terça-feira, 13 de dezembro de 2011

27ª Terça-feira depois de Pentecostes – Modo 1

27ª Terça-feira depois de Pentecostes – Modo 1
13 de Dezembro de 2011 (CC) / 29 de Novembro (CE)
S. André, Apóstolo “primeiro chamado” (séc. I).


1 Timóteo 5:11-21

     11 Mas rejeita as viúvas mais novas, porque, quando se tornam le5    12 tendo já a sua condenação por haverem violado a primeira fé;    13 e, além disto, aprendem também a ser ociosas, andando de casa em casa; e não somente ociosas, mas também faladeiras e intrigantes, falando o que não convém.    14 Quero pois que as mais novas se casem, tenham filhos, dirijam a sua casa, e não dêem ocasião ao adversário de maldizer;    15 porque já algumas se desviaram, indo após Satanás.    16 Se alguma mulher crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que esta possa socorrer as que são verdadeiramente viúvas.    17 Os anciãos que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino.    18 Porque diz a Escritura: Não atarás a boca ao boi quando debulha. E: Digno é o trabalhador do seu salário.    19 Não aceites acusação contra um ancião, senão com duas ou três testemunhas.    20 Aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor.    21 Conjuro-te diante de Deus, e de Cristo Jesus, e dos anjos eleitos, que sem prevenção guardes estas coisas, nada fazendo com parcialidade.   

Lucas 19:45-48

     45 Então, entrando ele no templo, começou a expulsar os que ali vendiam,    46 dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa será casa de oração; vós, porém, a fizestes covil de salteadores.    47 E todos os dias ensinava no templo; mas os principais sacerdotes, os escribas, e os principais do povo procuravam matá-lo;    48 mas não achavam meio de o fazer; porque todo o povo ficava enlevado ao ouvi-lo.


COMEMORAÇÃO DE SANTO ANDRÉ, O PRIMEIRO A SER CHAMADO

TROPÁRIO (4º TOM)
Ó glorioso santo André,
primeiro chamado dentre os apóstolos:
como irmão de Pedro, o Corifeu,
implora ao Senhor a paz ao mundo
e às nossas almas, a grande misericórdia.

KONDAKION
Eia, veneramos o Apóstolo André,
cuja fortaleza de ânimo é grande!
Ele é irmão de Pedro,
e por primeiro foi chamado pelo Salvador.
Ele, hoje nos repete,
quanto um dia falou a Pedro:
vinde, nós encontramos
o Desejado entre as nações!

HINOS LITÚRGICOS DE LAUDES
I - Ó sábio André, divino protetor,
conservador e libertador de todo mal,
a cidade de Patras, que te possui como pastor,
te dá graças e te venera.
Intercede sem cessar para que seja salva.
II - Alegra-te, Betsaida,
pois em ti floresceram, como de um místico jardim,
Pedro e André, os dois lírios,
cujo suave perfume difundiu-se no mundo inteiro
pela pregação da fé e pela ajuda da graça de Cristo,
à qual estiveram unidos também na paixão."

HINOS LITÚRGICOS DE VÉSPERAS

I - Tu que havias escutado a voz do Precursor,
quando o Verbo santíssimo se encarnou
para dar-nos o dom da vida
e para trazer na terra a boa nova da salvação,
tendo-o seguido,
a ele te consagraste como primícia santa
e primeiro dos seus frutos;
tendo-o reconhecido,
revelaste ao teu irmão o nosso Deus:
suplica-lhe que salve e ilumine as nossas almas.

II - Tendo deixado de pescar peixes,
pescaste os homens com o caniço da pregação e o anzol da fé,
ilustre Apóstolo que repescaste do abismo do erro
o conjunto das nações.
Tu, ó André, irmão do Corifeu,
cuja voz ressoa para instruir o mundo inteiro,
não deixes de interceder por nós, que fielmente celebramos
com coração aberto a tua sagrada memória.

III - Tendo visto caminhar sobre a terra o Deus que amavas,
tu, "primeiro-chamado" entre as testemunhas oculares,
cheio de júbilo gritaste a teu irmão:
Simão, encontramos aquele que nós amamos;
em seguida dirigiste ao Salvador as palavras de Davi:
como a corça ansiando por águas correntes,
assim minha alma está ansiando por ti, ó Cristo, nosso Deus!
E, tendo-o amado sempre mais, o alcançaste sobre a cruz,
como verdadeiro discípulo imitando a sua paixão;
consorte com ele na glória,
suplica-lhe com fervor por nossas almas.

