sábado, 30 de junho de 2018

5º Sábado Depois de Pentecostes

30 de Junho de 2018 (CC) / 17 de Junho (CE)
Santos Mártires Manuel, Sabel e Ishmael, da Pérsia († 362); 
São Hipácio, Abade (446 dC); 
Aetius, o eunuco batizado por S. Felipe, Diácono (Séc. I)).
Jejum dos Apóstolos (azeite e vinho permitidos)

Modo 3




Manuel, Sabel e Ismael eram irmãos nascidos na Pérsia, de um pai pagão e de uma mãe cristã. Eles foram batizados e educados no espírito do cristianismo. Como cristãos, eram altos funcionários da corte do rei Alamundar. Foram enviados ao Imperador juliano, o Apóstata para realizar negociações e confirmar a paz entre os Impérios Persa e Grego-romano. O Imperador apóstata organizou uma celebração blasfema em homenagem aos ídolos,  em Calcedônia. Nesta celebração, o Imperador, com seus nobres, ofereceu sacrifícios aos ídolos. Os emissários persas se abstiveram desta celebração. O Imperador convocou-os e ordenou que eles também participem da celebração e ofereçam sacrifícios aos deuses. Eles declararam que eram cidadãos estrangeiros e que eles vieram como emissários do Rei persa por causa do estabelecimento da paz entre os dois impérios, e não por mais nada; Que eram cristãos e que consideravam indigno adorar ídolos mortos e oferecer-lhes sacrifícios. O Imperador se enfureceu e os lançou na prisão. No dia seguinte, ele os tirou e novamente começou a discutir com eles sobre a Fé, mas os santos irmãos foram inflexíveis e inabaláveis. Eles foram então amarrados nus às árvores, espancados e raspados com uma escova de ferro. Durante sua tortura, eles oraram a Deus com ação de graças por suas torturas:  
"Ó doce Jesus, esses tormentos são bons por causa do Teu amor!".  
Um anjo de Deus apareceu a eles, os consolou e removeu cada dor deles. Contrariamente a todas as regras das relações internacionais, o perverso Imperador Juliano finalmente pronunciou a sentença condenando os três irmãos à decapitação. Quando foram decapitados, houve um grande terremoto. A terra se separou e recebeu os corpos dos santos mártires, para que os pagãos não pudessem queimar seus corpos, conforme indicado pelo Imperador. A Terra devolveu mais tarde os corpos desses mártires para que os cristãos pudessem encontrá-los e honrá-los. Sobre suas relíquias, ocorreram muitos milagres e muitos pagãos se converteram à fé cristã. Quando o Rei persa ouviu como Juliano violentara seus emissários, preparou um exército para marchar contra ele. Convencido da vitória, Juliano partiu contra o Império Persa, mas ele sofreu uma esmagadora derrota e pereceu com vergonha, tornando-se objeto de piada e galhofaria do mundo inteiro.  
São Hipácio, Abade  
No subúrbio de Calcedônia, conhecido como «La Encina», que deu seu nome ao infame pseudo-sínodo que condenou São João Crisóstomo, certo funcionário consular, de nome Rufino, construiu uma igreja dedicada a São Pedro e São Paulo e, junto dela, um monastério. A comunidade monástica que ali viveu e que dava assistência à igreja, teve o seu período de prosperidade, mas a morte do fundador causou a dispersão dos monges ficando, tanto o monastério como a igreja, abandonados e, logo conhecidos popularmente como abrigo de fantasmas e almas penadas. Como ninguém se atrevesse a entrar lá, os edifícios permaneceram abandonados por muitos anos, até que um santo asceta chamado Hipácio e seus dois companheiros, Timóteo e Mosquion, decidissem ocupá-los, depois de uma viagem a Bithynia que fizeram em busca de um lugar onde pudessem viver retirados. Habitando aquelas ruínas, em pouco tempo começou a chegar os discípulos, reunindo muito rapidamente uma grande comunidade que empreendeu a recuperação da igreja e do monastério.  
