
17 de Agosto 2025 (CC) / 04 de Agosto (CE)
Santos Sete Jovens Dormentes de Éfeso, Maximiliano, Jâmblico, Martiniano, João, Dionísio, Constantino e Antonino († 250).
Jejum da Dormição (Azeite é permitido)
Tom 1
São Maximiliano era o filho do Administrador da cidade Éfeso, e os outros seis jovens eram filhos de outros ilustres cidadãos de Éfeso. Os jovens eram amigos desde a infância, e todos estavam cumprindo juntos o serviço militar.
Quando o imperador Décio (249-251) chegou a Éfeso, ordenou que todos os cidadãos fossem ofertar sacrifícios aos deuses pagãos, e quem não o fizesse, sofreria com a tortura e a morte por execução.
Através de uma denúncia os sete jovens de Éfeso foram convocados para responder às acusações. Em pé perante o Imperador, os sete jovens confessaram a sua fé em Cristo. Imediatamente as divisas militares dos jovens foram tomadas deles. Décio considerou que os expulsando do exército os faria abandonar a fé pelo desejo de voltarem as campanhas militares.
No entanto, os jovens fugiram da cidade e se esconderam em uma caverna no Monte Okhlonos, onde passaram seu tempo em oração, preparando-se para o martírio. O mais novo deles, São Jâmblico, se vestiu com roupas de mendigo, entrou na cidade para comprar pão.
Em uma dessas viagens para a cidade, ouviu que o imperador estava os procurando para os levar a julgamento. São Maximiliano exortou seus companheiros a sairem da caverna e bravamente aparecer no julgamento. Contudo, ao descobrir o esconderijo dos rapazes, o Imperador deu ordens para vedar a entrada da caverna com pedras, para que os rapazes morressem de fome e de sede. Pela obra de dois cristãos desconhecidos (muitos viviam a ocultar a sua fé, para escapar do martírio), no desejo de preservar a memória dos santos, instalou entre as pedras um recipiente lacrado, no qual foram localizados dois feixes de estanho. Nelas estavam inscritos os nomes dos sete jovens e os detalhes do seu sofrimento e morte. Mas o Senhor submeteu os jovens a uma especie de adormecimento milagroso, que os fez dormir por quase dois séculos.
Após esse tempo as perseguições contra os cristãos tinham cessado. No entanto, durante o reinado do Santo imperador Teodósio, o Jovem (408-450) tenham surgido hereges que rejeitavam a crença na ressurreição dos mortos e na Segunda Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
Alguns deles disseram: "Como pode haver uma ressurreição dos mortos, quando não haveria nem alma, nem o corpo, uma vez que foram desintegrados?"
Outros afirmavam: "Somente as almas poderiam ser restauradas, uma vez que é impossível para corpos ressurgir e viver depois de mil anos, quando até mesmo a poeira deles não existe mais".
O Senhor, portanto, revelou o mistério da Ressurreição dos Mortos e da vida futura através de seus sete jovens de Éfeso. Um mestre de obras que trabalhava nas proximidades do monte Okhlonos descobriu a construção de pedra, e os seus trabalhadores abriram as passagens para a caverna. O Senhor havia mantido vivo os jovens, e eles como que se despertassem de seu sono habitual, sem suspeitar que haviam adormecido por quase 200 anos! Seus corpos e roupas estavam intactos, sem qualquer sinal da passagem do tempo!
Preparando-se para aceitar a tortura, os jovens confiaram a São Jâmblico a ida novamente a cidade para comprar pão para que eles pudessem se apresentar para o martírio com boa disposição física.
No caminho para a cidade, o jovem foi surpreendido ao ver o Santa Cruz gravada nos portões das casas. E ouviu o nome de Jesus ser pronunciado livremente pelas pessoas nas ruas, e nisso começou a duvidar de que ele estava se aproximando de sua própria cidade.
Ao comprar o pão, o jovem deu uma moeda ao padeiro com a imagem do imperador Décio gravada nela. Naquele tempo havia uma horda de criminosos, usando dinheiro velho para enganar comerciantes. E nisso São Jâmblico foi detido como suspeito de fazer parte do grupo de falsários, e foi levado ao administrador da cidade, que naquele momento era o Bispo de Éfeso.
Ao ouvir as respostas desconcertantes do jovem (contando que era um habitante da Éfeso dos tempos do imperador Décio), o Bispo percebeu que Deus estava revelando por meio daquele jovem algum tipo de mistério, e nisso partiu, junto com uma comitiva, para a tal caverna, na qual estariam os outros 6 jovens.
Na entrada da caverna, o bispo encontrou o recipiente fechado e o abriu. Ele então leu o que estava gravado nos feixes de estanho: os nomes dos sete jovens e os detalhes da vedação da caverna sob as ordens do imperador Décio.
