da humildade, da paciência e do amor.

Sim, Senhor e Rei, concede-me que eu veja as minhas faltas e não julgue meus irmãos. Pois tu és bendito pelos séculos dos séculos.

Amém.

Santo Efrem, o Sírio


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