quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

37ª Quinta-feira Depois de Pentecostes

07 de Fevereiro de 2019 (CC) - 25 de Janeiro (CE)
S. Gregório Nazianzeno, o Teólogo, Arcebispo de Constantinopla († c. 389)
Modo 3



São Gregório, o Teólogo, (326-389) era filho de Gregório (que mais tarde tornou-se Bispo de Nazianzeno) e de Nonna, mulher de ilibada conduta moral. Antes mesmo de dar à luz a Gregório, prometera que dedicaria seu filho a Deus, educando-o e fazendo todo esforço para que sua vontade fosse inclinada ao serviço de Deus. Por isso, São Gregório considerava que a educação que recebeu de mãe foi decisiva em sua vocação. Era muito inteligente e recebeu uma excelente educação. Estudou nas escolas de Cesárea, onde existia uma biblioteca cujos livros foram organizados por São Panfílio. Em Alexandria, estudou as obras de Orígenes e, em Atenas, cultivou uma profunda amizade por São Basílio, o Grande, que já o conhecia anteriormente. A amizade por São Basílio lhe rendeu um grande aprendizado que, dificilmente poderia obter em qualquer escola de nível superior. Em Atenas, dividiam a mesma morada e compartilhavam da mesma maneira de viver. Conheciam só dois caminhos: um que os levava a escola e o outro que os conduzia a Igreja. Também em Atenas, São Gregório conheceu Juliano, o Apóstata, que mais tarde tornou-se imperador e renegou o cristianismo, tentando fazer renascer o paganismo no Império Romano (361-363), deixando marcas de perversidade e firmando-se como inimigo da Igreja. Ao completar 26 anos, São Gregório foi batizado e regressou à sua pátria, afastando-se por muito tempo de todos os cargos públicos, ocupando-se com leituras, orações, composições de canções e com o cuidado de seus pais que já eram idosos.

Passou algum tempo no deserto, considerado por ele, como o tempo mais feliz de sua vida. Seu pai, sendo já bispo, precisava de um auxiliar, e chamou seu filho Gregório do Monastério Basiliense para a cidade de Nazianzo, e lhe ordenou presbítero. A dignidade do sacerdócio e o peso das obrigações atemorizaram São Gregório que se refugiou no deserto para viver uma vida de solidão. Posteriormente, quando seu espírito já estava apaziguado, regressou e aceitou as obrigações sacerdotais, consolando-se por servir a Deus, auxiliando seu velho pai no serviço das paróquias.

Aconteceu também que seu amigo Basílio, tornou-se arcebispo e, desejando ter consigo um fiel e instruído auxiliar para cuidar de uma ampla região, ofereceu a Gregório o cargo de principal presbítero de sua sede. Gregório, porém, recusou este honroso e influente cargo. Tempos depois, Gregório foi escolhido para ser bispo de Sasima, fruto de um acordo entre Basílio e o pai de seu pai. Vendo em tudo isto a vontade de Deus, Gregório aceitou ser ordenado, mas não quis o título, continuando como vigário na paróquia de Nazianzo, ajudando seu pai. Em 374, seu pai faleceu e, pouco depois, sua mãe. São Gregório continuou trabalhando e ocupando-se das funções que eram de seu pai, dirigindo a Igreja de Nazianzo. Adoeceu gravemente, e quando já estava recuperado, afastou-se para um monastério isolado onde, em jejum e oração, viveu próximo de três anos. Mas, uma pessoa como ele, não poderia se esconder na cela de um monastério. Foi eleito pelos Bispos Ortodoxos e pelos Fiéis, Arcebispo de Constantinopla, na época em que os arianos tinham muita influência e poder, e tomavam todas as igrejas da capital.

São Gregório se hospedou em uma casa de conhecidos. Transformou um cômodo numa pequena Igreja e a dedicou à Anastasia (Ressurreição), acreditando que ressuscitaria a Ortodoxia, e começou seu trabalho de pregação. Os arianos o incomodavam atirando-lhe pedras e enviando secretamente assassinos. O povo reconheceu o seu verdadeiro pastor e, cada vez, mais aproximavam-se de sua cátedra, “como o metal se aproxima do imã”, como costumava dizer. Por suas palavras fortes, exemplo de vida e diligência pastoral, vencia os inimigos da Igreja. Muitas pessoas vinham de todas as partes para escutar suas inspiradoras palavras. O público presente parecia um mar atormentado, aplaudiam-no, gritavam com grande entusiasmo expressando concordar com o que ouviam e, alguns escribas anotavam suas palavras para a posteridade. Cada semana, milhares de pessoas retornavam à Fé Ortodoxa. Quando o Ortodoxo Teodósio se tornou Imperador (379-395), os arianos foram então expulsos das igrejas da capital.

São Gregório combatia também a heresia de Macedônio, que negava a divindade do Espírito Santo. Participou ativamente do segundo Concílio Ecumênico. Ao terminar seus trabalhos, não quis mais o trono de Constantinopla dizendo: “Adeus cátedra – elevado e perigoso posto que suscita tanta inveja”. Afastou-se para sua cidade natal Arianzo, próximo de Nazianzo, onde passou seus últimos anos de vida vivendo como asceta. Por suas excelentes obras teológicas e por sua habilidade em discorrer sobre assuntos profundos da fé, explicando suas inexplicáveis verdades, com caridade, rigor e exatidão, São Gregório recebeu da Igreja o respeitável título de “Teólogo” e “Mestre Universal”. Também a Igreja o chama de “Mente superior”. Seus sermões são cheios de poesia e muitas de suas expressões foram utilizados nas orações próprias para os dias festivos (por São João Damasceno e outros). Até os dias de hoje, das suas relíquias brotam um agradável aroma. 
Leituras Comemorativas
João 10:1-9 (Matinas)
2 Timóteo 3:1-9 
Lucas 20:46-21:1-4 

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Tiago 4:7-5:9

Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos. Deliciosamente vivestes sobre a terra, e vos deleitastes; cevastes os vossos corações, como num dia de matança. Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu. Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta.

Marcos 11:27-33

E tornaram a Jerusalém, e, andando ele pelo templo, os principais dos sacerdotes, e os escribas, e os anciãos, se aproximaram dele. E lhe disseram: Com que autoridade fazes tu estas coisas? ou quem te deu tal autoridade para fazer estas coisas? Mas Jesus, respondendo, disse-lhes: Também eu vos perguntarei uma coisa, e respondei-me; e então vos direi com que autoridade faço estas coisas: O batismo de João era do céu ou dos homens? respondei-me. E eles arrazoavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que o não crestes? Se, porém, dissermos: Dos homens, tememos o povo. Porque todos sustentavam que João verdadeiramente era profeta. E, respondendo, disseram a Jesus: Não sabemos. E Jesus lhes replicou: Também eu vos não direi com que autoridade faço estas coisas.

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