quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

1ª Quinta-feira do Triodion


39ª Quinta-feira Depois de Pentecostes
28 de Fevereiro de 2013 (CC) 15 de Fevereiro (CE)
S. Onésimo, apóstolo [dos 70] (séc. I).


1 João 1:8-2:6

     8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.    9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.    10 Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.    1 Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.    2 E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.    3 E nisto sabemos que o conhecemos; se guardamos os seus mandamentos.    4 Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade;    5 mas qualquer que guarda a sua palavra, nele realmente se tem aperfeiçoado o amor de Deus. E nisto sabemos que estamos nele;    6 aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou.  

Marcos 13:31-14:2

     31 Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.    32 Quanto, porém, ao dia e à hora, ninguém sabe, nem os anjos no céu nem o Filho, senão o Pai.    33 Olhai! vigiai! porque não sabeis quando chegará o tempo.    34 É como se um homem, devendo viajar, ao deixar a sua casa, desse autoridade aos seus servos, a cada um o seu trabalho, e ordenasse também ao porteiro que vigiasse.    35 Vigiai, pois; porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã;    36 para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo.    37 O que vos digo a vós, a todos o digo: Vigiai.    1 Ora, dali a dois dias era a páscoa e a festa dos pães ázimos; e os principais sacerdotes e os escribas andavam buscando como prender Jesus a traição, para o matarem.    2 Pois eles diziam: Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo.



COMENTÁRIO
  
A palavra de ordem para os servos de Deus é sempre esta: vigiai! Os sinais preditos pelo Senhor não foram dados para serem especulados ou como enigmas que devem ser decifrados. Estão envoltos em mistério inacessível: nem os anjos, nem mesmo o Filho, mas, tão somente o Pai tem as chaves destes mistérios. Estes sinais servem para o reforço da vigilância. Muitos se entregam a investigar e tentar decifrar os tempos e as épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade.  
A vigilância é uma atitude de preservar diligentemente o depósito da fé́, o ensino que o Filho recebeu do Pai e o transmitiu para seus Apóstolos a fim de que eles também o transmitissem a todas as nações. Esta palavra não sofre limites espaciais ou temporais. Não se deteriora com o tempo e não pode ser sufocada pelas heresias ou qualquer sistema filosófico por mais bem elaborado que seja à luz da razão humana. Por isto, o Apóstolo João na visão apocalíptica, vê̂ um anjo voando sobre as ruínas da civilização trazendo consigo o Evangelho eterno para ser pregado a toda nação, tribo e língua (Ap. 14:6). Estejamos atentos, pois, não sabemos a que hora virá o nosso Senhor. 
 A narrativa de São Marcos nos mostra como a falta de vigilância levou os principais sacerdotes e escribas a não perceberem o dia da visitação d’Aquele a quem diziam servir. Faltavam dois dias para a Páscoa, a data mais solene e sagrada do calendário judaico e, os homens aos quais foram confiados os rebanhos do Pai, ao invés de santificarem os seus corações, antes o envenenavam com imaginações perversas, articulando entre si uma estratégia para matar o Santo de Deus, em nome de Deus. 
 Quando a Igreja estabelece um santo jejum todas as quartas e sextas-feiras, visa trabalhar a vigilância em nosso coração. O jejum da quarta-feira nos lembra a traição de Judas e nos convida a combater em nós as sombras que tomaram conta deste infeliz Apóstolo; e o jejum da sexta-feira nos lembra a crucificação de nosso Senhor e nos encoraja a assumir o nosso Calvário o qual redundará em nosso triunfo e glória que provêm do Pai, por meio do Filho e comunicados pelo Santo e Vivificante Espírito, Deus bendito, agora e sempre, e pelos séculos sem fim. Amém. 

Padre Mateus (Antonio Eça) 

ORAÇÃO 
 Julga-me, ó Senhor, pois tenho andado na minha integridade; no Senhor tenho confiado sem vacilar. Examina-me, Senhor, e prova-me; esquadrinha o meu coração e a minha mente. Pois a tua benignidade está diante dos meus olhos, e tenho andado na tua verdade. Não me tenho assentado com homens falsos, nem associo com dissimuladores. Odeio o ajuntamento de malfeitores; não me sentarei com os ímpios. Lavo as minhas mãos na inocência; e assim, ó Senhor, me acerco do teu altar, para fazer ouvir a voz de louvor, e contar todas as tuas maravilhas. Ó Senhor, eu amo o recinto da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória. Não colhas a minha alma com a dos pecadores, nem a minha vida com a dos homens sanguinolentos, em cujas mãos há malefício, e cuja destra está cheia de subornos. Quanto a mim, porém, ando na minha integridade; resgata-me e tem compaixão de mim. O meu pé́ está firme em terreno plano; nas congregações bendirei ao Senhor. 


Salmo 6 




COMEMORAÇÃO DO SANTO APÓSTOLO ONÉSIMO


Santo Onésimo, era um dos Apóstolos dos Setenta. Em sua juventude fora um servo de Filemom, um cristão de linhagem ilustre que vivia na cidade de Colossos, Frígia. Tendo transgredido contra seu mestre e temendo a punição Onésimo fugiu para Roma, mas sendo um escravo fugitivo, acabou na prisão. Lá, ele encontrou o apóstolo Paulo, foi por ele iluminado e batizado.

Na prisão Santo Onésimo serviu o Apóstolo Paulo como um filho. São Paulo foi pessoalmente ter Filemon, e escreveu-lhe uma carta cheia de amor, pedindo-lhe para perdoar o escravo fugitivo e aceitá-lo como um irmão. Ele enviou Onésimo com esta carta a seu mestre, privando-se de ajuda, da qual ele estava muito necessitado.

Depois de receber a carta, São Filemon não só perdoou Onésimo, mas também o mandou de volta para Roma, para o Apóstolo. São Filemon depois foi consagrado bispo da cidade de Gaza (04 de janeiro, 19 de fevereiro e 22 de novembro).

Após a morte do Apóstolo Paulo, São Onésimo serviu os apóstolos até o seu final, e ele foi feito bispo. Depois da morte dos santos apóstolos, Onésimo pregou o Evangelho em muitas terras e cidades: na Espanha, Carpetânia, Colossos, Patras. Em sua velhice, Onésimo ocupou o trono do bispo de Éfeso, após o Apóstolo Timóteo. Quando Santo Inácio, o Teófaro (20 de dezembro) foi levado a Roma para a ser executado, o bispo Onésimo chegou a se encontrar com ele e com outros cristãos. Este encontro é mencionado por Santo Inácio em sua Epístola aos Efésios.

Durante o reinado do imperador Trajano (89-117), Santot Onésimo foi preso e levado a julgamento perante o Eparca Tertillus. Este encerrou o santo na prisão por 18 dias, e depois o enviou para a prisão na cidade de Pozzuoli. Depois de um tempo determinado, o Eparca convencendo-se de que São Onésimo não negaria sua fé em Cristo, determinou que ele fosse apedrejado e depois decapitado com uma espada. Após o martírio do santo, certa certa mulher ilustre levou o corpo do mártir e o colocou em um caixão de prata. Isso aconteceu no ano 109.


Tropário - Tom 3

Santo Apóstolo Onésimo, interceda ao Deus misericordioso, para que Ele nos conceda o perdão das transgressões das nossas almas. 

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