domingo, 17 de fevereiro de 2013

Domingo de Zaqueu


37º Domingo Depois de Pentecostes
17 de Fevereiro de 2013 (CC) 04 de Fevereiro (CE)
S. Isidoro de PeIúsio, mon. († c. 449).


MATINAS (IV)

Lucas 24:1-12

     1 Mas já no primeiro dia da semana, bem de madrugada, foram elas e algumas outras ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado.    2 E acharam a pedra revolvida do sepulcro.    3 Entrando, porém, não acharam o corpo do Senhor Jesus.    4 E, estando elas perplexas a esse respeito, eis que lhes apareceram dois varões em vestes resplandecentes;    5 e ficando elas atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais entre os mortos aquele que vive?    6 Ele não está aqui, mas ressurgiu. Lembrai-vos de como vos falou, estando ainda na Galiléia.    7 dizendo: Importa que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressurja.    8 Lembraram-se, então, das suas palavras;    9 e, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os demais.    10 E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago; também as outras que estavam com elas relataram estas coisas aos apóstolos.    11 E pareceram-lhes como um delírio as palavras das mulheres e não lhes deram crédito.    12 Mas Pedro, levantando-se, correu ao sepulcro; e, abaixando-se, viu somente os panos de linho; e retirou-se, admirando consigo o que havia acontecido.   



LITURGIA

1 Timóteo 4:9-15

     9 Fiel é esta palavra e digna de toda aceitação.    10 Pois para isto é que trabalhamos e lutamos, porque temos posto a nossa esperança no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, especialmente dos que crêem.    11 Manda estas coisas e ensina-as.    12 Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.    13 até que eu vá, aplica-te à leitura, à exortação, e ao ensino.    14 Não negligencies o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbítero.    15 Ocupa-te destas coisas, dedica-te inteiramente a elas, para que o teu progresso seja manifesto a todos.   

Lucas 19:1-10

     1 Tendo Jesus entrado em Jericó, ia atravessando a cidade.    2 Havia ali um homem chamado Zaqueu, o qual era chefe de publicanos e era rico.    3 Este procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, porque era de pequena estatura.    4 E correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque havia de passar por ali.    5 Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa; porque importa que eu fique hoje em tua casa.    6 Desceu, pois, a toda a pressa, e o recebeu com alegria.    7 Ao verem isso, todos murmuravam, dizendo: Entrou para ser hóspede de um homem pecador.    8 Zaqueu, porém, levantando-se, disse ao Senhor: Eis aqui, Senhor, dou aos pobres metade dos meus bens; e se em alguma coisa tenho defraudado alguém, eu lho restituo quadruplicado.    9 Disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, porquanto também este é filho de Abraão.    10 Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.   



MEDITAÇÃO


Os cinco domingos que precedem a Quaresma ensinam através de cinco relatos dos Evangelhos, as virtudes que se há de adquirir antes de lançar-se ao grande combate interior, cada qual encontra esta luta universal e eterna da alma humana. O primeiro domingo, o de Zaqueu (Lc XIX 1-10), descreve a história de um publicano que, sendo de baixa estatura, sobe a um sicômoro para ver passar Jesus por Jericó. O primeiro movimento para Deus é o desejo. Desejo de superar-se, de elevar-se por sobre a própria natureza, pois a Meta do Homem não é o humano, como já disse, senão que a Meta última do Homem é o supra-humano. Não é um desejo que sai de nós mesmos, horizontal, senão um desejo que nos faz descobrir a Presença do Ser Amado em um mais além, no mais profundo de nós mesmos. Zaqueu logo convida Cristo a compartilhar sua comida. O alimento é aqui espiritual: mediante um ato ritual, oferecemos a Deus nossa carne e nosso sangue em oferenda cruenta. A obra se baseia em sua própria substância; como um artista "se dá" inteiro em sua arte sem por isso esgotar-se. Multiplica-se por este dom sutil de si mesmo.

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