HINOS LITÚRGICOS DO CÂNON

I - Tendo recebido a força do Espírito
sob forma de línguas de fogo,
tu te tornaste homem inspirado por Deus,
familiar dos celestes resplendores
para depois revelar-nos inefáveis ensinamentos.

II - Apóstolo de Cristo,
tendo aspirado o fogo do Espírito santíssimo,
em línguas novas nunca por ti faladas,
recebeste a ordem de anunciar
as maravilhas de Deus até os confins do mundo.

III - Com a mesma paixão do Senhor
foste glorificado, santo e sábio André.
Na cruz encontraste, de fato, o teu fim em Deus
e estás em comunhão com ele.
Nós te pedimos, pois, que intercedas por nós"
Outro Hino da Liturgia Bizantina
Honremos com hinos o Primeiro-chamado,
o irmão de Pedro, o discípulo de Cristo,
pescador de peixes e de homens, o apóstolo André
que a todos fez conhecer os ensinamentos de Jesus.
Assim como se joga uma isca aos peixes,
ele ofereceu o seu corpo aos ímpios
e prendeu-os em suas redes.
Por suas preces, ó Cristo, nosso Deus,
concede ao teu povo a paz e a graça da salvação.

PROKÍMENON
Por toda a terra espalhou-se a sua voz
e até os confins do mundo foram as suas palavras.

Os céus narram a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra de suas mãos.

LEITURA DA PRIMEIRA EPÍSTOLA DO APÓSTOLO SÃO PAULO AOS CORÍNTIOS I COR 4, 9-16
Irmãos, pelo que vejo, Deus reservou o último lugar para nós que somos apóstolos, como se estivéssemos condenados à morte, porque nos tornamos espetáculo para o mundo, para os anjos e para os homens! Nós somos loucos por causa de Cristo; e vocês, como são prudentes em Cristo! Nós somos fracos, vocês são fortes! Vocês são bem considerados, nós somos desprezados! Até agora passamos fome, sede, frio e maus tratos; não temos lugar certo para morar; e nos esgotamos, trabalhando com nossas próprias mãos. Somos amaldiçoados, e abençoamos; perseguidos, e suportamos; caluniados, e consolamos. Até hoje somos considerados como o lixo do mundo, o esterco do universo. Não escrevo essas coisas para envergonhar vocês, mas para chamá-los à atenção, como se faz com filhos queridos. De fato, ainda que vocês tivessem dez mil pedagogos em Cristo, não teriam muitos pais, porque fui eu quem gerou vocês em Jesus Cristo, através do Evangelho. Portanto, eu lhes dou um conselho: sejam meus imitadores.

ALELUIA
Aleluia, aleluia, aleluia!
Os céus publicarão as tuas maravilhas, Senhor,
e a tua verdade na assembléia dos santos.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Deus é glorificado na assembléia dos santos
grande e terrível sobre todos os que O cercam
Aleluia, aleluia, aleluia!

EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS † CRISTO, SEGUNDO O EVANGELISTA SÃO JOÃO 1,35-52

João estava lá, de novo, com dois dos seus discípulos. Vendo Jesus caminhando, disse: Eis o Cordeiro de Deus! Os dois discípulos ouviram esta declaração de João e passaram a seguir Jesus. Jesus voltou-se para trás e, vendo que eles o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Eles responderam: Rabi (que quer dizer mestre), onde moras? Ele respondeu: Vinde e vede! Foram, viram onde morava e permaneceram com ele aquele dia. Era por volta das quatro horas da tarde.André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido a declaração de João e seguido Jesus. Ele encontrou primeiro o próprio irmão, Simão, e lhe falou: Encontramos o Cristo! (que quer dizer Messias). Então, conduziu-o até Jesus, que, ao vê-lo, lhe disse: Tu és Simão, filho de João. Tu te chamarás Cefas! (que quer dizer Pedro). No dia seguinte, ele quis partir para a Galiléia e encontrou Filipe. Jesus disse a este: Segue-me! (Filipe era de Betsaida, a cidade de André e de Pedro.) Filipe encontrou-se com Natanael e disse-lhe: Encontramos Jesus, o filho de José, de Nazaré, aquele sobre quem escreveram Moisés, na Lei, e os Profetas. Natanael perguntou: De Nazaré pode sair alguma coisa boa? Filipe respondeu: Vem e vê! Jesus viu Natanael que vinha ao seu encontro e declarou a respeito dele: Este é um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade! Natanael disse-lhe: De onde me conheces? Jesus respondeu: Antes que Filipe te chamasse, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi. Natanael exclamou: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel! Jesus lhe respondeu: Estás crendo só porque falei que te vi debaixo da figueira? Coisas maiores verás. E disse-lhe ainda: Em verdade, em verdade, vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem que está no céu!


