Ss.
Cirilo e Metódio, mon., Mestres dos Eslavos († 869 e 885)
Fundação eDedicação de Constantinopla à Santa Mãe de Deus (330);
S.
Múcio, mártir (início do séc. IV).
Atos 8:40-9:19
40 Mas Filipe achou-se em Azoto e, indo
passando, evangelizava todas as cidades, até que chegou a Cesaréia. 1 Saulo, porém, respirando ainda ameaças e
mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote, 2 e pediu-lhe cartas para Damasco, para as
sinagogas, a fim de que, caso encontrasse alguns do Caminho, quer homens quer
mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.
3 Mas, seguindo ele viagem e aproximando-se de Damasco, subitamente o
cercou um resplendor de luz do céu; 4
e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me
persegues? 5 Ele perguntou: Quem és
tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; 6 mas levanta-te e entra na cidade, e lá te
será dito o que te cumpre fazer. 7 Os
homens que viajavam com ele quedaram-se emudecidos, ouvindo, na verdade, a voz,
mas não vendo ninguém. 8 Saulo levantou-se
da terra e, abrindo os olhos, não via coisa alguma; e, guiando-o pela mão,
conduziram-no a Damasco. 9 E esteve
três dias sem ver, e não comeu nem bebeu.
10 Ora, havia em Damasco certo discípulo chamado Ananias; e disse-lhe o
Senhor em visão: Ananias! Respondeu ele: Eis-me aqui, Senhor. 11 Ordenou-lhe o Senhor: Levanta-te, vai à
rua chamada Direita e procura em casa de Judas um homem de Tarso chamado Saulo;
pois eis que ele está orando; 12 e viu
um homem chamado Ananias entrar e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a
vista. 13 Respondeu Ananias: Senhor, a
muitos ouvi acerca desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em
Jerusalém; 14 e aqui tem poder dos
principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome. 15 Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque
este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, e
os reis, e os filhos de Israel; 16
pois eu lhe mostrarei quanto lhe cumpre padecer pelo meu nome. 17 Partiu Ananias e entrou na casa e,
impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no
caminho por onde vinhas, enviou-me para que tornes a ver e sejas cheio do
Espírito Santo. 18 Logo lhe caíram dos
olhos como que umas escamas, e recuperou a vista: então, levantando-se, foi
batizado. 19 E, tendo tomado alimento,
ficou fortalecido. Depois demorou- se alguns dias com os discípulos que estavam
em Damasco;
João 6:48-54
48 Eu sou o pão da vida. 49 Vossos pais comeram o maná no deserto e
morreram. 50 Este é o pão que desce do
céu, para que o que dele comer não morra.
51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão,
viverá para sempre; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha
carne. 52 Disputavam, pois, os judeus
entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a sua carne a comer? 53 Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade
vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu
sangue, não tereis vida em vós mesmos.
54 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o
ressuscitarei no último dia.
No Oriente bizantino, o tropário mais repetido nas Horas do Ofício litúrgico e na Liturgia eucarística é este que segue:
Santos Cirilo
e Metódio, “iguais aos Apóstolos”
Os Santos Cirilo e Metódio eram irmãos de Tessalônica, filhos de pais ilustres e ricos, Leo e Maria.
O irmão mais velho Metódio passou dez anos como oficial entre os eslavos macedônios e, assim, aprendeu a língua eslava. Depois disso Metódio retirou-se para o Monte Olimpo e dedicou-se à vida monástica ascética. Foi aqui que Cirilo (Constantine), mais tarde viera a se juntar a ele.
Quando o rei Khazarite, Kagan, solicitou pregadores da fé de Cristo ao Imperador Miguel III, imediatamente, por ordem do Imperador, estes dois irmãos foram encontrados e enviados entre os khazares. O Rei Kagan converteu-se a Cristo, e junto com ele, Cirilo e Metódio batizaram um grande número de seus principais assistentes e um maior número de pessoas dentre o povo.
Depois de um período de tempo, eles voltaram para Constantinopla, onde compilaram o alfabeto eslavo em trinta e oito cartilhas e passaram a traduzir os livros eclesiásticos do grego para o eslavo.
