Santo Profeta Elias (Séc. IX a.C);
Aarão, Sumo Sacerdote; Abraão da Gália; Leôncio e Sabas de Stromynsk;
Encontro das Santas Relíquias Atanásio de Bretsk;
Presbíteros Alexios, Dimitri, Maria Skotsva e Seus Filhos Yuri e Ilia;
Aarão, Sumo Sacerdote; Abraão da Gália; Leôncio e Sabas de Stromynsk;
Encontro das Santas Relíquias Atanásio de Bretsk;
Presbíteros Alexios, Dimitri, Maria Skotsva e Seus Filhos Yuri e Ilia;
Tom 7
Muitos são os santos do Antigo Testamento contemplados pelo calendário litúrgico Ortodoxo e celebrados num dia particular. Em geral não encontramos a celebração correspondente no contexto católico romano. No dia 20 de julho no Oriente se comemora o profeta Elias, “santo e glorioso,” conforme aparece no título do Minéon. Não possuímos escritos desse profeta que viveu no IX século antes de Cristo, mas ele se destaca entre os “profetas de ação” em Israel. Inúmeras vezes, nos livros sagrados, se fala do seu zelo em defender a verdadeira fé e piedade, como também da sua vida austera e rica em milagres, que se concluiu de maneira extraordinária. Com efeito Elias, num carro de fogo, “subiu no turbilhão para o céu” na presença de Eliseu, que herdou seu espírito. É um detalhe, esse, muito evidenciado no Oriente. Dão testemunho disso os muitos ícones, mormente russos, que representam Elias arrebatado da terra para as esferas celestes, numa carruagem puxada por cavalos chamejantes. Desde as Vésperas, já encontramos uma alusão a esse episódio e, nos tropários sucessivos, se fala do seu epifânico conhecimento de Deus, que se lhe manifestou no monte Horeb como no meio de uma “brisa suave.” Os textos falam também da morte dos falsos profetas, depois da prova no monte Carmelo, da longa estiagem, sinal da punição divina e de outros episódios da sua vida. As três leituras bíblicas, excepcionalmente longas, lidas na tarde do dia 19 de julho, são extraídas do terceiro livro dos Reis (correspondente a lReis da Vulgata). Primeiramente se lê o capítulo 17 inteiro, depois uma boa parte dos capítulos 18 e 19. Na última leitura se lêem os versículos finais do capítulo 19, que tratam da vocação de Eliseu, e 2Reis (2,1 14) em que é narrado o episódio do manto que caíra dos ombros de Elias e que Eliseu apanhara, herdando assim também o seu espírito.
No tropário conclusivo, e no kontákion, assim é lembrado o profeta que apareceu junto com Moisés, na Transfiguração de Cristo:
Tropário Modo 4
“Anjo na carne, fundamento dos profetas,
segundo precursor da vinda do Cristo,
o glorioso Elias, que do alto faz descer a graça sobre Eliseu,
afasta as doenças e purifica os leprosos.
Sobre os que o veneram faz jorrar as curas.”
Kontákion Modo 2
“Profeta de sublime nome, Elias,
que prevês os grandes feitos do nosso Deus
e submetes à tua palavra as nuvens portadoras de chuva,
roga por nós ao único Amigo dos homens.”
O profeta, nascido em Tesbes, além do Jordão, no país de Galaad, desde a primeira infância teve sonhos prodigiosos. Essa tradição foi transmitida por Santo Epifânio de Chipre e a encontramos escrita numa estrofe da Ode primeira do Cânon:
“Na hora do teu nascimento, ó profeta bem aventurado, teu pai teve a revelação dum grande milagre, pois te viu nutrido por uma chama e envolvido em faixas chamejantes; por teus rogos, pois, livra nos do fogo eterno.”O nome do profeta Elias significa “o meu Deus é IHVH” — indica pois um programa de vida. Isso é demonstrado em numerosos episódios que o “próprio” do Ofício bizantino no dia 20 de julho, como sempre marcadamente baseado na Bíblia, várias vezes recorda e exalta. Em um breve hino das Vésperas encontramos:
“Tu paraste as águas do céu e por um corvo foste nutrido, confundiste os reis e fizeste morrer os sacerdotes de Baal; do alto do céu fizeste descer o fogo e por duas vezes fizeste perecer cinquenta homens; tu alimentaste a viúva de Sarepta com o óleo e o pouco de farinha que lhe restava e por tua oração ressuscitaste lhe o filho; acendeste o fogo sobre o altar encharcado e andaste sobre as águas do rio Jordão; enfim foste arrebatado ao céu sobre um carro de fogo e agraciaste duplamente a Eliseu: intercede sem cessar junto de Deus, pela salvação das nossas almas.”
