quarta-feira, 11 de novembro de 2015

24ª Quarta-feira Depois de Pentecostes

11 de Novembro de 2015 (CC) / 29 de Outubro (CE)
S. Anastásia, a romana, monja e mártir († séc. IV?)




Nasceu em Roma, de pais nobres, e ficando órfã aos três anos de idade foi levada a um monastério de mulheres, próximo a Roma, onde a abadessa era uma monja de nome Sofia, uma mulher de vida espiritual de elevado nível. 
Aos dezessete anos a jovem Anastásia, de beleza incomum, já era conhecida pelos cristãos de toda a vizinhança como uma grande asceta, causando admiração aos pagãos. Probo, administrador pagão da cidade, impressionado com sua beleza, enviou soldados com ordem de trazê-la à sua presença.  A boa abadessa Sofia instruiu Anastásia sobre como perseverar na fé e resistir ao engano adulador e à tortura, ao que a jovem lhe disse: 
«Meu coração está preparado para sofrer por Cristo. Minha alma está pronta para o encontro com meu amado Senhor». 
Comparecendo diante do governador, Anastásia proclamou abertamente sua fé em Cristo, e quando ele tentou dissuadi-la - antes com promessas, depois com ameaças - a santa virgem lhe disse: 
«Estou pronta oferecer minha vida por meu Senhor, não apenas uma vez, mas mil vezes, se assim me fosse possível». 
Quando a despiram à força para humilhá-la, Anastásia disse ao juiz: 
«Açoitem-me, firam-me, e batam-me; só assim, meu corpo desnudo será coberto por feridas e minha vergonha será coberta de sangue. 
Assim foi e, por duas vezes, sentindo sede, Anastásia pediu água. Cirilo, um cristão que estava por perto, atendeu seu pedido e lhe trouxe água, pelo que foi abençoado com o martírio, decapitado pelos pagãos. 
O peito e a língua da santa foram cortados, e um anjo do Senhor apareceu-lhe e a mantinha de pé. Fora da cidade, Anastásia foi finalmente decapitada pela espada. A bem-aventurada Sofia, encontrando mais tarde o seu corpo, providenciou-lhe uma digna sepultura. Anastásia recebeu assim a coroa do martírio sob o imperador Décio (249-251 d. C.).



1 Tessalonicenses 4:1-12

Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que possais progredir cada vez mais. Porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus. Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da fornicação; que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus. Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo. Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros porque também já assim o fazeis para com todos os irmãos que estão por toda a Macedônia. Exortamo-vos, porém, a que ainda nisto aumenteis cada vez mais. E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; para que andeis honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma.

Lucas 11:9-13

E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?


“Sobre o Fundamento da Oração”

Aqueles que se aproximam de Deus devem orar em grande quietude, paz e tranquilidade, sem utilizar-se de gritos absurdos ou confusos, mas dirigindo-se ao Senhor com a intenção do coração e a sobriedade do pensamento.

Porque não é conveniente que o servo de Deus viva em semelhante estado de agitação, mas na mais completa tranquilidade e sabedoria, como diz o profeta: Nesse colocarei os meus olhos, no humilde e abatido que estremece diante de minhas palavras.

Lemos que nos dias de Moisés e Elias, enquanto que nas aparições com que foram favorecidos, a majestade do Senhor se fazia preceder de grande aparato de trombetas e de diversos prodígios, contudo, a oportuna vinda do Senhor se dava a conhecer e se manifestava na paz, na tranquilidade e na quietude. Depois – diz – se ouviu uma brisa suave, e nela estava o Senhor. Disto é lícito concluir que o repouso do Senhor está na paz e na tranquilidade.

O fundamento que o homem colocar e o princípio com o qual iniciar permanecerão nele até o fim. Se começar a rezar com voz muito alta e queixosa, manterá idêntico costume até o final. Contudo, uma vez que o Senhor está cheio de humanidade, acontecerá que até mesmo a este ele lhe prestará seu auxílio. Ainda mais: será a própria graça a que o manterá até o final em sua maneira de proceder, embora seja fácil de compreender que este modo de rezar é próprio dos ignorantes, já que, além do aborrecimento que produz nos outros, eles mesmos mostram perturbação enquanto oram.

Entretanto, o verdadeiro fundamento da oração é este: vigiar os próprios pensamentos e rezar com muita tranquilidade e paz, de forma que os outros não sofram escândalo de nenhum tipo. Portanto, aquele que, tendo obtido a graça de Deus e a perfeição, continuar até o final orando na tranquilidade, será de grande edificação para muitos, porque Deus não quer desordem, mas paz. Porém, aqueles que rezam gritando se assemelham aos charlatões e não podem rezar em qualquer lugar, nem nas igrejas, nem nas praças; no máximo em lugares solitários, onde se apressam ao seu gosto. Pelo contrário, os que rezam na tranquilidade, edificam a todos onde quer que orem.

Deve o homem empregar todas as suas energias em controlar os seus pensamentos e cortar pela raiz toda ocasião de imaginações perigosas; deve concentrar-se em Deus, sem abandonar-se ao capricho dos pensamentos, mas recolher estes pensamentos dispersos um pouco por todas as partes, submetendo-os a um exercício de discernimento, distinguindo os bons e os maus. Portanto, é necessária uma grande dose de diligente atenção do espírito para saber distinguir as sugestões externas provocadas pelo poder do adversário.

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