quarta-feira, 10 de julho de 2013

3ª Quarta-feira Depois de Pentecoste


10 de Julho de 2013(CC) / 27 de Junho (CE)
S. Sansão Hospitaleiro (séc. VI).


Romanos 8:2-13

     2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.    3 Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado.    4 para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.    5 Pois os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.    6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.    7 Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser;    8 e os que estão na carne não podem agradar a Deus.    9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.    10 Ora, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.    11 E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.    12 Portanto, irmãos, somos devedores, não à carne para vivermos segundo a carne;    13 porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.  

Mateus 10:16-22

     16 Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.    17 Acautelai-vos dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas;    18 e por minha causa sereis levados à presença dos governadores e dos reis, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios.    19 Mas, quando vos entregarem, não cuideis de como, ou o que haveis de falar; porque naquela hora vos será dado o que haveis de dizer.    20 Porque não sois vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.    21 Um irmão entregará à morte a seu irmão, e um pai a seu filho; e filhos se levantarão contra os pais e os matarão.    22 E sereis odiados de todos por causa do meu nome, mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo.


Ver o testemunho de São Sansão, o Hospedeiro e sua comemoração em "BibliotecaOrtodoxa".



REFLEXÃO



São Cipriano de Catargo
“Venha a nós o Teu Reino, seja feita a Tua vontade..." 

Pedimos que o reino de Deus se torne presente a nós, da mesma forma que solicitamos seja em nós santificado o Seu Nome. Porque, quando é que Deus não reina? Ou quando para Ele começou o reino que sempre existiu e nunca deixará de ser? Pedimos a vinda de nosso reino, prometido por Deus e adquirido pelo sangue e paixão de Cristo, a fim de que nós que fomos, outrora, escravos do mundo, reinemos depois, conforme Ele nos anunciou, pelo Cristo glorioso, ao dizer: 

"Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino que vos está preparado desde a origem do mundo".

Pode-se igualmente, irmãos diletíssimos, entender que o próprio Cristo é o reino de Deus, cuja vinda pedimos todos os dias. Estamos ansiosos por ver esta vinda o mais depressa possível. Sendo Ele a ressurreição, pois n'Ele ressurgimos, assim também se pode pensar que Ele é o reino de Deus, pois nele reinaremos. Pedimos, é claro, o reino de Deus, o reino celeste, já que há um reino terrestre. Mas quem já renunciou ao mundo está acima desse reino terrestre e de suas honrarias.

Acrescentamos ainda: 

"Seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu". 

Não para que Deus faça o que quer, mas para que possamos fazer o que Deus quer. Pois, quem impedirá a Deus de fazer tudo quanto quiser? Mas porque o diabo se opõe a que nossa vontade e ações em tudo obedeçam a Deus, oramos e pedimos que se faça em nós a vontade de Deus. Que se faça em nós é obra da vontade de Deus, isto é, resultado de seu auxílio e proteção, porque ninguém é forte por suas próprias forças. Com efeito, é a indulgência e a misericórdia de Deus que o protegem. 

Finalmente, manifestando a fraqueza de homem, diz o Senhor: "Pai, se possível, afaste-se de mim este cálice" e, dando aos discípulos o exemplo de renunciar à própria vontade e de aceitar a de Deus, acrescentou:

"Contudo não o que eu quero, mas o que tu queres".

A vida humilde, a fidelidade inabalável, a modéstia nas palavras, a justiça nas ações, a misericórdia nas obras, a disciplina nos costumes; o não fazer injúrias; o tolerar as recebidas; o manter a paz com os irmãos; o amar a Deus de todo o coração; o amá-Lo por ser Pai; o temê-lo por ser Deus; o nada absolutamente antepor a Cristo, pois também Ele não antepôs coisa alguma a nós; o aderir inseparavelmente à sua caridade; o estar ao pé de sua cruz com coragem e confiança, quando se tratar de luta por Seu Nome e sua honra, o mostrar firmeza ao confessá-lo por palavras, e, no interrogatório, o manter a confiança n'Aquele por Quem combatemos, e, na morte, o conservar a paciência que nos coroará, tudo isto é querer ser co-herdeiro de Cristo, é cumprir o preceito de Deus, é realizar a vontade do Pai.

São Cipriano de Catargo,
Tratado sobre a Oração.

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