A pedido do príncipe Rastislav, que viajou para Morávia, onde os irmãos se embrenharam e estabeleceram a fé devota e foram publicados muitos livros destinados à catequese dos jovens.
Atendendo à uma solicitação do Papa de Roma, Cirilo viajou para esta cidade, e estando em Roma, adoeceu e morreu em 14 de fevereiro de 867. Então Metódio retornou à Morávia, onde havia trabalhado, para fortalecer a fé em Cristo entre os eslavos, até sua morte, ocorrida no dia 6 de abril de 885.
No Oriente bizantino, o tropário mais repetido nas Horas do Ofício litúrgico e na Liturgia eucarística é este que segue:
Tropário (4º tom).
“Êmulos dos Apóstolos e
Mestres dos países eslavos,
sábios e santos Cirilo e
Metódio, orai ao Senhor do universo
para que todos os povos
eslavos
sejam fortalecidos na
unidade e na fé ortodoxa,
para que ao mundo seja
concedida a paz
e para que sejam salvas as
nossas almas.”
O Minéon do
mês de maio registra a festa dos dois irmãos no dia 11. Essa data é importante
especialmente para os povos eslavos... É uma data já arraigada na consciência
popular ao ponto que, mesmo naquelas regiões em que foi adotado oficialmente o
calendário do “novo estilo,” os fiéis
bizantinos preferem manter a antiga data...
Com
insistência os textos litúrgicos convidam a celebrar os irmãos “iluminadores” dos povos eslavos, salvos
com a luz da Trindade e de Cristo, “fontes
do conhecimento divino, mediante as Escrituras” traduzidas por eles e que
ainda hoje “estando na presença de Deus fervorosamente intercedem” por aqueles
que os invocam.
Os textos dos
hinos litúrgicos resumem os principais dados biográficos dos dois santos que de
Constantinopla foram enviados, num primeiro momento somente Cirilo, aos árabes
(Agarenos), depois os dois juntos, aos Khazares da Criméia e, em seguida, para
a Grande Morávia, que se tornou o campo específico de sua obra evangelizadora.
Em outros textos, ao invés, se hesita sobre as características pessoais de cada
um. Pelo próprio das Vésperas chegamos a saber que Metódio, irmão mais velho,
por primeiro se consagrou a Deus na vida monástica em Olimpo, na Bitínia. Ele
foi:
“Habitante do deserto, e persistindo no silêncio,
enriqueceu de frutos a sua alma,” “tendo desprezado os bens do mundo por amor
de Cristo, com o hábito angélico lutou na milícia do Rei celestial e tornou se
pura morada de oração.”
Cirilo, ao
invés, “tendo escolhido desde a infância
a sabedoria como própria companheira, usou os talentos que Deus lhe dera para a
sua glória,” “dotado de palavras áureas alcançou uma altíssima sabedoria,”
tornando se “fonte vivificante de espiritual
conhecimento para dessedentar a aridez dos povos eslavos.”
É sabido que
os nomes dos dois irmãos são monásticos e, segundo a tradição, começam com a
mesma letra do nome de batismo: Constantino, desde cedo apelidado de Filósofo,
tornou se em seguida o monge Cirilo.
Os dois
irmãos “que conduziram até Cristo os
povos eslavos, iluminando os com seus ensinamentos” são celebrados em
conjunto em 11 de maio. Porém as mais recentes edições dos livros litúrgicos
eslavos trazem os textos completos dos Ofícios próprios, também no aniversário
de morte de cada um deles.
Os livros
litúrgicos bizantinos dão aos dois santos a qualificação de “iguais aos Apóstolos e primeiros Mestres
dos Eslavos.” A primeira atribuição é reservada a pouquíssimos e a segunda
é exclusiva dos santos Cirilo e Metódio. Está crescendo muito o interesse pelos
dois santos por parte dos cristãos do Oriente, também fora da área eslava. Em
Salonico, sua pátria, alguns anos atrás, foi construída uma bela igreja
ortodoxa dedicada aos dois irmãos. Ali já se realizaram congressos
internacionais de estudos cirilo metodianos.
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