A figura austera do profeta, suscitado por Deus para combater a idolatria no povo de Israel sob o reinado de Acab e de Ocozias, é ainda hoje venerado também pelos hebreus e pelos árabes. Para os cristãos bizantinos, a figura de Elias é ocasião de lembrar o ensinamento evangélico, como no texto deste ikos que apresentamos como conclusão:
“Ao ver a grande iniquidade dos homens e o grande amor de Deus para com eles, o profeta Elias irritou se e, indignado, dirigiu se ao Deus de misericórdia com palavras impiedosas dizendo: ‘ó justo juiz, vinga te contra os que transgridem a tua lei!' Mas Deus, em sua ternura, não quis punir os que o haviam ofendido: como sempre, o único amigo dos homens aguarda a conversão de todos.”
Leituras Comemorativas
Lucas 4:22-30 Matinas
Tiago 5:10-20 Tiago 5:10-20
Lucas 4:22-30
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
MATINAS (VIII)
João 20:11-18
E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro. E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. E, tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni, que quer dizer: Mestre. Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos que vira o Senhor, e que ele lhe dissera isto.
LITURGIA
Tropárion da Ressurreição
Pela Cruz venceste a morte / e abriste o Paraíso ao ladrão arrependido. / Converteste em alegria a lamentação das mirróforas / e ordenaste a Teus Apóstolos que anunciassem a Tua Ressurreição, ó Cristo nosso Deus, // Tu Que concedes ao mundo a Tua infinita misericórdia.
Kondákion da Ressurreição
O poder da morte não é mais suficientemente forte para manter presos os homens mortais. / Pois Cristo desceu, fazendo em pedaços e destruindo esse poder. / O inferno agora está atado, / e os Profetas, em uma só voz, rejubilam grandemente, / dizendo: “O Salvador veio, // ide todos vós fiéis para Sua Ressurreição”.
Prokímenon
O Senhor dará força ao Seu povo;
O Senhor abençoará o Seu povo com paz. (Sl. 27:11)
Tributai ao Senhor, ó filhos dos poderosos,
Tributai ao Senhor glória e força. (Sl. 27:1)
1 Coríntios 1:10-18
O Senhor abençoará o Seu povo com paz. (Sl. 27:11)
Tributai ao Senhor, ó filhos dos poderosos,
Tributai ao Senhor glória e força. (Sl. 27:1)
1 Coríntios 1:10-18
10 Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que sejais concordes no falar, e que não haja dissensões entre vós; antes sejais unidos no mesmo pensamento e no mesmo parecer. 11 Pois a respeito de vós, irmãos meus, fui informado pelos da família de Cloé que há contendas entre vós. 12 Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo; ou, Eu de Apolo; ou Eu sou de Cefas; ou, Eu de Cristo. 13 será que Cristo está dividido? foi Paulo crucificado por amor de vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo? 14 Dou graças a Deus que a nenhum de vós batizei, senão a Crispo e a Gaio; 15 para que ninguém diga que fostes batizados em meu nome. 16 É verdade, batizei também a família de Estéfanas, além destes, não sei se batizei algum outro. 17 Porque Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho; não em sabedoria de palavras, para não se tornar vã a cruz de Cristo. 18 Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.
Aleluia
Aleluia, aleluia, aleluia!
