37ª Sexta-feira
Depois de Pentecostes
15 de Fevereiro
de 2013 (CC) 02 de Fevereiro (CE)
Hypapantê =
Encontro de Nosso Senhor Jesus Cristo (Apresentação ao Templo).
MATINAS
Lucas 2:25-32
25 Ora, havia em Jerusalém um homem cujo
nome era Simeão; e este homem, justo e temente a Deus, esperava a consolação de
Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. 26 E lhe fora
revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do
Senhor. 27 Assim pelo Espírito foi ao templo; e quando os pais
trouxeram o menino Jesus, para fazerem por ele segundo o costume da lei,
28 Simeão o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse:
29 Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra;
30 pois os meus olhos já viram a tua salvação, 31 a qual tu
preparaste ante a face de todos os povos; 32 luz para revelação
aos gentios, e para glória do teu povo Israel.
LITURGIA
Hebreus 7:7-17
7
Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. 8 E
aqui certamente recebem dízimos homens que morrem; ali, porém, os recebe aquele
de quem se testifica que vive. 9 E, por assim dizer, por meio de
Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos, 10 porquanto
ele estava ainda nos lombos de seu pai quando Melquisedeque saiu ao encontro
deste. 11 De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio
levítico (pois sob este o povo recebeu a lei), que necessidade havia ainda de
que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não
fosse contado segundo a ordem de Arão? 12 Pois, mudando-se o
sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. 13
Porque aquele, de quem estas coisas se dizem, pertence a outra tribo, da qual
ninguém ainda serviu ao altar, 14 visto ser manifesto que nosso
Senhor procedeu de Judá, tribo da qual Moisés nada falou acerca de
sacerdotes. 15 E ainda muito mais manifesto é isto, se à
semelhança de Melquisedeque se levanta outro sacerdote, 16 que não
foi feito conforme a lei de um mandamento carnal, mas segundo o poder duma vida
indissolúvel. 17 Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote
para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.
Lucas 2:22-40
22 Terminados os dias da purificação,
segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém, para apresentá-lo ao
Senhor 23 (conforme está escrito na lei do Senhor: Todo
primogênito será consagrado ao Senhor), 24 e para oferecerem um
sacrifício segundo o disposto na lei do Senhor: um par de rolas, ou dois
pombinhos. 25 Ora, havia em Jerusalém um homem cujo nome era
Simeão; e este homem, justo e temente a Deus, esperava a consolação de Israel;
e o Espírito Santo estava sobre ele. 26 E lhe fora revelado pelo
Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor.
27 Assim pelo Espírito foi ao templo; e quando os pais
trouxeram o
menino Jesus, para fazerem por ele segundo o costume da lei, 28
Simeão o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: 29 Agora,
Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra; 30
pois os meus olhos já viram a tua salvação, 31 a qual tu
preparaste ante a face de todos os povos; 32 luz para revelação aos
gentios, e para glória do teu povo Israel. 33 Enquanto isso, seu
pai e sua mãe se admiravam das coisas que deles se diziam. 34 E
Simeão os abençoou, e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este é posto para
queda e para levantamento de muitos em Israel, e para ser alvo de
contradição, 35 sim, e uma espada traspassará a tua própria alma,
para que se manifestem os pensamentos de muitos corações. 36 Havia
também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era já avançada
em idade, tendo vivido com o marido sete anos desde a sua virgindade;
37 e era viúva, de quase oitenta e quatro anos. Não se afastava do
templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações. 38
Chegando ela na mesma hora, deu graças a Deus, e falou a respeito do menino a
todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. 39 Assim que
cumpriram tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galileia, para sua cidade de
Nazaré. 40 E o menino ia crescendo e fortalecendo-se, ficando
cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.
COMENTÁRIO DE SÃO SOFRÔNIO (SÉC.VII)
Todos nós que
celebramos e veneramos com tanta piedade o mistério do encontro do Senhor,
corramos para ele cheios de entusiasmo. Ninguém deixe de participar deste
encontro, ninguém recuse levar sua luz.
Acrescentamos
também algo ao brilho das velas, para significar o esplendor divino daquele que
se aproxima e ilumina todas as coisas; ele dissipa as trevas do mal com a sua
luz eterna, e também manifesta o esplendor da alma, com o qual devemos correr
ao encontro com Cristo.
Do mesmo modo
que a Mãe de Deus e Virgem imaculada trouxe nos braços a verdadeira luz e a
comunicou aos que jaziam nas trevas, assim também nós: iluminados pelo seu
fulgor e trazendo na mão uma luz que brilha diante de todos, corramos
pressurosos ao encontro daquele que é a verdadeira luz.
Realmente, a
luz veio ao mundo (cf. Jo 1,9) e dispersou as sombras que o cobriam; o sol que
nasce do alto nos visitou (cf. Lc 1,78) e iluminou os que jaziam nas trevas. É
este o significado do mistério que hoje celebramos. Por isso caminhamos com
lâmpadas nas mãos, por
isso acorremos trazendo as luzes, não apenas simbolizando que a luz já brilhou
para nós, mas também para anunciar o esplendor maior que dela nos virá no
futuro. Por este motivo, vamos todos juntos, corramos ao encontro de Deus.
Chegou a verdadeira luz, que vindo ao mundo ilumina todo ser humano (Jo 1,9).
Portanto, irmãos, deixemos que ela nos ilumine, que ela brilhe sobre todos nós.
Que ninguém
fique excluído deste esplendor, ninguém insista em continuar mergulhado na
noite. Mas avancemos todos resplandecentes; iluminados por este fulgor, vamos
todos ao seu encontro e com o velho Simeão recebamos a luz clara e eterna.
Associemo-nos à sua alegria e cantemos com ele um hino de ação de graças ao
Criador e Pai da luz, que enviou a luz verdadeira e, afastando todas as trevas,
nos fez participantes do seu esplendor.
A salvação de Deus, preparada diante de todos
os povos, manifestou a glória que nos pertence, a nós que somos o novo Israel.
Também fez com que víssemos, graças a ele, essa salvação e fôssemos absolvidos
da antiga e tenebrosa culpa. Assim aconteceu com Simeão que, depois de ver a
Cristo, foi libertado dos laços da vida presente.
Também nós,
abraçando pela fé a Cristo Jesus que nasceu em Belém, de pagãos que éramos, nos
tornamos povo de Deus – Jesus é, com efeito, a salvação de Deus Pai – e vemos
com nossos próprios olhos o Deus feito homem. E porque vimos a presença de Deus
e a recebemos, por assim dizer, nos braços do nosso espírito, somos chamados de
novo Israel. Todos os anos celebramos novamente esta festa, para nunca nos
esquecermos daquele que um dia há de voltar.
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