quarta-feira, 13 de outubro de 2021

17ª Quarta-feira Depois de Pentecostes

13 de Outubro de 2021 (CC) / 30 de Setembro (CE)
São Gregório, o Iluminador, mártir, bispo da Grande Armênia († 330)
Tom 7
Jejum (Azeite permitido)


Apóstolo armênio de origem nobre, nascido em Valarxabad, originalmente um monge cipriota, juntou-se a comunidade do Monte Sinai e fez freqüentes viagens pela Palestina, passando  a ser chamado de «o Iluminador», por ter levado o povo armênio ao cristianismo. 
 
Tornado escravo durante a invasão persa e comprado por um cristão da Capadócia, ao retornar à Armênia, de colaborador e conselheiro do rei, tornou-se prisioneiro de Tirídates III, seu primo e rei da Armênia. Ao ser descoberto como cristão foi condenado a 14 anos de prisão. Porém conseguiu converter o próprio rei ao cristianismo (301), após curá-lo milagrosamente de uma doença contagiosa. O rei mandou que batizasse toda a sua corte, passando a adotar o cristianismo como religião oficial do Estado e Gregório tornou-se Patriarca da Armênia. 
Através da sua pregação uma nova luz raiou na longa história do povo armênio, e a fé uniu-se de maneira inseparável à identidade nacional. A fé cristã radicou-se de modo permanente nesta terra, situada à volta do Monte Ararat, e a palavra do Evangelho influenciou profundamente a língua, a vida familiar, a cultura e a arte do povo armênio. Tornou-se bispo metropolitano da Capadócia (302) e líder da jovem Igreja armênia, tendo sido sucedido por seu filho Aristaques como chefe supremo dos cristãos, retirando-se à vida solitária e, desse modo, preparando-se para a morte. 
É venerado no dia 30 de setembro como o Apóstolo e Padroeiro da Armênia.

Oração Antes de Ler as Escrituras

Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

Efésios 3:8-21

8 A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar aos gentios as riquezas inescrutáveis de Cristo, 9 e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou, 10 para que agora seja manifestada, por meio da igreja, aos principados e potestades nas regiões celestes, 11 segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, 12 no qual temos ousadia e acesso em confiança, pela nossa fé nele. 13 Portanto vos peço que não desfaleçais diante das minhas tribulações por vós, as quais são a vossa glória. 14 Por esta razão dobro os meus joelhos perante o Pai, 15 do qual toda família nos céus e na terra toma o nome, 16 para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; 17 que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor, 18 possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, 19 e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus. 20 Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, 21 a esse seja glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém.   

Lucas 5:33-39

Disseram-lhe, então, eles: Por que jejuam os discípulos de João muitas vezes, e fazem orações, como também os dos fariseus, mas os teus comem e bebem? E ele lhes disse: Podeis vós fazer jejuar os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias virão, porém, em que o esposo lhes será tirado, e então, naqueles dias, jejuarão. E disse-lhes também uma parábola: Ninguém deita um pedaço de uma roupa nova para a coser em roupa velha, pois romperá a nova e o remendo não condiz com a velha. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; de outra sorte o vinho novo romperá os odres, e entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão, mas o vinho novo deve deitar-se em odres novos, e ambos juntamente se conservarão. E ninguém tendo bebido o velho quer logo o novo, porque diz: Melhor é o velho.

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ENSINO DOS SANTOS PADRES


“Trazendo-Se a Si Mesmo, Cristo Nos Trouxe Toda Novidade”

Leiam com maior atenção o Evangelho que os apóstolos nos transmitiram; leiam também atentamente as profecias e encontrarão que toda a atividade, toda a doutrina e toda a paixão de nosso Senhor estavam preditas nelas. E se lhes ocorresse pensar: então, o que de novo nos trouxe o Senhor com a sua vinda?, saibam que, trazendo-se a si mesmo, nos trouxe toda novidade, ele que foi previamente anunciado. E o que se pregava era isto: que a novidade viria para inovar e para vivificar ao homem.

E se a vinda do rei é anunciada antecipadamente pelos servos que ele enviou, é para preparar aos que haveriam de receber ao seu próprio Senhor. Mas, uma vez chegado o rei e seus súditos foram cumulados da alegria previamente anunciada, receberam a liberdade que dele procede e participam de sua visão; agora que escutaram as suas palavras e desfrutam dos seus dons, já nenhuma pessoa sensata se perguntará o que “de novo” o rei tem contribuído sobre os que anunciaram a sua vinda: contribuiu com a sua própria pessoa e tem doado aos homens os bens anunciados com antecipação, bens que os anjos anseiam penetrar.

Ele, com a sua vinda, tem plenificado todas as coisas, e ainda hoje segue plenificando na Igreja até a consumação final, a nova Aliança preanunciada pela lei. Entretanto, como os profetas teriam conseguido predizer a vinda do rei e pré-evangelizar a paz que ele instauraria, e preanunciar tudo o que Cristo fez de palavra e de obra, além de sua paixão, e pregar o Novo Testamento, se tivessem recebido a inspiração profética de outro deus, de um deus que – segundo vós – ignorava ao Pai inenarrável, seu reino e suas disposições, disposições completadas pelo Filho de Deus ao vir a terra nos últimos tempos?

Todos os profetas anunciaram, de fato, coisas semelhantes, mas não se verificaram em nenhum personagem da Antiguidade. Porque caso houvesse se verificado em algum dos antigos, não haveria razão para que os profetas que viveram posteriormente profetizassem que estas coisas haveriam de se cumprir nos últimos tempos. Mas a verdade é que não existe nenhum personagem nem entre os padres, nem entre os profetas, nem entre os antigos reis em quem se tenha realizado uma só destas profecias na sua forma própria e específica. Todos, é verdade, profetizaram os padecimentos de Cristo, mas eles estiveram muito longe de padecer sofrimentos tais como os que foram por eles preditos. E os sinais preditos a propósito da paixão do Senhor não se em nenhum outro. Em resumo: os profetas não se referiam a nenhum outro, senão ao Senhor, em quem convergiram todos os sinais preditos.

Santo Irineu, bispo de Lyon (séc. II)

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