É bom exaltar o Senhor
E cantar louvores ao Teu Nome, ó Altíssimo (Sl 91:1)
Aleluia, aleluia, aleluia!
Proclamar pela manhã o Teu amor,
E a Tua fidelidade pela noite (Sl 91:2).
Aleluia, aleluia, aleluia!
Mateus 14:14-22
E cantar louvores ao Teu Nome, ó Altíssimo (Sl 91:1)
Aleluia, aleluia, aleluia!
Proclamar pela manhã o Teu amor,
E a Tua fidelidade pela noite (Sl 91:2).
Aleluia, aleluia, aleluia!
E ele, ao desembarcar, viu uma grande multidão; e, compadecendo-se dela, curou os seus enfermos. 15 Chegada a tarde, aproximaram-se dele os discípulos, dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já passada; despede as multidões, para que vão às aldeias, e comprem o que comer. 16 Jesus, porém, lhes disse: Não precisam ir embora; dai-lhes vós de comer. 17 Então eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. 18 E ele disse: trazei-mos aqui. 19 Tendo mandado às multidões que se reclinassem sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou; e partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões. 20 Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram levantaram doze cestos cheios. 21 Ora, os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças. 22 Logo em seguida obrigou os seus discípulos a entrar no barco, e passar adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões.
† † †
HOMILIAS SOBRE A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES
1ª Homilia
Por São João Crisóstomo.
Para os enfermos ele fazia milagres sempre, agora faz uma dádiva universal, a fim de que muitos não só fossem espectadores do que a outros acontecia, mas que também desfrutassem do dom por si mesmos. Aquilo que aos judeus antigos lhes parecia no deserto admirável e diziam: Poderá também dar-nos pão e preparar-nos a mesa no deserto?, isso Cristo realiza agora. E os levou ao deserto para que não recaísse suspeita alguma sobre o milagre, e ninguém pensasse que algum povo próximo tenha provido as mesas de pão. Por isto o evangelista recorda não somente o lugar, mas também a hora. Também aprendemos aqui a prudência que os discípulos demonstravam nas coisas necessárias e em que alto grau desprezavam os prazeres. Pois sendo eles doze, não tinham senão cinco pães e dois peixes. Até tal ponto desprezavam as coisas materiais e somente cuidavam das espirituais. Ainda mais: nem mesmo este pouco que tinham guardaram, mas, assim que lhes foi solicitado, o entregaram.
Aprendemos disto que, mesmo quando for pouco o que possuímos, o ofereçamos aos pobres. Pois os apóstolos, mandados apresentar os cinco pães, não exclamaram: “Mas de onde nos alimentaremos depois? Como poderemos amenizar a fome?”, mas prontamente obedecem. A parte da razão do que já aduzimos, parece que Cristo fez o milagre com estes pães, para levar os discípulos à fé, pois eles ainda eram fracos nela. Por isso olha ao céu. Já possuíam muitos exemplos de outros tipos de milagres, mas deste nenhum.
Tendo, portanto, tomado os pães, os partiu, e através dos discípulos os repartiu, conferindo-lhes este cargo de honra. Não o fez somente para honrá-los, mas para que, apalpando a realidade do milagre, não lhe negassem a fé nem se esquecessem do acontecido, do qual suas próprias mãos davam testemunho. E permitiu que primeiro a multidão sofresse a fome e esperou que os discípulos se aproximassem e lhe perguntassem. Também por meio deles fez que a multidão se recostasse na relva, e por eles distribuiu os pães, querendo assim antecipar-se e comprometer cada um por sua própria confissão e por suas obras. Por esta causa, recebeu os pães deles, a fim de que se multiplicassem os testemunhos do milagre e tivessem esses registros e recordações do prodígio. Pois se depois de tantos preparativos ainda se esqueceram, o que teriam feito se Jesus não os houvesse preparado de tantas maneiras? E ordenou que se recostassem na relva, ensinando-os desta forma a viver austeramente. Porque não desejava unicamente que os corpos se alimentassem, mas que as almas assimilassem os ensinamentos.
