sábado, 1 de novembro de 2014

21º Sábado Depois de Pentecostes

01 de Novembro de 2014 (CC) / 19 de Outubro (CE)
S. Profeta Joel (séc. VI a.C)




Joel foi o primeiro profeta que deixou anotações de suas pregações. Ele profetizava em Judá durante os reinados de Joás e Amasias, cerca de 800 anos antes de Cristo. Chamava-se a si mesmo de Petuel. Eram tempos de tranqüilidade e bonança. Jerusalém, ou Sion, o templo e os serviços religiosos estavam constantemente na boca do profeta. Porém, nas catástrofes sofridas por Judá (uma seca e, sobretudo, um terrível ataque de gafanhotos) o profeta viu o início do juízo de Deus caindo sobre o povo judeu. 

O principal vício combatido pelo profeta era o cumprimento formal, sem verdadeiros sentimentos, dos rituais religiosos e das leis. Naquele tempo, o piedoso rei Joás esforçou-se para restabelecer a religião em Judá, alcançando apenas êxito parcial. O proveta previu um crescimento das superstições pagãs e o subseqüente castigo divino e chamou o povo hebreu a um sincero arrependimento, dizendo: «Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal»  (Jl 2, 12-13).  

Freqüentemente, numa mesma visão profética se juntavam acontecimentos de distintos séculos, próximos porém, no plano religioso. Assim, por exemplo, o juízo divino sobre o povo judeu se junta, em sua visão, com o juízo universal do fim dos tempos: 

« Suscitem-se os gentios, e subam ao vale de Jeosafá; pois ali me assentarei para julgar todos os gentios em redor. Lançai a foice, porque já está madura a seara; vinde, descei, porque o lagar está cheio, e os vasos dos lagares transbordam, porque a sua malícia é grande. Multidões, multidões no vale da decisão; porque o dia do SENHOR está perto, no vale da decisão. O sol e a lua enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor. E o SENHOR bramará de Sião, e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; e os céus e a terra tremerão, mas o SENHOR será o refúgio do seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel. E vós sabereis que eu sou o SENHOR vosso Deus, que habito em Sião, o meu santo monte; e Jerusalém será santa; estranhos não passarão mais por ela. E há de ser que, naquele dia, os montes destilarão mosto, e os outeiros manarão leite, e todos os rios de Judá estarão cheios de águas; e sairá uma fonte, da casa do SENHOR, e regará o vale de Sitim. O Egito se fará uma desolação, e Edom se fará um deserto assolado, por causa da violência que fizeram aos filhos de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente. Mas Judá será habitada para sempre, e Jerusalém de geração em geração. E purificarei o sangue dos que eu não tinha purificado; porque o SENHOR habitará em Sião» (Jl 3, 12-18). 

Antes, porém, do juízo final dar-se-á a descida do Espírito Santo e a renovação espiritual do povo de Deus. 

« E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar» (Jl 2,28-32). 

O apóstolo São Pedro lembrou esta profecia no dia da descida do Espírito Santo, durante a festividade de Pentecostes. O profeta Joel falava sobre os seguintes temas: a) o ataque dos gafanhotos (1,2-20); b) a aproximação do Dia do Senhor (2,1-11); c) o chamado ao arrependimento (2,12-17); d) a misericórdia divina (2,18-27); e) a renovação espiritual (2,28-32); o juízo sobre todos os povos (3,1-17); e a bênção divina por vir (3,18-21).


2 Coríntios 3:12-18

Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido; e até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará. Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.




Lucas 7:2-10

E o servo de um certo centurião, a quem muito estimava, estava doente, e moribundo. E, quando ouviu falar de Jesus, enviou-lhe uns anciãos dos judeus, rogando-lhe que viesse curar o seu servo. E, chegando eles junto de Jesus, rogaram-lhe muito, dizendo: É digno de que lhe concedas isto, Porque ama a nossa nação, e ele mesmo nos edificou a sinagoga. E foi Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou-lhe o centurião uns amigos, dizendo-lhe: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado. E por isso nem ainda me julguei digno de ir ter contigo; dize, porém, uma palavra, e o meu criado sarará. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz. E, ouvindo isto Jesus, maravilhou-se dele, e voltando-se, disse à multidão que o seguia: Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé. E, voltando para casa os que foram enviados, acharam são o servo enfermo.






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