COMENTÁRIO

O relato do Evangelho de hoje indica-nos como Jesus se faz encontrar por aqueles que O buscam. Trata-se do encaminhamento de dois dos discípulos do Batista que o deixam para seguir Jesus que, respondendo à sua busca, os convida a «vir e ver.» Jesus é a resposta de Deus a uma busca do Homem, como no AT a Sabedoria que «se deixa encontrar pelos que a buscam.»

André deixa João Batista para seguir Jesus; André significa «humano»; as pessoas se tornam humanas quando se encontram com Jesus. André encontra seu irmão, Simão Pedro e testemunha ter encontrado o Messias. É a dinâmica do testemunho que vai provocando a adesão a Jesus.

O Evangelho diz que André encontrou «primeiro» o seu próprio irmão, sinal de que encontrou depois outras pessoas. O importante é perceber que Jesus vai sendo conhecido através daqueles que O testemunham.

Com inegável arte literária, João evoca diante de nossos olhos o homem que busca o Deus da Salvação.

Pelo testemunho do Batista O vislumbra no Cordeiro de Deus. Porém ainda não penetra em seu mistério; quer saber onde é sua morada. Jesus convida o que busca a «vir e ver»: «Vir» significa o passo da fé; «ver» significa adesão da fé. Finalmente os discípulos permanecem com Ele. «Permanecer» ou »morar» significa a união vital permanente com Jesus.

Os que foram a procura do mistério do Salvador e Revelador acabaram sendo convidados e iniciados por Ele. Um encontro como este ultrapassa o que encontra, levando-o a querer unir consigo os que estão a procura, como ele.
Um dos dois que encontraram o Procurado, André, vai chamar seu irmão, Simão para compartilhar sua descoberta. Este se deixa conduzir até o Senhor que, de início, muda seu nome para Cefas que quer dizer «rocha», «pedra», e lhe dá uma nova identidade. Na continuação do episódio encontramos uma reação em cadeia: vemos primeiro o Batista introduzir seus discípulos a Jesus e, em seguida os discípulos procuram outros candidatos.

Todos estes ricos e densos aspectos do desenrolar deste episódio revelam a experiência transformadora da conversão: da inquietação frente à crise de sentido de um mundo sem Deus, ao discernimento da voz que anuncia esta Presença que está entre nós; o reconhecimento, - recuperação da Memória - a nova identidade (Cefas/Pedro) e o impulso a testemunhar esta experiência do Encontro.


«André, primeiro a ser chamado, primeiro a testemunhar»

Santo André, depois de ter ficado com Jesus (Jo 1,39) e de ter aprendido muito, não guardou esse tesouro só para si: apressa-se a correr para junto de seu irmão Simão-Pedro para o fazer participar dos bens que ele próprio recebeu. Ouve o que ele diz ao irmão: "Encontramos o Messias, quer dizer, o Cristo" (Jo, 1,41).

Estás a ver o fruto do que acabava de aprender em tão pouco tempo? Isso demonstra ao mesmo tempo a autoridade do Mestre que ensinou os discípulos e, desde o início, o seu zelo para o conhecerem.

A pressa de André, o seu zelo em espalhar logo de seguida esta tão boa nova, supõe uma alma que ansiava por ver o cumprimento de tantas profecias respeitantes a Cristo. Partilhar assim estas riquezas espirituais foi mostrar uma amizade verdadeiramente fraterna, uma afeição profunda e um temperamento cheio de sinceridade... «Nós o encontramos, ao Messias, diz ele, não um messias qualquer, mas o Messias que esperávamos.»

S. João Crisóstomo (cerca de 345-407), bispo de Antioquia e depois de Constantinopla,
«Homilia sobre o Evangelho de João»


«O primeiro discípulo do Senhor»

André foi o primeiro a reconhecer o Senhor como seu mestre... O seu olhar percebeu a vinda do Senhor e deixou os ensinamentos de João Baptista para entrar na escola de Cristo... João Baptista tinha dito: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29). Eis aquele que liberta da morte; eis aquele que destrói o pecado. Eu sou enviado, não como o esposo, mas como quem o acompanha (Jo 3,29). Vim como servo e não como mestre.
Levado por estas palavras, André deixa o seu antigo mestre e corre para quem ele anunciava..., levando consigo João, o evangelista. Ambos deixam a lâmpada (Jo 5,35) e caminham para o Sol... Tendo reconhecido o profeta de quem Moisés dissera: "É a ele que escutareis" (Dt 18,15), André conduz até ele o seu irmão Pedro. Mostra a Pedro o seu tesouro: "Encontramos o Messias (Jo 1,41), aquele que desejávamos; vem agora saborear a sua presença". Ainda antes de ser apóstolo, conduz a Cristo o irmão... Foi o seu primeiro milagre.