De maneira que pelo lugar, por não ministrar-lhes senão pães e peixes, por ter ordenado que a todos fosse dado o mesmo e em comunidade o tomassem, de forma que nenhum recebesse mais do que o outro, ensinou a humildade, a temperança e a caridade; e quis que todos amassem a todos com igual afeto e tivessem todas as coisas em comum. E tendo partido os pães, os deu aos discípulos, e os discípulos os deram ao povo. Deu-lhes os cinco pães já partidos; e estes cinco pães, como se fossem uma fonte, multiplicavam-se e brotavam das mãos dos discípulos.
Ele não terminou com este milagre; mas Jesus fez que não somente os pães superabundassem, mas também os pedaços, para perceber que estes pedaços eram daqueles pães, e os ausentes também pudessem saber o que havia acontecido. Para isto permitiu que a multidão sofresse a fome, a fim de que ninguém pensasse que tudo se reduzia a meras aparências. Permitiu que sobrassem doze cestos, para que até mesmo Judas levasse o seu. Podia simplesmente ter apagado a fome na multidão, mas os discípulos não teriam experimentado o seu poder, pois assim aconteceu no tempo de Elias. Nesta ocasião os judeus ficaram de tal forma pasmos que quiseram constituí-lo rei, coisa que em outros milagres não tinham tentado.”
† † †
2ª Homilia
Por São Jerônimo (séc. V)
“Nas palavras do Evangelho sempre o espírito está unido à letra, e o que à primeira vista parece frio, torna-se ardente quando o tocas. O Senhor estava em um lugar deserto, o seguiram multidões numerosas abandonando as suas cidades, ou seja, seu antigo modo de vida e suas diversas crenças. Jesus desembarca; isto significa que as multidões tinham vontade de ir até ele, mas não tinham força para chegar. Por isso o Salvador sai de seu lugar e vai até elas, como em outra parábola vai ao encontro do filho arrependido. Ao ver a multidão, tem compaixão dela e cura as suas enfermidades para que a sua fé plena obtenha em seguida a recompensa...
Jesus lhes disse: Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer. Não necessitam buscar diversos alimentos, comprar pães desconhecidos, porque têm consigo ao pão celestial. Dai-lhes vós mesmos de comer. Convida aos apóstolos a partir o pão para que eles, testemunhando que não têm, manifeste-se melhor a grandeza do milagre.
Tomou os cinco pães e os dois peixinhos, e levantando os olhos ao céu pronunciou a bênção, partiu os pães e deu aos discípulos. “Levanta os olhos ao céu para ensinar-nos a dirigir para lá o nosso olhar. Tomou em suas mãos os cinco pães e os dois peixinhos, os partiu e os deu aos seus discípulos. Quando o Senhor parte os pães abundam os alimentos. De fato, se tivessem permanecido inteiros, se não tivessem sido cortados em pedaços nem divididos em colheita multiplicada, não teriam conseguido alimentar as pessoas, as crianças, as mulheres, a uma multidão tão grande. Por isso a Lei com os profetas é fracionada em pedaços e são anunciados os mistérios que contém, a fim de que o (que era) íntegro e em seu “para a perdição, ou seja, para os incrédulos.
Portanto, mistério é, sobretudo o que, mesmo que pregado em todas as partes, não é conhecido por aqueles que não têm uma alma reta, pois ele se revela não pela sabedoria (humana), mas pelo Espírito Santo e na medida de nossa própria capacidade. Em consequência, não estaria equivocado quem, de acordo com o exposto, chamasse ao mistério “arcano”, já que nem mesmo a nós, os crentes, nos foi concedido a plena percepção e o conhecimento exato do mistério.
Por isso dizia São Paulo: Porque o nosso saber é limitado e limitada é a nossa profecia. Agora vemos confusamente, como num espelho, então veremos face a face. Ensinamos uma sabedoria divina, misteriosa, escondida, predestinada por Deus antes dos séculos para a nossa glória.”
