segunda-feira, 6 de maio de 2013

Segunda-Feira Luminosa


06 de Maio de 2013(CC) / 23 de Abril (CE)
S. Jorge Megalomártir (c. 303).



Atos 1:12-17, 21-26

     12 Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, que está perto de Jerusalém, à distância da jornada de um sábado.    13 E, entrando, subiram ao cenáculo, onde permaneciam Pedro e João, Tiago e André, Felipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão o Zelote, e Judas, filho de Tiago.    14 Todos estes perseveravam unanimemente em oração, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.    15 Naqueles dias levantou-se Pedro no meio dos irmãos, sendo o número de pessoas ali reunidas cerca de cento e vinte, e disse:    16 Irmãos, convinha que se cumprisse a escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus;    17 pois ele era contado entre nós e teve parte neste ministério.    21 É necessário, pois, que dos varões que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus andou entre nós,    22 começando desde o batismo de João até o dia em que dentre nós foi levado para cima, um deles se torne testemunha conosco da sua ressurreição.    23 E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e Matias.    24 E orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces os corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido    25 para tomar o lugar neste ministério e apostolado, do qual Judas se desviou para ir ao seu próprio lugar.    26 Então deitaram sortes a respeito deles e caiu a sorte sobre Matias, e por voto comum foi ele contado com os onze apóstolos.  

João 1:18-28

     18 Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer.    19 E este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?    20 Ele, pois, confessou e não negou; sim, confessou: Eu não sou o Cristo.    21 Ao que lhe perguntaram: Pois que? És tu Elias? Respondeu ele: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não.    22 Disseram-lhe, pois: Quem és? para podermos dar resposta aos que nos enviaram; que dizes de ti mesmo?    23 Respondeu ele: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.    24 E os que tinham sido enviados eram dos fariseus.    25 Então lhe perguntaram: Por que batizas, pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?    26 Respondeu-lhes João: Eu batizo em água; no meio de vós está um a quem vós não conheceis.    27 aquele que vem depois de mim, de quem eu não sou digno de desatar a correia da alparca.    28 Estas coisas aconteceram em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.



COMEMORAÇÃO DE SÃO JORGE, MEGALOMÁRTIR


São Jorge, megalomártir, era filho de pais nobres e ricos, e foi educado dentro dos preceitos da fé cristã. Ele nasceu na cidade de Beirute (antiga Berit), perto das montanhas de Líbano.

Jorge entrou para o exército e se destacava entre os outros militares por seus conhecimentos, sua coragem, sua força física, seu porte e sua beleza. Ele rapidamente avançou para o posto de comandante de mil soldados e se tornou favorito do imperador Diocleciano. Diocleciano foi um hábil governador, mas era um defensor fanático do paganismo romano. A sua meta era ressuscitar o paganismo - já ultrapassado no Império Romano -  e por isso entrou na história como um dos mais cruéis perseguidores do cristianismo.

Uma vez, São Jorge ouviu no tribunal uma sentença desumana sobre a perseguição dos cristãos e ficou tomado por compaixão por eles. Prevendo que ele próprio também seria martirizado, distribuiu todos os seus bens entre os pobres, libertou todos os seus escravos, e chegando a Diocleciano, lhe anunciou que ele também era um cristão e começou a condena-lo pelas atrocidades e injustiças. O discurso de Jorge era repleto de argumentos fortes e persuasivos contra as perseguições dos cristãos.

Após muitas tentativas de convencer Jorge a renunciar a Cristo, o Imperador mandou tortura-lo. São Jorge foi jogado na prisão, onde deitado, teve os pés acorrentados e no peito lhe foi colocada uma enorme pedra, muito pesada. Mas são Jorge aguentava tudo com grande coragem, louvando a Deus. Daí os torturadores começaram a aumentar as torturas, batendo-o, quebrando-o numa roda gigante, jogando-o na cal virgem, obrigando-o a correr usando botas com pregos aguçados por dentro. O mártir aguentava tudo com grande paciência. No final das contas, o Imperador mandou decapita-lo. Assim, este santo mártir morreu na Nicomidia, no ano de 303.

Por sua coragem e por sua vitória espiritual sobre os torturadores, e também pela sua ajuda aos que se encontram em dificuldades, o grão mártir Jorge é ainda chamado de Vencedor. As relíquias de são Jorge foram trazidas para a cidade palestina Lidda e se encontram na igreja, que leva o seu nome — a Igreja de São Jorge. A sua cabeça se encontra em Roma, também numa igreja consagrada a ele.

Muitos ícones mostram São Jorge sentado num cavalo branco e com uma lança na mão, vencendo um dragão. Esta imagem se deve a uma tradição, baseada nos milagres póstumos do santo. Dizem, que perto da cidade natal de são Jorge, Beirute, num lago vivia um dragão, que devorava as pessoas daquela localidade. Não sabemos hoje, que animal era este dragão — uma jiboia, um crocodilo, ou um enorme lagarto.

Os habitantes supersticiosos começaram a regularmente fornecer ao dragão um moço ou uma virgem, para aplacar a sua fúria. E chegou a vez da filha do governador daquela província. Os habitantes levaram a pobre moça até o lago amarrando-a lá, onde ela, apavorada, esperava pela aparição da fera.

Quando a fera começou a se aproximar à virgem, de repente apareceu um cavaleiro montado num cavalo branco, matou o dragão com uma laça e assim salvou a moça. Este cavaleiro era o são Jorge, megalomártir. Assim, com esta aparição milagrosa interrompeu-se a matança de todos os moços e moças nos arredores de Beirute e os moradores daquele país - que até então eram pagãos - se converteram ao cristianismo, .

Podemos supor, que a aparição de São Jorge montado num cavalo para a salvação dos moradores do dragão, bem como o caso com o camponês, cujo único boi ele ressuscitou, casos estes narrados em sua hagiografia, contribuíram para que seja considerado protetor dos rebanhos e defensor dos que estão ameaçados por feras.

Na Rússia, antes da revolução, os camponeses levaram pela primeira vez, depois do inverno rigoroso, os seus rebanhos para o pasto no dia do São Jorge, mas não antes de rezar uma missa para o Santo com aspersão com água benta das casas e dos rebanhos. Este dia também é chamado "Dia de Jorge", pois neste dia, antes do século XVI, os camponeses puderam passar de um fazendeiro para outro.

São Jorge é também protetor dos militares. A imagem do são Jorge encima de um cavalo simboliza a vitória sobre o diabo — "a antiga serpente" (Apocalipse 12:3, 20:2), e foi incluído no brasão da cidade de Moscou.

Tropário de São Jorge

Sendo o libertador dos prisioneiros e defensor dos pobres,
Médico dos doentes, vencedor dos reis,
São Jorge, megalomártir vitorioso,
Interceda por nós perante Cristo Deus
Para que se salvem as nossas almas.  

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