Ao adentrar na caverna e ver os jovens vivos, todos da comitiva se alegraram e perceberam que o Senhor, através do despertar dos jovens, após um longo sono, estava revelando à Igreja o mistério da Ressurreição dos Mortos. Posteriormente, o próprio imperador chegou a Éfeso e conversou com os jovens. Contudo, após algum tempo da revelação, os jovens santos, diante de todos, deitaram no chão e voltaram a adormecer, desta vez até a Ressurreição de todos, no Dia do Juízo. O imperador desejava colocar cada um dos jovens em um caixão coberto de jóias, mas os santos apareceram ao imperador em um sonho, pedindo que seus corpos fossem deixados na caverna.
No século XII o peregrino russo Higumeno Daniel visitou a caverna na qual permaneciam adormecidos os sete jovens santos. Além do dia 04 de Agosto, os Sete Santos Jovens adormecidos de Éfeso são comemorados no dia 22 de Outubro. A data de Agosto se refere ao dia nos quais eles adormeceram, e Outubro se refere ao despertar dos Santos. Os jovens santos são mencionados também no serviço do Ano Novo Litúrgico, no dia 14 de Setembro.
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
MATINAS (10)
João 21:1-14
Fragmento 66 – Naqueles dias, manifestou-Se Jesus outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e manifestou-Se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu, e outros dois dos Seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe: Nós também vamos contigo. Saíram e entraram no barco; e naquela noite nada apanharam. Mas ao romper da manhã, Jesus Se apresentou na praia; todavia os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, não tendes nada que comer? Responderam-Lhe: Não. Disse-lhes Ele: Lançai a rede à direita do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam puxar por causa da grande quantidade de peixes. Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor. Quando, pois, Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica, porque estava despido, e lançou-se ao mar; mas os outros discípulos vieram no barquinho, puxando a rede com os peixes, porque não estavam distantes da terra senão cerca de duzentos côvados. Ora, ao saltarem em terra, viram ali brasas, e um peixe posto em cima delas, e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei alguns dos peixes que agora apanhastes. Entrou Simão Pedro no barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-Lhe: Quem És Tu? Sabendo que era o Senhor. Chegou Jesus, tomou o pão e lhes deu, e semelhantemente o peixe. Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos Seus discípulos, depois de ter ressurgido dentre os mortos.
Fragmento 66 – Naqueles dias, manifestou-Se Jesus outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e manifestou-Se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu, e outros dois dos Seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe: Nós também vamos contigo. Saíram e entraram no barco; e naquela noite nada apanharam. Mas ao romper da manhã, Jesus Se apresentou na praia; todavia os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, não tendes nada que comer? Responderam-Lhe: Não. Disse-lhes Ele: Lançai a rede à direita do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam puxar por causa da grande quantidade de peixes. Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor. Quando, pois, Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica, porque estava despido, e lançou-se ao mar; mas os outros discípulos vieram no barquinho, puxando a rede com os peixes, porque não estavam distantes da terra senão cerca de duzentos côvados. Ora, ao saltarem em terra, viram ali brasas, e um peixe posto em cima delas, e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei alguns dos peixes que agora apanhastes. Entrou Simão Pedro no barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-Lhe: Quem És Tu? Sabendo que era o Senhor. Chegou Jesus, tomou o pão e lhes deu, e semelhantemente o peixe. Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos Seus discípulos, depois de ter ressurgido dentre os mortos.
LITURGIA
Tropárion da Ressurreição, Tom 1
Apesar da pedra do túmulo ter sido selada pelos judeus, / e o Teu puríssimo Corpo guardado pelos soldados, / Tu ressuscitaste ao terceiro dia, ó Salvador nosso, / dando a vida ao mundo. / Por isso, ó Autor da Vida, / os Poderes Celestes Te aclamaram, dizendo: / “Glória à Tua Ressurreição, ó Cristo! / Glória à Tua Realeza! // Glória à Tua Providência, ó Amigo do homem.
Tropárion de São Mateus, no 3º Tom (Santo Patrono)
Com zelo seguiste a Cristo, o Mestre, / Que em Sua bondade apareceu aos homens na Terra, / E da alfândega te chamou para Apóstolo / e Pregador do Evangelho ao universo, /por isto honramos tua preciosa memória. / Ó divinamente eloquente, Mateus. /Roga ao Deus misericordioso // que nos conceda a remissão das transgressões e a salvação das nossas almas!
Tropárion dos Sete Jovens Dormentes, Tom 4
Grande é a maravilha da fé! / Os sete santos jovens permaneceram na caverna como em um aposento real, / e morreram sem cair em corrupção; / e depois de muito tempo ressuscitaram como se tivessem dormido, / como uma certeza da ressurreição de todos os homens. / Por meio de suas súplicas, ó Cristo Deus, // tem misericórdia de nós.
