Santos Imperadores Constantino e Helena, Iguais-aos-Apóstolos
Comemoração do Santo Ícone da Mãe de Deus de Vladimir.
Jejum (Peixe é permitido)
Tom 5
O Santo Imperador Constantino (306-337), recebeu da Igreja o título de "Igual aos Apóstolos", e na história mundial recebeu o nome de "o Grande". Ele era filho de César Constantius Chlorus (305-306), Governador das terras da Gália e da Britânia. O imenso Império Romano foi neste momento dividido em Império Ocidental e Oriental, à frente do qual estavam dois Imperadores independentes e também co-governantes intitulados "Césares". O pai de São Constantino era o Imperador do Ocidente. A mãe de São Constantino era a Imperatriz Helena, que era cristã. O futuro governante de todo o império romano - Constantino - foi criado para ter respeito pela religião cristã. Seu pai não perseguiu os cristãos nas terras governadas por ele; embora, neste tempo, por todo o resto do Império Romano, os cristãos estivessem submetidos a ferozes perseguições pelos Imperador Diocleciano (284-305) junto com seu Co-regente Maximiano Galério (305-311) no Oriente, e o Imperador Maximiano Hércules (284-305) no Ocidente.
Após a morte de Constâncio Cloro, seu filho Constantino, em 306, foi proclamado pelo exército como Imperador da Gália e da Britânia. O primeiro ato do novo Imperador foi promulgar nas terras sujeitas a ele a liberdade de confissão da fé cristã. O pagão fanático Maximiano Galério, no Oriente e o feroz tirano Maxêncio, no Ocidente odiavam o Imperador Constantino e planejaram derrubá-lo e matá-lo, mas, Constantino os derrotou em uma série de batalhas; e ele derrotou seus oponentes com a ajuda de Deus. Constantino orou a Deus para lhe dar um sinal, que deveria inspirar seu exército a lutar valentemente, e o Senhor manifestou a ele nos céus um Radiante Sinal da Cruz com a inscrição "Com este Sinal tu conquistarás". Tendo-se tornado o único governante da metade ocidental do Império Romano, Constantino no ano 313 emitiu o Edito de Milão relativo à tolerância religiosa, e no ano 323, quando veio a governar como o único governante sobre todo o Império romano, estendeu as condições do Edito de Milão também sobre a metade Oriental do Império Romano. Depois de trezentos anos de perseguição, os cristãos finalmente receberam a possibilidade de confessar abertamente sua fé em Cristo.Renunciando ao paganismo, o Imperador não deixou sua capital permanecer na antiga Roma, o antigo centro do reino pagão. Ele transferiu sua capital para o Oriente, para a cidade de Bizâncio, que também foi renomeada como Constantinopla ("Constantinópolis" significa "a cidade de Constantino").
Constantino estava profundamente convencido de que somente a religião cristã poderia unificar o imenso Império Romano com seus diversos povos. Ele apoiou a Igreja em todos os sentidos, trouxe de volta do exílio os Confessores cristãos, construiu igrejas e mostrou preocupação com o Clero. O Imperador reverenciava profundamente o Sinal da Cruz do Senhor e queria também encontrar a verdadeira Cruz Criadora de Vida, sobre a qual foi crucificado nosso Senhor Jesus Cristo. Para este propósito, enviou para Jerusalém sua própria mãe - a Santa Imperatriz Helena, concedendo múltipla plenitude de poder e meios materiais. Juntamente com o Patriarca Makarios de Jerusalém, Santa Helena começou a busca, e através da Vontade de Deus, a Cruz Criadora de Vida foi descoberta milagrosamente no ano 326. (O relato sobre a descoberta da Cruz do Senhor está localizado sob a Festa da Exaltação da Cruz, 14 de setembro).
Estabelecida na Palestina, a Santa Imperatriz beneficiou muito a Igreja. Ela deu ordens para que todos os lugares relacionados com a vida terrena do Senhor e Sua Mãe Pura fossem libertados de todos os vestígios de paganismo, e ordenou que igrejas fossem construídas nesses lugares memoráveis. Sobre a Caverna do Sepulcro do Senhor, o próprio Imperador Constantino ordenou a construção de uma magnífica Igreja para glorificar a ressurreição de Cristo. Santa Helena deu a Cruz Vivificante ao Patriarca para guardar, e parte da Cruz ela levou consigo para o Imperador. Tendo distribuído generosas esmolas em Jerusalém e cuidando da alimentação dos necessitados, durante os quais ela mesma os assistiu, a Santa Imperatriz Helena retornou a Constantinopla, onde logo morreu no ano 327. Por seus grandes serviços à Igreja e seus esforços em encontrar a Vivificante Cruz, a Imperatriz Helena é intitulada "Igual aos Apóstolos".
