10 de Abril de 2020 (CC) / 28 de Março (CE)
Hilario, o Novo e Crodion, Higúmeno e Confessor;
S. Estevão, Taumaturgo, Abade do Mosteiro de Trilai; Estratios de Pechersk
O monge Hilárion, o Novo, Higúmeno do Mosteiro de Pelikition, desde a juventude dedicou-se ao serviço de Deus e passou muitos anos como eremita. Por causa de sua vida santa e imaculada, primeiro lhe foi concedida a dignidade de presbítero, e mais tarde ele foi feito higúmeno do mosteiro Pelikition (nas proximidades do Estreito de Dardanelos).
O monge Hilarion recebeu do Senhor dons de perspicácia e maravilha. Pelo poder agraciado da oração ele trouxe chuva durante um período de seca, e como o Profeta Elias, ele separou as águas de um rio, livrou animais nocivos dos campos, encheu as redes de pescadores durante um tempo de pescaria sem sorte, e operou muitos outros milagres. Além disso, ele foi glorificado pelo dom de curar os doentes e expulsar os demônios. O monge padeceu no ano 754, na Quinta-feira Santa da Semana Santa, quando o militar mercenário, Lakhanodrakon - que para receber recompensa dos iconoclastas, caçava os veneradores dos Ícones, repentinamente atacou o mosteiro Pelikition, forçando sos monges a se dirigirem para a igreja no horário dos serviços divinos, interrompendo o serviço e jogando os Santos Presentes no chão. Quarenta e dois monges foram presos, acorrentados, despachados para o distrito de Edessa e assassinados. Os monges remanescentes sofreram horríveis mutilações, espancaram-nos, queimaram suas barbas com fogo, mancharam seus rostos com alcatrão e cortaram o nariz de alguns dos confessores. Durante o tempo desta atormentadora perseguição, o monge Hlarion foi assassinado por causa de sua veneração aos ícones.
Como legado, o monge Hlarion deixou obras espirituais, nas quais estão contidas diretrizes morais profundas sobre o ascetismo espiritual. O monge Joseph de Volotsk (comem. 9 de setembro e 18 de outubro) estava bem familiarizado com o trabalho do monge Hilarion, e em seus próprios trabalhos teológicos ele também expôs o significado do esforço monástico.
Comemoração de Santo Estêvão
Santo Estevão, o Confessor, abade do Mosteiro de Triglia, padeceu sob o Imperador iconoclasta Leão, o armênio (813-820).
Desde tenra idade, o santo asceta dedicou sua vida a Deus e recebeu a tonsura monástica. Mais tarde, ele se tornou chefe do mosteiro de Triglia perto de Constantinopla. Quando começou a perseguição contra ícones sagrados, Santo Estevão foi convocado para interrogatório, e tentaram forçá-lo a assinar um documento rejeitando a veneração dos ícones. Ele se recusou a trair a Ortodoxia e corajosamente denunciou o imperador por sua impiedade. Eles submeteram o santo a tormentos cruéis, e depois o enviou para a prisão no ano de 815. Enfraquecido e doente, Estevão logo morreu na prisão.
Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
HORA SEXTA
Isaías 66:10-24
10 R10 Alegra-te, ó Jerusalém, e vós todos os que a amais mantende nela uma assembléia geral. Exultai nela, vós os que agora pranteais sobre ela, 11 pois sugareis e ficareis satisfeito com o seio de sua consolação; ordenhareis, e deliciar-vos-eis com a chegada de sua glória. 12 Pois assim diz o Senhor: Eis que eu faço voltar-se em sua direção como um rio de paz, e a semelhança de uma torrente trazendo sobre eles, numa inundação, a glória dos gentios. Seus filhos serão transportados sobre os ombros deles, e consolados nos seus joelhos. 13 Tal como uma mãe conforta seu filho, assim também eu vos confortarei; e sereis consolados em Jerusalém. 14 Vê-lo-eis, e o vosso coração se alegrará; vossos ossos irão crescer como a erva. A mão do Senhor será notória aos que o temem, e ele admoestará aos desobedientes. 15 Pois eis que o Senhor virá como fogo, e os seus carros tal uma tempestade, para executar a sua vingança com ira, e a sua repreensão com chamas de fogo. 16 Porque com o fogo do Senhor toda a terra será julgada, e toda a carne com a sua espada. Muitos serão mortos pelo Senhor. 17 Aqueles que se santificam e purificam para entrar nos jardins, comendo carne de porco nos pórticos, coisas abomináveis e rato, juntamente serão consumidos, diz o Senhor. 18 Eu conheço as suas obras e a sua imaginação. Irei reunir todas as nações e línguas, elas virão e verão a minha glória. 19 Colocarei um sinal sobre eles, e enviarei os que escaparam deles para as nações: Társis, Pul, Lude, Meseque, Tubal, Grécia, e também para as ilhas mais distantes, ao encontro daqueles que não ouviram o meu nome nem viram a minha glória. E anunciarão a minha glória entre os gentios. 20 Trarão eles os vossos irmãos, dentre todas as nações, como um presente para o Senhor, com cavalos e carros, e em liteiras puxadas por mulas com toldos, para a cidade santa de Jerusalém, diz o Senhor, como quando os filhos de Israel trazem os seus sacrifícios para mim com salmos, para a casa do Senhor. 21 E tomarei deles sacerdotes e levitas, diz o Senhor. 22 Porquanto, tal como o novo céu e a nova terra que eu faço permanecem diante de mim, diz o Senhor, assim durará a vossa posteridade e o vosso nome permanecerá. 23 E virá a acontecer que, de mês a mês e de sábado a sábado, virá toda a carne a adorar perante mim em Jerusalém, diz o Senhor. 24 Eles sairão, e verão os cadáveres dos homens que transgrediram contra mim. Porquanto o seu verme nunca morrerá, e o seu fogo jamais se apagará. E serão, eles, um espetáculo para toda a carne.