Basílio de Selêucia (? - cerca de 468), bispo
«Sermão em honra de Santo André»


DADOS HAGIOGRÁFICOS

André foi o primeiro a ser chamado, portanto, o Protóclito (protos = primeiro + klitos = chamar). Recordemos como se deu este chamado: estava ele e seu irmão Cefas pela segunda vez na região do Jordão onde João Batista batizava, este exclamou: "Eis aí o cordeiro de Deus (Jo 1,36). Ouvindo estas palavras deixaram de seguir João Batista para acompanhar o próprio Cristo.

Jesus, voltando-se para atrás e vendo que o seguiam, disse-lhes: «Que buscais?» Eles disseram: «Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras?» Disse-lhes Jesus: «vinde e vede». Foram, pois, e viram onde habitava e permaneceram lá aquele dia. Era quase a hora décima.

Ora, André tinha um irmão chamado Simão e disse-lhe: «Nós encontramos o Messias, que é o Cristo». E levou-o a Jesus, que olhando-o disse: «Tu és Simão, filho de Jonas, doravante chamar-te-ás Pedro».
Este é, segundo a narrativa de São João, o primeiro encontro de André com Jesus.

André e Pedro, contudo, não ficaram definitivamente com o Divino Mestre, mas voltaram às suas ocupações de pescadores. Dias depois, Jesus, passando pela praia do Lago de Tiberíades, pelas bandas de Cafarnaum, tendo-os encontrado quando lavavam as redes, disse-lhes: «Segui-me, e eu vos farei pescadores de homens». Eles, deixando imediatamente as redes, o seguiram (Mt 4,18). Com estas palavras, deu-se o chamamento oficial de André como apóstolo junto com seu irmão Pedro.

Nos catálogos oficiais que os evangelistas dão dos doze apóstolos, André ocupa sempre o segundo lugar, depois do irmão Pedro. Poucas menções expressas nos deixou o Evangelho deste apóstolo durante os três anos do seguimento a Cristo. A primeira deu-se por ocasião da multiplicação dos pães e peixes.

Quando Jesus interpelou Filipe sobre a possibilidade de dar de comer a toda aquela multidão, André interveio, dizendo: «Está aqui um menino que tem cinco pães e dois peixes; mas que é isto para tanta gente?» Jo 6,9).

Uma segunda intervenção de André deu-se nos últimos dias da vida do Mestre. Havia alguns gentios que desejavam ver Jesus de perto e se aproximaram de Filipe, dizendo: «Senhor, desejamos ver Jesus». Filipe foi dizer a André: e ambos disseram-no a Jesus.

Diz a Tradição que, por ocasião da partida dos apóstolos para levar o Evangelho pelo mundo, André viajou para a região dos mares Cáspio e Negro. Por último, fundou a igreja em Patras, na Acaia, que foi uma das mais florescentes dos tempos apostólicos. Esta mesma fonte afirma ter Santo André morrido crucificado em Patras, na Acaia, no dia trinta de novembro. A ele está relacionada a Cruz de Santo André em forma de X. Ao vê-la, antes do suplício, teria dito o apóstolo:

«Salve santa Cruz, tão desejada,
tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre;
de ti receba O que por ti me salvou!»

Todos se admiravam da coragem e da alegria que se estampava no rosto do apóstolo mártir, quando se entregou aos algozes fixado à cruz, permanecendo dois dias nesta posição, orando, aconselhando e orientando aos seus. Uma piedosa mulher de nome Maximila retirou da cruz o corpo do apóstolo sepultando-o com muita honra.

Depois das perseguições romanas, as relíquias do santo foram transportadas para Constantinopla e, pelo ano 1460, transferidas para Amalfi e Roma. Mais recentemente, o Papa Paulo VI, desejando simbolizar a união de fraternidade com a Igreja Ortodoxa, devolveu as relíquias de Santo André à Igreja de Constantinopla.


 Fontes:
Sitio de Ecclesia.
Konings, J - "Espírito e Mensagem da Liturgia Dominical" - Ed. Vozes, 1986.
Carvajal, Francisco F, "Falar com Deus" - Ed. Quadrante, 1993.

Donadeo, Madre Maria, "O Ano Litúrgico Bizantino" - Ed. Ave Maria. 



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