† † †
3ª Homilia
Considera como o Senhor no Evangelho parte poucos pães e alimenta milhares de homens, e como restam tantos cestos. Enquanto os pães estão inteiros, ninguém se sacia com eles, ninguém se alimenta, nem os próprios pães se multiplicam. Considera agora, pois, como nós partimos poucos pães: tomamos algumas poucas palavras das Escrituras divinas, e são milhares de homens que com elas se saciam.
Porém, se estes pães não tivessem sido partidos, se não tivessem sido feitos em pedaços pelos discípulos, ou seja, se a letra da Escritura não tivesse sido partida e discutida em pequenos pedaços, seu sentido não teria chegado a toda a multidão. Porém, como a tomamos em nossas mãos e discutimos cada ponto em particular, então as multidões comem dela quanto podem. O que não conseguem comer deve-se recolhê-lo e guardá-lo para que nada se perca. Assim nós, o que a multidão não pode tomar, o guardamos e o recolhemos em cestos e balaios.
Não faz muito, quando esmigalhávamos o pão no referente a Jacó e Esaú, quantos pedaços sobraram daquele pão? Todos os recolhemos com diligência para que não se perdessem, e os guardamos nos cestos e balaios até que vejamos o que o Senhor ordena que façamos com eles. Mas agora comamos os pães e tiremos água do poço, tudo o que conseguirmos.
Procuremos também fazer aquilo que nos recomenda a sabedoria quando diz: "Beba água de tuas próprias fontes e de teus poços, e seja a tua própria fonte". Tu que me ouves, procura ter o teu próprio poço e tua própria fonte, de maneira que, quando tomas o livro das Escrituras, começas a tirar alguma compreensão por ti mesmo, e de acordo com o que aprendeste na Igreja, tenta beber na fonte de tua própria criatividade.
Dentro de ti existe uma água viva natural, algumas veias de água permanente, as correntes que fluem do entendimento racional, ao menos enquanto não ficam obstruídas pela terra e os entulhos. O que tens que fazer é cavar a terra e remover a sujeira, ou seja, lançar a preguiça de tua inteligência e a sonolência de teu coração.
Ouve o que diz a Escritura: "Aperta o olho e derramará uma lágrima; aperta o coração e alcançará sabedoria". Procura, portanto, limpar também a tua inteligência, para que alguma vez possas chegar a beber de tuas próprias fontes, e possas tirar água viva de teus poços. Por que se recebeste em ti a Palavra de Deus, se tens recebido e guardado com fidelidade a água viva que Jesus te deu, se tornará em ti uma fonte de água que jorra para a vida eterna, no próprio Jesus Cristo, nosso Senhor, de quem é a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amém.
Procuremos também fazer aquilo que nos recomenda a sabedoria quando diz: "Beba água de tuas próprias fontes e de teus poços, e seja a tua própria fonte". Tu que me ouves, procura ter o teu próprio poço e tua própria fonte, de maneira que, quando tomas o livro das Escrituras, começas a tirar alguma compreensão por ti mesmo, e de acordo com o que aprendeste na Igreja, tenta beber na fonte de tua própria criatividade.
Dentro de ti existe uma água viva natural, algumas veias de água permanente, as correntes que fluem do entendimento racional, ao menos enquanto não ficam obstruídas pela terra e os entulhos. O que tens que fazer é cavar a terra e remover a sujeira, ou seja, lançar a preguiça de tua inteligência e a sonolência de teu coração.
Ouve o que diz a Escritura: "Aperta o olho e derramará uma lágrima; aperta o coração e alcançará sabedoria". Procura, portanto, limpar também a tua inteligência, para que alguma vez possas chegar a beber de tuas próprias fontes, e possas tirar água viva de teus poços. Por que se recebeste em ti a Palavra de Deus, se tens recebido e guardado com fidelidade a água viva que Jesus te deu, se tornará em ti uma fonte de água que jorra para a vida eterna, no próprio Jesus Cristo, nosso Senhor, de quem é a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amém.
† † †
Nenhum comentário:
Postar um comentário