quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

38ª Quinta-feira Depois de Pentecostes

PRÉ-FESTA DO ENCONTRO
14 de Fevereiro de 2019 (CC) - 01 de Fevereiro (CE)
São Tryfon de Nicéia, mártir (†251)
Modo 4




São Tryfon era natural de Lampsako, na Frígia (antiga região da Ásia Menor) e viveu na época em que reinava Giordiano (238-244), Philippos e Décio. São Tryfon era muito pobre e, desde pequeno se dedicava ao cuidado de animais do campo para poder viver. Enquanto realizava seu humilde trabalho, refletia sobre as Sagradas Escrituras e com muito zelo cumpria com seus deveres religiosos. 
Entre os versículos que sempre repetia, este se destacava: «A bênção do Senhor repousa sobre a habitação do justo. Se ele escarnece dos zombadores, concede a graça aos humildes»(Prov. 3, 33b.-34). 
Realmente, o humilde e piedoso Tryfon, com perseverança, não só conheceu as Sagradas Escrituras em profundidade como a ensinou. Estava tão pleno da graça divina que operava milagrosas curas. A notoriedade de Tryfon chegou aos ouvidos do rei Gordianos que mandou chamá-lo porque sua filha estava muito doente. De fato, Tryfon a curou; e o pai, agradecido, quis pagá-lo, porém Tryfon se negou aceitar qualquer valor e se retirou com a gratidão do rei. 
Contudo, na época de Decio (249-251), Tryfon foi preso por admitir sua fé em Jesus Cristo e fervorosamente expressar sua oposição à idolatria. Por causa disso, o prefeito oriental Aquilino, em Nikia, ordenou que o torturassem violentamente. Foi amarrado a um cavalo e arrastado pelas ruas. Em seguida, completamente nu, em pleno inverno, foi amarrado sobre pregos e queimado com tochas acesas. Finalmente, foi decapitado, mas antes disso, já havia entregue seu espírito nas mãos de Deus.

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!


1 Pedro 4:12-5:5

12 Amados, não estranheis a ardente provação que vem sobre vós para vos experimentar, como se coisa estranha vos acontecesse; 13 mas regozijai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e exulteis. 14 Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória, o Espírito de Deus. 15 Que nenhum de vós, entretanto, padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se entremete em negócios alheios; 16 mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus neste nome. 17 Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se começa por nós, qual será o fim daqueles que desobedecem ao evangelho de Deus?  18 E se para o justo é difícil ser salvo, onde comparecerá o ímpio pecador? 19 Portanto os que sofrem segundo a vontade de Deus confiem as suas almas ao fiel Criador, praticando o bem. 1 Aos presbíteros, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou presbítero com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: 2 Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; 3 nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. 4 E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória. 5 Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
   
Marcos 12:38-44

38 E prosseguindo ele no seu ensino, disse: Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes compridas, e das saudações nas praças,  39 e dos primeiros assentos nas sinagogas, e dos primeiros lugares nos banquetes, 40 que devoram as casas das viúvas, e por pretexto fazem longas orações; estes hão de receber muito maior condenação.  41 E sentando-se Jesus defronte do cofre das ofertas, observava como a multidão lançava dinheiro no cofre; e muitos ricos deitavam muito. 42 Vindo, porém, uma pobre viúva, lançou dois leptos[1], que valiam um quadrante. 43 E chamando ele os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos os que deitavam ofertas no cofre; 44 porque todos deram daquilo que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha, mesmo todo o seu sustento.

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O ENSINO DOS SANTOS PADRES

“Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”

Amadíssimos, que ninguém se vanglorie dos pequenos méritos de uma vida boa se lhe faltarem as obras de caridade; nem se refugie na falsa segurança de sua pureza corporal, quem não busca a sua purificação na esmola.

A esmola apaga o pecado, mata a morte e extingue a pena do fogo eterno. Mas quem estiver desprovido do fruto da esmola, também não poderá receber a indulgência do remunerador, pois diz Salomão: Quem fecha os ouvidos ao clamor do necessitado, não será escutado quando grite. Por isso Tobias dizia ao seu filho, incutindo-lhe os preceitos da piedade: Dá esmola dos teus bens e não sejas mesquinho. Se vês um pobre, não desvies o teu rosto, e Deus não afastará sua face de ti.

Esta virtude torna úteis todas as outras virtudes: sua união vivifica a própria fé, da qual o justo vive, e que, se não tem obras, é considerada morta: mas se é verdade que a fé é a razão de ser das obras, não é menos que as obras são a força da fé. Por isso, como diz o apóstolo, enquanto temos oportunidade, trabalhemos pelo bem de todos, especialmente pelo bem da família da fé. Não nos cansemos de fazer o bem, que, se não esmorecermos, no tempo certo colheremos.

A vida presente é tempo de semeadura, e o dia da retribuição é tempo de colheita, quando cada um recolherá uma colheita proporcionada à quantidade da semeadura. Ninguém ficará defraudado do rendimento desta messe, pois ali se atenderá tanto o volume das contribuições como a qualidade das intenções; de maneira que se equipararão os pequenos donativos procedentes de escassos rendimentos e os suntuosos de fortunas imensas.

Em consequência, amadíssimos, acatemos o que foi estabelecido pelos apóstolos. E como no próximo domingo terá “lugar a coleta, disponham-vos para a voluntária devoção, para que cada um coopere, segundo as suas possibilidades, para a sacratíssima oblação. Vossas próprias esmolas serão uma oração em vosso favor, assim como para aqueles a quem ajudareis com vossa generosidade. Assim estareis disponíveis para toda boa iniciativa, em Cristo Jesus, nosso Senhor, que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.

São Gregório, o Grande, Papa de Roma, Séc. VII

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