quinta-feira, 14 de junho de 2012

2ª Quinta-feira Depois de Pentecostes


14 de Junho de 2012 (CC) / 01 de Junho (CE)
Ss. Justino Filósofo e cc., mártires († 165); S. Simeão de Siracusa († 1037).


Romanos 5:10-16

     10 Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.    11 E não somente isso, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora temos recebido a reconciliação.    12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.    13 Porque antes da lei já estava o pecado no mundo, mas onde não há lei o pecado não é levado em conta.    14 No entanto a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão o qual é figura daquele que havia de vir.    15 Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, abunde em muitos.    16 Também não é assim o dom como a ofensa, que veio por um só que pecou; porque o juízo veio, na verdade, de uma só ofensa para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.   

Mateus 8:23-27

     23 E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram.    24 E eis que se levantou no mar tão grande tempestade que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.    25 Os discípulos, pois, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Salva-nos, Senhor, que estamos perecendo.    26 Ele lhes respondeu: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se grande bonança.    27 E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?   


O Santo Mártir Justino, o Filósofo

Justin nasceu de pais gregos, na cidade samaritana de Siquém, mais tarde chamada de Nablus, cem a cinco anos depois de Cristo. Justino zelosamente procurou a sabedoria entre os filósofos: primeiramente com os estoicos e depois com os peripatéticos, os pitagorianos e, finalmente, com os platônicos.

Ainda que a filosofia de Platão não o satisfizesse, no entanto, aderiu a ela por maior tempo porque não ter qualquer outra coisa que pudesse lhe atrair mais. Pela Providência de Deus um venerado ancião encontrou Justino que confundia-o acerca da filosofia de Platão, persuadindo-o de que os homens não podem saber a verdade sobre Deus,  a não ser que Deus se revele, e que Deus revelou a verdade sobre Si mesmo nos livros da Sagrada Escritura. Justino começou a ler a Sagrada Escritura e se tornou um cristão completamente convicto. No entanto, ele não queria ser batizado, nem de ser chamado de cristão, até que foi pessoalmente convencido da falsidade de todas as acusações que os pagãos levantavam contra os cristãos. A partir deste momento, Justino dedicou seus talentos e seus vastos conhecimentos filosóficos para pregar o Evangelho entre os pagãos. Ele empreendeu viagens por todo o Império Romano semeando a fé. "Todo aquele que é capaz de proclamar a Verdade e não o faz, será condenado por Deus", escreveu Justino.

Em Roma abriu uma escola de filosofia cristã, alcançando rapidamente grande respeito assim como muitos seguidores. São Justino presenciou as torturas e martírio de muitos cristãos inocentes, e isto o motivou a escrever uma Apologia (Defesa) dos cristãos e dos ensinamentos cristãos. Justino apresentou sua apologia dos cristãos  ao Imperador Antonino e ao Senado. O imperador a leu com cuidado e tão impressionado ficou com seus argumentos que ordenou cessar imediatamente a perseguição aos cristãos. Justino pegou uma cópia do decreto do Imperador e, com isso, viajou para a Ásia, onde, com a ajuda deste decreto, salvo muitos cristãos perseguidos.

Ao retornar para Roma, o trono estava com o Imperador Marcus Aurelius, que desencadeou mais uma perseguição aos cristãos, e mais uma vez São Justino escreveu outra Apologia e a enviou ao Imperador. No entanto, Crescente - filósofo de mau caráter, um cínico – invejoso de São Justino (pois por este fora derrotado todas as vezes que com ele debateu), arquitetou intrigas contra Justino a ponto de o levar a prisão. Desejando a morte de Justino e temendo que ele, de alguma forma se defende-se e fosse justificado no tribunal, Crescente providenciou para que Justino fosse envenenado na prisão. Assim terminou a vida terrena deste grande defensor da fé cristã que assumiu habitação na bem-aventurada eternidade em 166 d.C.

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