20 de Junho de
2012 (CC) / 07 de Junho (CE)
S. Teódoto,
bispo de Ancira, mártir († 303).
Romanos 8:2-13
2 Porque a lei do Espírito da vida, em
Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. 3 Porquanto o
que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o
seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na
carne condenou o pecado. 4 para que a justa exigência da lei se
cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o
Espírito. 5 Pois os que são segundo a carne inclinam-se para as
coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do
Espírito. 6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação
do Espírito é vida e paz. 7 Porquanto a inclinação da carne é
inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode
ser; 8 e os que estão na carne não podem agradar a Deus.
9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito
de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal
não é dele. 10 Ora, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade,
está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.
11 E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em
vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os
vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita. 12
Portanto, irmãos, somos devedores, não à carne para vivermos segundo a
carne; 13 porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer;
mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
Mateus
10:16-22
16 Eis que vos envio como ovelhas ao meio
de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as
pombas. 17 Acautelai-vos dos homens; porque eles vos entregarão
aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas; 18 e por minha
causa sereis levados à presença dos governadores e dos reis, para lhes servir
de testemunho, a eles e aos gentios. 19 Mas, quando vos
entregarem, não cuideis de como, ou o que haveis de falar; porque naquela hora
vos será dado o que haveis de dizer. 20 Porque não sois vós que
falais, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós. 21 Um irmão
entregará à morte a seu irmão, e um pai a seu filho; e filhos se levantarão
contra os pais e os matarão. 22 E sereis odiados de todos por
causa do meu nome, mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo.
REFLEXÃO
“Venha a nós o Teu Reino, seja feita a Tua vontade... Pedimos que o reino de
Deus se torne presente a nós, da mesma forma que solicitamos seja em nós
santificado o seu nome. Porque, quando é que Deus não reina? Ou quando para ele
começou o reino que sempre existiu e nunca deixará de ser? Pedimos a vinda de
nosso reino, prometido por Deus e adquirido pelo sangue e paixão de Cristo, a
fim de que nós que fomos, outrora, escravos do mundo, reinemos depois, conforme
ele nos anunciou, pelo Cristo glorioso, ao dizer: Vinde, benditos de meu
Pai, tomai
posse do reino que vos está preparado desde a origem do mundo.
Pode-se
igualmente, irmãos diletíssimos, entender que o próprio Cristo é o reino de
Deus, cuja vinda pedimos todos os dias. Estamos ansiosos por ver esta vinda o mais
depressa possível. Sendo ele a ressurreição, pois nele ressurgimos, assim
também se pode pensar que ele é o reino de Deus, pois nele reinaremos. Pedimos,
é claro, o reino de Deus, o reino celeste, já que há um reino terrestre. Mas
quem já renunciou ao mundo está acima desse reino terrestre e de suas
honrarias.
Acrescentamos
ainda: Seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu. Não para que Deus
faça o que quer, mas para que possamos fazer o que Deus quer.
Pois quem
impedirá a Deus de fazer tudo quanto quiser? Mas porque o diabo se opõe a que
nossa vontade e ações em tudo obedeçam a Deus, oramos e pedimos que se faça em
nós a vontade de Deus. Que se faça em nós é obra da vontade de Deus, isto é,
resultado de seu auxílio e proteção, porque ninguém é forte por suas próprias
forças. Com efeito, é a indulgência e a misericórdia de Deus que o protegem.
Finalmente, manifestando a fraqueza de homem, diz o Senhor: Pai, se possível,
afaste-se de mim este cálice e, dando aos discípulos o exemplo de renunciar à
própria vontade e de aceitar a de Deus, acrescentou:
Contudo não o
que eu quero, mas o que tu queres.
A vida
humilde, a fidelidade inabalável, a modéstia nas palavras, a justiça nas ações,
a misericórdia nas obras, a disciplina nos costumes; o não fazer injúrias; o
tolerar as recebidas; o manter a paz com os irmãos; o amar a Deus de todo o
coração; o amá-lo por ser Pai; o temê-lo por ser Deus; o nada absolutamente
antepor a Cristo, pois também ele não antepôs coisa alguma a nós; o aderir
inseparavelmente à sua caridade; o estar ao pé de sua cruz com coragem e
confiança, quando se tratar de luta por seu nome e sua honra, o mostrar firmeza
ao confessá-lo por palavras, e, no interrogatório, o manter a confiança naquele
por quem combatemos, e, na morte, o conservar a paciência que nos coroará, tudo
isto é querer ser co-herdeiro de Cristo, é cumprir o preceito de Deus, é
realizar a vontade do Pai.
São Cipriano de Catargo,
Tratado sobre a Oração.
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