segunda-feira, 2 de novembro de 2015

23ª Segunda-feira Depois de Pentecostes


02 de Novembro de 2015 (CC) / 20 de Outubro (CE)
S. Megalomártir Artemio; 
S. Gerásimo, o Anacoreta do Monte Athos; S. Gerásimo da Cefalônia e S. Matrona
5º Modo






Artêmio era um distinto político bizantino e fiel cristão. Constantino, o Grande, reconhecendo seus talentos morais e políticos, o nomeou duque de Alexandria. Quando Artêmio soube que Juliano torturava os cristãos em Antioquia, lembrou-se do salmo de David: «Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua justiça». (Salmo 50,14). Assim foi que Artêmio, com a força que Deus lhe concedeu, foi para Antioquia e, ao chegar, pode comprovar pessoalmente as perseguições ilegais aos cristãos, censurando a atitude de Juliano. Este, não esperando por uma reação como esta de um alto dignitário, ordena então que seja aprisionado e açoitado, o que o fazem com toda a crueldade. Depois disso, Artêmio foi apedrejado, o que lhe resultou na fratura de vários ossos. Finalmente, decapitado, entregou seu espírito a Deus. As relíquias de Santo Artêmio foram guardadas por uma piedosa senhora de nome Aristi que, mais tarde, as transferiu para a Igreja do Santo Profeta e Precursor João Batista, em Constantinopla.



1 Tessalonicenses 1:1-5

Paulo, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus, o Pai, e no Senhor Jesus Cristo: Graça e paz tenhais de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações, lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai, sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus; porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós.

Lucas 9:18-22

18. Num dia em que ele estava a orar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: Quem dizem que eu sou? 19. Responderam-lhe: Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas. 20. Perguntou-lhes, então: E vós, quem dizeis que eu sou? Pedro respondeu: O Cristo de Deus. 21. Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém. 22. Ele acrescentou: É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia.


COMENTÁRIO


Esforça-te também tu em ser pedra. E, assim, não busques a pedra fora de ti, mas dentro de ti. Tua pedra é a tua ação; tua pedra é o teu espírito. Sobre esta pedra se edifique a tua casa, para que nenhuma tempestade dos maus espíritos possa tirá-la, tua pedra é a fé; a fé é o fundamento da Igreja. Se és pedra, estarás na Igreja, porque a Igreja está fundada sobre a pedra. Se estás na Igreja, as portas do inferno não prevalecerão sobre ti: as portas do inferno são as portas da morte, e as portas da morte não podem ser as portas da Igreja.

Porém, o que são as portas da morte, a saber, as portas do inferno, senão as diversas espécies de pecados?... Porém, Deus tem poder de abrir-te as portas da morte, para que proclames seus louvores nas portas da filha de Sião. Quanto às portas da Igreja, estas são as portas da castidade, as portas da justiça, que o justo acostume a abri-las: "Abre-me", diz, "as portas da justiça, e, tendo passado por elas, louvarei ao Senhor".

Mas, como a porta da morte é a porta do inferno, a porta da justiça é a porta de Deus; pois eis aqui a porta do Senhor, os justos entrarão por ela. Por isso, foge da obstinação no pecado, para que as portas do inferno não triunfem sobre ti; porque, se o pecado se apropria em ti, triunfou a porta da morte. Portanto, foge das brigas, divergências, das estrondosas e tumultuosas discórdias, para que não chegues a transpassar as portas da morte. 

Pois o Senhor não quis ao princípio ser proclamado, para que não se levantasse nenhum tumulto. Exortava aos seus discípulos que não dissessem a ninguém: "O Filho do homem vai padecer muito, ser rejeitado pelos anciãos, os príncipes dos sacerdotes e os escribas, ser morto e ressuscitar ao terceiro dia".Talvez o Senhor acrescentou isto porque sabia que seus discípulos dificilmente haviam de crer em sua paixão e em sua ressurreição. Por isso preferiu ele mesmo afirmar sua paixão e sua ressurreição, para que nascesse a fé do fato e não da discórdia do anúncio. Então Cristo não quis glorificar-se, pois desejou aparecer sem glória para padecer o sofrimento; e tu, que nasceste sem glória, queres glorificar-te? Pelo caminho que Cristo percorreu é por onde tu deves de caminhar. 

Santo Ambrósio, Bispo de Milão (séc. IV) 



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