segunda-feira, 1 de outubro de 2018

19ª Segunda-feira Depois de Pentecostes

01 de Outubro de 2018 (CC) / 18 de Setembro (CE)
Santo Eumênio, o Milagroso, bispo de Gortinis (séc. II ou III)
Modo 1


Desde a juventude Eumênio se submeteu a duras provações. A moderação era a característica que o distinguia, porque sempre teve presente o conselho do Apóstolo São Paulo: 
«[...]todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível» (1 Cor 9,25). 
E santo Eumênio, seguindo as palavras do Apóstolo, de fato o alcançou. Foi eleito e ordenado bispo de Gortinis, em Creta. Em sua nova função na Igreja, suas virtudes brilharam ainda mais que antes, recebendo de Deus muitas bênçãos e forças para realizar verdadeiros milagres. Mais tarde ele foi para Roma onde, por causa de sua pregação e milagres, muitos se converteram à fé cristã e se batizaram. Contudo, desejando uma vida mais  austera, Santo Eumênio mudou-se para o Egito onde se encontravam muitos ascetas reconhecidos. No Egito, entregou seu espírito a Deus e, mais tarde, suas relíquias foram trasladadas para  a Ilha de Creta.


Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

Filipenses 1:1-7

Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e da do Senhor Jesus Cristo. Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, Fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas, pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora. Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo; Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho.
Lucas 3:19-22

Sendo, porém, o tetrarca Herodes repreendido por ele por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe, e por todas as maldades que Herodes tinha feito, Acrescentou a todas as outras ainda esta, a de encerrar João num cárcere. E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se abriu; E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.

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COMENTÁRIO

Estando você presente é impossível calar, pois eu sou a voz, e precisamente a voz que grita no deserto: preparai o caminho do Senhor. Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? Ao nascer, eu tornei fecunda a esterilidade da mãe que me gerou, e, quando ainda era um menino, procurei remédio na mudez de meu pai, recebendo de ti, menino, a graça de fazer milagres.

De tua parte, nascido de Maria a Virgem conforme quiseste e da maneira que só tu conheceste, não menosprezaste sua virgindade, mas a preservaste e a mimoseaste juntamente com o apelativo de mãe. Nem a virgindade impediu o teu nascimento, nem o nascimento feriu a virgindade, mas sim que ambas as realidades, o nascimento e a virgindade – realidades opostas se houver –, firmaram um pacto, porque para ti, Criador da natureza, isto é fácil e possível.

Eu sou somente homem, partícipe da graça divina; tu, porém, és ao mesmo tempo Deus e homem, pois és benigno e amas com loucura o gênero humano. Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? Tu que eras ao princípio, e estavas junto a Deus e eras o próprio Deus; tu que és o esplendor da glória do Pai; tu que és a imagem perfeita do perfeito Pai; tu que és a luz verdadeira, que ilumina a todo homem que vem a este mundo; tu que para estar no mundo vieste onde já estavas; tu que te fizeste carne sem converter-se em carne; tu que habitaste entre nós e te tornaste visível aos teus servos na condição de escravo; tu que, com teu santo nome, como uma ponte uniste o céu e a terra: tu vens a mim? Tu, tão imenso, a um homem como eu? O rei ao precursor? O Senhor ao servo? Pois ainda que não tenhas te constrangido de nascer nas humildes condições da humanidade, eu não posso transpassar os limites da natureza. Tenho consciência do abismo que separa a terra do Criador. Conheço a diferença que existe entre o pó da terra e o seu Criador. Sou consciente de que a claridade do teu sol de justiça me supera imensamente, eu que sou a lâmpada de tua graça. E mesmo quando estás revestido da branca nuvem do corpo, contudo, reconheço teu senhorio. Confesso minha condição servil e proclamo tua magnificência. Reconheço a perfeição de teu domínio, e conheço minha própria baixeza e ignomínia.

Não sou digno de desatar a correia de tua sandália; como, pois, irei atrever-me a tocar o alto[1] de tua cabeça imaculada? Como estenderei sobre ti minha mão direita, sobre ti que estendeste os céus como uma tenda e estabeleceste a terra sobre as águas? Como abrirei minha mão de servo sobre tua cabeça divina? Como lavar aquele que é imaculado e isento de todo pecado? Como iluminar a própria luz? Que oração pronunciarei sobre ti, sobre ti que acolhes até mesmo as orações dos que não te conhecem?
São Gregório Taumaturgo (séc. III)

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