Hipácio governou o monastério por muitos anos e, depois de sua morte, o local recebeu o seu nome. A vida de Santo Hipácio chegou até nossos dias sob a forma de uma biografia escrita por Callinicos. Segundo o biógrafo, São Hipácio nasceu em Frigia, tendo sido educado por seu pai que pretendia que seu filho seguisse os seus passos. No entanto, Hipácio sempre se mostrou inclinado para a vida religiosa. Com dezoito anos de idade, depois de uma impiedosa surra que recebeu de seu pai, fugiu de casa indo para a Trácia. Lá trabalhou como pastor de ovelhas por um longo tempo. Um sacerdote que o ouviu cantar ficou impressionado com ele e passou a ensiná-lo os Salmos e Cânticos. Aconselhado por aquele sacerdote, ao que parece, Hipácio juntou-se a um solitário ex-soldado chamado Jonas, com quem viveu entregue a oração e a penitência tão rigorosa que, segundo se conta, algumas vezes os dois se abstinham de comer ou beber durante quarenta dias consecutivos.   
Mais tarde, Jonas e Hipácio se transferiram para Constantinopla, onde Jonas passou a viver. Hipácio atravessou mais uma vez o Estreito, em direção a Ásia Menor e, instalado nas ruínas do monastério de Rufino, empreendeu uma missão para fazer reviver a prática da religião. Lá, chegou a dirigir uma grande comunidade de monges, tendo sido um grande defensor da Ortodoxia. Ainda antes que os erros de Nestório fossem condenados pela Igreja o abade ordenou que o nome daquele hierarca fosse apagado dos livros oficiais de sua igreja, sob os protestos do bispo Eulálio de Calcedônia. Quando Santo Alexandre Akimetes e seus monges fugiram de Constantinopla para Bithynia, foi Hipácio quem lhes deu generosa hospitalidade em seu monastério. Santo Hipácio, conhecido como «o estudioso de Cristo», ficou famoso por seus milagres e profecias. Morreu, segundo consta, em meados do V século, com a idade de oitenta anos. 
O Santo Discípulo Aetius 
O santo Discípulo Aetius era um eunuco que tinha por encargo, proteger os tesouros da Rainha Candice, soberana da Etiópia. 
Tendo ido a Jerusalém para a festa do Pentecostes, em sua viagem de retorno, foi batizado pelo Apóstolo Filipe, em Gaza (Atos 8: 26-40). 
Chegando em sua terra, Aetius passou a anunciar a Fé, e mais tarde, passou a ser chamado de "Iluminador da Etiópia".



Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

Romanos 8:14-21

14 Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. 15 Porque não recebestes um espírito de servidão, para novamente temerdes, mas recebestes o Espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai. 16 O mesmo Espírito dá testemunho com o nosso espírito, de que somos filhos de Deus. 17 E se filhos, então herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se sofremos juntos, também seremos glorificados juntos. 18 Porque eu considero que os sofrimentos deste tempo presente não são dignos de serem comparados com a glória que há de ser revelada em nós. 19 Porque a ardente expectativa da criatura espera pela manifestação dos filhos de Deus. 20 Porque a criatura ficou sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa do que a sujeitou em esperança, 21 porque a própria criatura também será libertada da servidão da corrupção, para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.  

Mateus 9-13


9 E passando Jesus dali, viu assentado na coletoria um homem, chamado Mateus, e disse- lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. 10 E aconteceu que, estando Jesus em casa sentado à mesa, eis que, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos. 11 E os fariseus, vendo isso, perguntaram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? 12 Jesus, porém, ouvindo isso, disse-lhes: Os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os que estão enfermos. 13 Ide, pois, e aprendei o que significa isto: Eu quero misericórdia, e não sacrifício; porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento. 

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