Helena nasceu em meados do século III, provavelmente em Bitínia, região da Ásia Menor. Os autores britânicos afirmam que ela nasceu na Inglaterra, que naquele tempo era uma província romana; e que Constâncio Cloro, tribuno e mais tarde governador da ilha, enamorou-se dela e a tomou por esposa. Tanto Helena, quanto Constâncio Cloro eram pagãos. Levado pela ambição, Constâncio se separou dela (pois, Constâncio visando tornar-se Imperador aceitou a condição imposta por Maximiniano de repudiar sua mulher e esposasse Teodora, a enteada de Maximiniano. Ele levou para Roma seu pequeno filho, Constantino. Por catorze anos Helena chorou sua desgraça. Em 306, com a morte de Constâncio, e a nomeação de Constantino como Imperador, iniciou-se para ela uma nova vida. Constantino mandou vir sua mãe para viver na corte, conferindo-lhe o nome de Augusta e o título de imperatriz. Helena recebeu o Batismo, provavelmente no ano 307.
O estado pacífico em que a Igreja Cristã vivia, foi desfeito pela ascensão de brigas de heresias que haviam aparecido dentro da Igreja. Já no início do reinado do Imperador Constantino surgiram no Ocidente as heresias dos Donatistas e dos Novacianos, exigindo um segundo batismo sobre aqueles que caíram durante os tempos das perseguições contra os cristãos. Estas heresias, repudiadas por dois concílios locais da Igreja, foram finalmente condenadas no Concílio de Milão, em 316.
Mas, particularmente ruinosa para a Igreja foi a ascensão no leste da heresia de Ário, que ousou repudiar a Essência Divina do Filho de Deus, e ensinando que Jesus Cristo era uma mera criatura. Por ordem do imperador, no ano 325 foi convocado o Primeiro Conselho Ecumênico, na cidade de Nicéia. Neste concílio foram reunidos 318 bispos. Entre os seus participantes estavam os confessores-bispos do período das perseguições e muitos outros luminares da Igreja, entre os quais - estava o Santo Hierarca Nicolau de Myra, na Lícia. Este Concílio realizou-se em 29 de maio). O imperador esteve presente nas sessões do Concílio. A heresia de Ário foi condenada e um Credo-Símbolo da Fé compilado, no qual foi incluído o termo "Consubstancial ao Pai", sempre confirmando na consciência dos cristãos ortodoxos, a verdade da Divindade de Jesus Cristo, que levou e assumiu sobre Si a natureza humana para a redenção de toda a raça humana.
A profunda consciência e sentimento da igreja por parte de São Constantino pode surpreender alguém, onde o trabalho de elaboração da definição "de Essência Única", ouvido por ele nas disputas do Concílio, foi, por sua insistência, incluído no Credo-Símbolo da Fé.
Depois do Concílio de Nicéia, São Constantino continuou com seu papel ativo no bem-estar da Igreja. Ele recebeu o santo Batismo no final de sua vida, tendo sido preparado para isso por toda a sua vida. São Constantino morreu no dia de Pentecostes, no ano 337, e foi sepultado na Igreja dos Santos Apóstolos, numa cripta anteriormente preparada por ele.
Comemoração do Santo Ícone da Mãe de Deus de Vladimir.
A Celebração do Ícone da "Mãe de Deus de Vladimir" da foi estabelecida em memória da salvação de Moscou, no ano de 1521, de uma invasão dos Tártaros liderada pelo Khan, Makhmet-Girei. As hostes tártaras se aproximaram de Moscou, queimando e destruindo cidades e aldeias russas e exterminando seus habitantes. O Grande Príncipe Vasilii reuniu um exército contra os Tártaros, e o Metropolita de Moscou, Varlaam, juntamente com o povo de Moscou, orou fervorosamente pelo livramento da destruição.
Durante esse período sombrio, certa freira cega e piedosa teve uma visão: Os santos Hierarcas de Moscou estavam saindo do Kremlim, pelos Portões do Salvador, abandonando a cidade e levando consigo o ícone da Mãe de Deus de Vladimir, o principal objeto sagrado da cidade de Moscou, que estava sendo punida por Deus por causa dos pecados de seus habitantes. Nos portões do Salvador, os santos hierarcas foram recebidos pelos monges Sérgio, de Radonej e Varlaam, de Khutynsk, implorando em lágrimas para que não saíssem de Moscou. Todos eles, juntos, fizeram uma intensa oração ao Senhor pedindo o perdão das transgressões e a libertação de Moscou de seus inimigos. Após esta oração, os santos hierarcas voltaram ao Kremlin e levaram de volta o Santo Ícone da Mãe de Deus de Vladimir. Habitava em Moscou, o Beato Vasilii, um santo homem, a quem também foi revelado que, pela intercessão da Mãe de Deus e as orações dos santos, Moscou seria salva. O Khan tártaro também teve uma visão da Mãe de Deus em meio a uma hoste temível, lutando contra suas forças. Os tártaros fugiram com medo, e a capital do reino russo foi salva.
A celebração do ícone de Vladimir da Mãe de Deus é feita igualmente nos dias 23 de junho e 26 de agosto.
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Atos 19:1-8
Fragmento 42 – Naqueles dias, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns discípulos, Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam. E estes eram, ao todo, uns doze homens. E, entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três meses, disputando e persuadindo-os acerca do reino de Deus.
Fragmento 47 - O Senhor disse aos Seus discípulos: Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho. Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.
† † †
Nenhum comentário:
Postar um comentário