Kondákion da Ressurreição, Tom 1
Como Deus, Tu ressuscitaste gloriosamente do túmulo, / ressuscitando o mundo Contigo; / a natureza humana Te canta como Deus,/ pois a morte foi dissipada./ Adão rejubila, Mestre;/ e Eva, doravante liberta das suas cadeias, proclama na alegria:// Ó Cristo, Tu És Aquele que concede a todos os homens a ressurreição!
Como Deus, Tu ressuscitaste gloriosamente do túmulo, / ressuscitando o mundo Contigo; / a natureza humana Te canta como Deus,/ pois a morte foi dissipada./ Adão rejubila, Mestre;/ e Eva, doravante liberta das suas cadeias, proclama na alegria:// Ó Cristo, Tu És Aquele que concede a todos os homens a ressurreição!
Kondákion de São Mateus, Tom 4 (Santo Patrono)
Deixando os laços da alfândega para adquirir o jugo da Justiça, / tu te revelaste um sábio comerciante, rico da sabedoria do Alto. / Proclamaste a Palavra da Verdade, /e pela narrativa da hora do Juízo // despertaste as almas indolentes.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo...
Tom 4: Rejeitando as coisas corruptas deste mundo / e aceitando dádivas da incorrupção, / embora tenham morrido, permaneceram intocados pela corrupção. / Portanto, eles ressuscitaram depois de muitos anos, / enterrando toda a incredulidade dos ímpios. / Ó fiéis, louvando-os hoje em louvor, // cantemos a Cristo!
Agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Hino à Virgem
Ó Admirável Protetora dos Cristãos e nossa Medianeira ante o Criador / não desprezes as súplicas de nenhum de nós pecadores; / mas, apressa-te a auxiliar-nos como Mãe bondosa que és, / pois, te invocamos com fé. / Roga por nós junto de Deus, // tu que defendes sempre àqueles que te veneram.
Prokímenon
R. Seja a Tua misericórdia, Senhor, sobre nós,
como em Ti esperamos. (Sl. 32:22)
V. Regozijai-vos no Senhor, vós, justos,
pois aos retos convém o louvor. (Sl. 32:1)
R. Seja a Tua misericórdia, Senhor, sobre nós,
como em Ti esperamos. (Sl. 32:22)
V. Regozijai-vos no Senhor, vós, justos,
pois aos retos convém o louvor. (Sl. 32:1)
No 4º Tom
R. Nos santos que estão em Sua terra o Senhor foi maravilhoso,
neles Ele realizou todos os Seus desejos. (Sl. 15:3)
Fragmento 131 - Irmãos, tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, tanto a anjos como a homens. Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo; nós fracos, e vós fortes; vós ilustres, e nós desprezíveis. Até a presente hora padecemos fome, e sede; estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa, e nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos; somos injuriados, e abençoamos; somos perseguidos, e o suportamos; somos difamados, e exortamos; até o presente somos considerados como o refugo do mundo, e como a escória de tudo. Não escrevo estas coisas para vos envergonhar, mas para vos admoestar, como a filhos meus amados. Porque ainda que tenhais dez mil aios em Cristo, não tendes, contudo, muitos pais; pois eu pelo Evangelho vos gerei em Cristo Jesus. Rogo-vos, portanto, que sejais meus imitadores.
Aleluia, no 1º Tom
Aleluia, Aleluia, Aleluia! (3x)
Foi Deus Quem me vingou e me subjugou os povos. (Sl. 17:48)
É Ele que magnifica a salvação de Seu Rei e faz misericórdia ao Seu ungido,
A Davi e à Sua semente eternamente. (Sl. 17:51)
Mateus 17:14-23
Fragmento 72 - Naquela hora, certo homem se aproximou de Jesus e, ajoelhando-se diante D’Ele, disse: Senhor, tem piedade de meu filho; ele é um lunático, e isso é ruim para ele; frequentemente ele se joga no fogo e frequentemente na água. E eu o trouxe aos Teus discípulos, e eles não puderam curá-lo. Jesus respondeu: Ó geração infiel e perversa! Quanto tempo vou ficar convosco? Quanto tempo vou ter que vos suportar? Traga-o aqui para Mim. E Jesus repreendeu o demônio e este saiu dele, e o menino foi curado naquela hora. Então os discípulos se aproximaram de Jesus separadamente dos outros e disseram: Por que não conseguimos expulsá-lo? Mas Ele lhes disse: Por causa da vossa falta de fé; pois em verdade Eu vos digo, se vós tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis à esta montanha: Mova-se daqui para lá, e isso se sucederá; e nada vos será impossível. Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum. Ora, achando-se eles na Galileia, disse-lhes Jesus: O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens; e O matarão, e ao terceiro dia ressuscitará. E eles se entristeceram muito.
Versos da Comunhão
Louvai ao Senhor desde os céus,
louvai-O nas alturas!
Aleluia, aleluia, aleluia!
† † †
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