PÓS-FESTA DA
ASCENSÃO
01 de Junho de
2012 (CC) / 19 de Maio (CE)
Atos 27:1-44
1 E, como se determinou que navegássemos
para a Itália, entregaram Paulo e alguns outros presos a um centurião por nome
Júlio, da coorte augusta. 2 E, embarcando em um navio de
Adramítio, que estava prestes a navegar em demanda dos portos pela costa da
Ásia, fizemo-nos ao mar, estando conosco Aristarco, macedônio de
Tessalônica. 3 No dia seguinte chegamos a Sidom, e Júlio, tratando
Paulo com bondade, permitiu-lhe ir ver os amigos e receber deles os cuidados
necessários. 4 Partindo dali, fomos navegando a sotavento de
Chipre, porque os ventos eram contrários. 5 Tendo atravessado o
mar ao longo da Cilícia e Panfília, chegamos a Mirra, na Lícia. 6
Ali o centurião achou um navio de Alexandria que navegava para a Itália, e nos
fez embarcar nele. 7 Navegando vagarosamente por muitos dias, e
havendo chegado com dificuldade defronte de Cnido, não nos permitindo o vento
ir mais adiante, navegamos a sotavento de Creta, à altura de Salmone;
8 e, costeando-a com dificuldade, chegamos a um lugar chamado Bons
Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia. 9 Havendo
decorrido muito tempo e tendo-se tornado perigosa a navegação, porque já havia
passado o jejum, Paulo os advertia, 10 dizendo-lhes: Senhores,
vejo que a viagem vai ser com avaria e muita perda não só para a carga e o
navio, mas também para as nossas vidas. 11 Mas o centurião dava
mais crédito ao piloto e ao dono do navio do que às coisas que Paulo
dizia. 12 E não sendo o porto muito próprio para invernar, os mais
deles foram de parecer que daí se fizessem ao mar para ver se de algum modo
podiam chegar a Fênice, um porto de Creta que olha para o nordeste e para o
sueste, para ali invernar. 13 Soprando brandamente o vento sul, e
supondo eles terem alcançado o que desejavam, levantaram ferro e iam costeando
Creta bem de perto. 14 Mas não muito depois desencadeou-se do lado
da ilha um tufão de vento chamado euro-aquilão; 15 e, sendo
arrebatado o navio e não podendo navegar contra o vento, cedemos à sua força e
nos deixávamos levar. 16 Correndo a sota-vento de uma pequena ilha
chamada Clauda, somente a custo pudemos segurar o batel, 17 o qual
recolheram, usando então os meios disponíveis para cingir o navio; e, temendo
que fossem lançados na Sirte, arriaram os aparelhos e se deixavam levar.
18 Como fôssemos violentamente açoitados pela tempestade, no dia
seguinte começaram a alijar a carga ao mar. 19 E ao terceiro dia,
com as próprias mãos lançaram os aparelhos do navio. 20 Não aparecendo
por muitos dia nem sol nem estrelas, e sendo nós ainda batidos por grande
tempestade, fugiu-nos afinal toda a esperança de sermos salvos. 21
Havendo eles estado muito tempo sem comer, Paulo, pondo-se em pé no meio deles,
disse: Senhores, devíeis ter-me ouvido e não ter partido de Creta, para evitar
esta avaria e perda. 22 E agora vos exorto a que tenhais bom
ânimo, pois não se perderá vida alguma entre vós, mas somente o navio.
23 Porque esta noite me apareceu um anjo do Deus de quem eu sou e a quem
sirvo, 24 dizendo: Não temas, Paulo, importa que compareças
perante César, e eis que Deus te deu todos os que navegam contigo.
25 Portanto, senhores, tende bom ânimo; pois creio em Deus que há de suceder
assim como me foi dito. 26 Contudo é necessário irmos dar em alguma
ilha. 27 Quando chegou a décima quarta noite, sendo nós ainda
impelidos pela tempestade no mar de Ádria, pela meia-noite, suspeitaram os
marinheiros a proximidade de terra; 28 e lançando a sonda, acharam
vinte braças; passando um pouco mais adiante, e tornando a lançar a sonda,
acharam quinze braças. 29 Ora, temendo irmos dar em rochedos,
lançaram da popa quatro âncoras, e esperaram ansiosos que amanhecesse.
30 Procurando, entrementes, os marinheiros fugir do navio, e tendo
arriado o batel ao mar sob pretexto de irem lançar âncoras pela proa,
31 disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no
navio, não podereis salvar-vos. 32 Então os soldados cortaram os
cabos do batel e o deixaram cair. 33 Enquanto amanhecia, Paulo
rogava a todos que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto
dia que esperais e permaneceis em jejum, não havendo provado coisa
alguma. 34 Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque
disso depende a vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de
qualquer de vós. 35 E, havendo dito isto, tomou o pão, deu graças
a Deus na presença de todos e, partindo-o começou a comer. 36
Então todos cobraram ânimo e se puseram também a comer. 37 Éramos
ao todo no navio duzentas e setenta e seis almas. 38 Depois de
saciados com a comida, começaram a aliviar o navio, alijando o trigo no
mar. 39 Quando amanheceu, não reconheciam a terra; divisavam,
porém, uma enseada com uma praia, e consultavam se poderiam nela encalhar o
navio. 40 Soltando as âncoras, deixaram-nas no mar, largando ao
mesmo tempo as amarras do leme; e, içando ao vento a vela da proa, dirigiram-se
para a praia. 41 Dando, porém, num lugar onde duas correntes se
encontravam, encalharam o navio; e a proa, encravando-se, ficou imóvel, mas a
popa se desfazia com a força das ondas. 42 Então o parecer dos
soldados era que matassem os presos para que nenhum deles fugisse, escapando a
nado. 43 Mas o centurião, querendo salvar a Paulo, estorvou-lhes
este intento; e mandou que os que pudessem nadar fossem os primeiros a
lançar-se ao mar e alcançar a terra; 44 e que os demais se
salvassem, uns em tábuas e outros em quaisquer destroços do navio. Assim
chegaram todos à terra salvos.
João 17:18-26
18 Assim como tu me enviaste ao mundo,
também eu os enviarei ao mundo. 19 E por eles eu me santifico,
para que também eles sejam santificados na verdade. 20 E rogo não
somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em
mim; 21 para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim,
e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me
enviaste. 22 E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que
sejam um, como nós somos um; 23 eu neles, e tu em mim, para que
eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me
enviaste, e que os amaste a eles, assim como me amaste a mim. 24
Pai, desejo que onde eu estou, estejam comigo também aqueles que me tens dado,
para verem a minha glória, a qual me deste; pois que me amaste antes da
fundação do mundo. 25 Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu
te conheço; e estes conheceram que tu me enviaste; 26 e eu lhes fiz
conhecer o teu nome, e lho farei conhecer ainda; para que haja neles aquele
amor com que me amaste, e também eu neles esteja.
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