segunda-feira, 23 de abril de 2018

3ª Segunda-feira da Páscoa

23 de Abril de 2018 (CC) / 11 de Abril (CE)
O Hieromártir Gregório V, Patriarca de Constantinopla († c. 1821);
Santos Terêncio, Pompeu e Companheiros de Martírio († c. 250)
Modo 2



 «Cristo ressuscitou dos mortos, 
Pisoteando a morte com Sua morte, 
E outorgando a vida 
Aos que jaziam nos sepulcros!»

O Hieromártir Gregório V, Patriarca de Constantinopla

O Sacerdote Gregório V, Patriarca de Constantinopla, ocupou três vezes a Cátedra Patriarcal (1797-1799, 1806-1808, 1819-1821). Durante estes tempos, a Grécia estava sob o áspero jugo turco. Muitos patriotas gregos viveram na esperança de ganhar novamente a independência nacional. Encontraram apoio ativo e forte em um corajoso campeão pela liberdade de sua terra natal - no santo Patriarca Gregório V. Suas conexões com os patriotas gregos vieram à luz somente quando Alexander Ipsilanti cruzou com seu exército o rio Prut contra o Sultão Makhmul. Um dos companheiros do santo aconselhou-o a fugir de Constantinopla para Moreia. O Santo respondeu-lhe assim:

«Sinto que os peixes do Bósforo mordiscarão o meu corpo, mas morrerei feliz pela causa de salvar a minha nação».

No dia da Santa Páscoa, 10 de abril de 1821, prenderam o santo Patriarca e o levaram para fora das portas do Patriarcado, e então jogaram seu corpo no mar.

Os marinheiros gregos notaram o local onde o corpo do Santo foi atirado, eles o encontraram, e em um navio do capitão Cephalonian Mark Sklabos, sob bandeira russa, eles navegaram para Odessa. Ali, na Igreja grega da Santíssima Trindade, o corpo do Santo foi sepultado em 19 de junho de 1821. Para vestir os restos do Sacerdote mártir, foi enviado de Moscou vestimentas e uma mitra com a cruz, que tinha pertencido a Sua Santidade Patriarca Nikon (1652-1658).

Em 1871, a pedido das autoridades gregas, foi decidido transferir as relíquias do santificado Gregório, de Odessa para Atenas, para a celebração dos cinquenta anos da independência grega.

Em Atenas, em honra ao Padre Gregório, em Atenas foi compilado um serviço especial. Sua ação contribuiu para o triunfo do cristianismo no renascimento da Grécia.

Santos Terêncio, Pompeu e Companheiros de Martírio

Durante a perseguição de Décio, Fortunato, o Governador das províncias africanas, publicou o decreto imperial anunciando ao povo de Cartago:

«Prestai sacrifícios aos deuses, ou estejais preparados para o suplício!»

E fez uma demonstração dos instrumentos de tortura, pretendendo assim intimidá-los. Muitos cristãos, atemorizados, acabaram por renunciar a sua fé, mas, quarenta deles mantiveram-se inabaláveis. Fortunato ordenou que comparecessem perante seu tribunal para censurá-los por sua obstinação. Então, um jovem cristão chamado Terêncio, falou em nome dos cristãos:

«Jesus Cristo É o Filho de Deus, que morreu na cruz para nos salvar. A Ele somente adoramos».

O Governador respondeu:

«Adorai nossos deuses, do contrário, morrereis todos!»

«Falo por mim mesmo e por meus irmãos, que nenhum de nós é tão covarde a ponto de abandonar a Jesus Cristo para adorar teus deuses de pedra. Faça o que quiseres de nós», disse Terêncio.

O Governador ordenou então que os quarenta cristãos fossem todos despidos e levados para a esplanada do Templo de Hércules, onde reiterou as suas ameaças, mas como os cristãos permanecessem firmes, ordenou que Terêncio, Pompeu, Africano e Maximus fossem açoitados até que invocassem o nome de Hércules.

Ante a firmeza dos quatro, mandou que fossem jogados na fogueira na presença de seus companheiros. Em meio às chamas, os mártires de Cristo entoaram o hino dos Macabeus. Terminado o suplício, Fortunato tentou, em vão, convencer os trinta e seis outros a apostatar. Foram então enviados para a prisão suportando pesadas correntes e, um por um, alcançou a glória do martírio pela espada e pelo fogo.

Seus corpos foram recolhidos pelos cristãos e sepultados em Cartago onde permaneceram até o quarto século, quando foram transferidos para Constantinopla. Seus nomes estão registrados em diferentes datas do Synaxarion. 

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

Atos 6:8-7:5, 47-60

8 Ora, Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. 9 Levantaram-se, porém, alguns que eram da sinagoga chamada dos libertos, dos cireneus, dos alexandrinos, dos da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão; 10 e não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava. 11 Então subornaram uns homens para que dissessem: Temo-lo ouvido proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. 12 Assim excitaram o povo, os anciãos, e os escribas; e investindo contra ele, o arrebataram e o levaram ao sinédrio; 13 e apresentaram falsas testemunhas que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras contra este santo lugar e contra a lei; 14 porque nós o temos ouvido dizer que esse Jesus, o nazareno, há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos transmitiu. 15 Então todos os que estavam assentados no sinédrio, fitando os olhos nele, viram o seu rosto como de um anjo. 1 E disse o sumo sacerdote: Porventura são assim estas coisas? 2 Estêvão respondeu: Irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando ele na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, 3 e disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar. 4 Então saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. Dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que vós agora habitais. 5 E não lhe deu nela herança, nem sequer o espaço de um pé; mas prometeu que lha daria em possessão, e depois dele à sua descendência, não tendo ele ainda filho. 47 Entretanto foi Salomão quem lhe edificou uma casa; 48 mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: 49 O céu é meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés. Que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual o lugar do meu repouso? 50 Não fez, porventura, a minha mão todas estas coisas? 51 Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; como o fizeram os vossos pais, assim também vós. 52 A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que dantes anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e homicidas, 53 vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes. 54 Ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra Estêvão. 55 Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus, 56 e disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem em pé à direita de Deus. 57 Então eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele 58 e, lançando-o fora da cidade o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um mancebo chamado Saulo. 59 Apedrejavam, pois, a Estêvão que orando, dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. 60 E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu. E Saulo consentia na sua morte.

João 4:46-54


46 Foi, então, outra vez a Caná da Galileia, onde da água fizera vinho. Ora, havia um oficial do rei, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. 47 Quando ele soube que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galileia, foi ter com ele, e lhe rogou que descesse e lhe curasse o filho; pois estava à morte. 48 Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e prodígios, de modo algum crereis. 49 Rogou-lhe o oficial: Senhor, desce antes que meu filho morra. 50 Respondeu-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe dissera, e partiu. 51 Quando ele já ia descendo, saíram-lhe ao encontro os seus servos, e lhe disseram que seu filho vivia. 52 Perguntou-lhes, pois, a que hora começara a melhorar; ao que lhe disseram: Ontem à hora sétima a febre o deixou. 53 Reconheceu, pois, o pai ser aquela hora a mesma em que Jesus lhe dissera: O teu filho vive; e creu ele e toda a sua casa. 54 Foi esta a segunda vez que Jesus, ao voltar da Judéia para a Galileia, ali operou sinal. 

† † †

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