VÉSPERAS
Gênesis 49:33-50:26
33 E Jacó terminou de dar instruções aos seus filhos. Então, recolhendo os pés na cama, morreu e foi ajuntado ao seu povo. 1 José lançou-se sobre o rosto de seu pai, chorou sobre ele, e o beijou. 2 Então, José ordenou a seus servos, os embalsamadores, que embalsamassem a seu pai. E eles embalsamaram a Israel, 3 e cumpriram-lhe quarenta dias, conforme são os dias de embalsamamento contados no Egito. E o prantearam por setenta dias. 4 Quando os dias de luto foram cumpridos, José falou com os príncipes de Faraó, dizendo: Se tenho achado graça aos vossos olhos, falai de mim aos ouvidos de Faraó, e dizei-lhe: 5 Meu pai me fez jurar, dizendo: Na sepultura que escavei para mim na terra de Canaã, ali me sepultarás. Agora, então, eu subirei e sepultarei a meu pai, e depois voltarei. 6 E Faraó disse a José: Vai sepultar a teu pai, conforme ele te fez jurar. 7 Então, José subiu para sepultar a seu pai. E subiram com ele todos os servos de faraó, e os anciãos da sua casa, e todos os anciãos da terra do Egito, 8 como também toda a casa de José, e os seus irmãos, e toda a casa de seu pai, com a sua parentela. Tão somente eles deixaram para trás as ovelhas e os bois, na terra de Gósem. 9 Subiram com ele, também, carros e cavaleiros. E era uma comitiva mui grande. 10 Chegaram eles à eira de Atade, que está além do Jordão. E ele chorou com grande e mui doloroso pranto, fazendo um luto de sete dias por seu pai. 11 Os habitantes da terra de Canaã viram o luto na eira de Atade e disseram: Este é um grande luto dos egípcios. Por isso eles chamaram o seu nome Luto do Egito, o qual está além do Jordão. 12 E dessa forma seus filhos lhe fizeram. 13 Então, eles o levaram até à terra de Canaã, sepultando-o na caverna dupla, diante de Mamre, caverna essa que Abraão comprara por posse de sepultura de Hefrom, o heteu. 14 E José voltou para o Egito, ele e os seus irmãos, e os que tinham subido com ele para sepultar a seu pai. 15 Porém, quando os irmãos de José viram que seu pai estava morto, disseram: Acautelemo-nos porque, a qualquer momento, José lembrar-se-á do mal contra nós, e devolver-nos-á todos os males que lhe temos feito. 16 Então, vieram a José, e disseram-lhe: Teu pai nos fez jurar, antes de sua morte, dizendo: 17 Assim falareis a José: Perdoa-lhes a sua injustiça e o seu pecado, porquanto têm feito mal contra ti. E agora, portanto, perdoa a injustiça dos servos do Deus de teu pai. E José chorou, enquanto eles lhe falavam. 18 E vieram a ele, e disseram-lhe: Nós, e estas pessoas, somos os teus servos. 19 Entretanto, disse-lhes José: Não temais, porque eu sou de Deus. 20 Vós entrastes em conselho contra mim para o mal, mas Deus ficou ao meu lado para o bem, a fim de que as coisas viessem a ser como são neste dia, e muita gente pudesse ser alimentada. 21 E ele ainda lhes disse: Não temais, pois irei manter-vos, e as vossas famílias. E os consolou, falando-lhes ao coração. 22 E José habitou no Egito, ele e os seus irmãos, e toda a família de seu pai. E viveu cento e dez anos. 23 José viu os filhos de Efraim até a terceira geração; também os filhos de Maquir, filho de Manassés, foram gerados ao lado de José. 24 E José falou a seus irmãos, dizendo: Eis que eu morrerei, e Deus, certamente, vos visitará e tirará para fora desta terra, levando-vos para a terra que ele jurou dar a nossos pais, Abraão, Isaque e Jacó. 25 E José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Na visitação com a qual Deus deverá visitar-vos, então fareis transportar os meus ossos daqui, convosco. 26 E José morreu, com a idade de cento e dez anos; e embalsamaram-no, colocando-o em um sarcófago no Egito.
Provérbios 31:8-31
8 Abre a tua boca a favor do mudo, a favor do direito de todos os desamparados. 9 Abre a tua boca; julga retamente, e faze justiça aos pobres e aos necessitados. 10 Álefe. Mulher virtuosa, quem a pode achar? Pois o seu valor muito excede ao de joias preciosas. 11 Bete. O coração do seu marido confia nela, e não lhe haverá falta de lucro. 12 Guímel. Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida. 13 Dálete. Ela busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com as mãos. 14 Hê. É como os navios do negociante; de longe traz o seu pão. 15 Vave. E quando ainda está escuro, ela se levanta, e dá mantimento à sua casa, e a tarefa às suas servas. 16 Zaine. Considera um campo, e compra-o; planta uma vinha com o fruto de suas mãos. 17 Hete. Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços. 18 Tete. Prova e vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite. 19 Iode. Estende as mãos ao fuso, e as suas mãos pegam na roca. 20 Cafe. Abre a mão para o pobre; sim, ao necessitado estende as suas mãos. 21 Lâmede. Não tem medo da neve pela sua família; pois todos os da sua casa estão vestidos de escarlate. 22 Meme. Faz para si cobertas; de linho fino e de púrpura é o seu vestido. 23 Nune. Conhece-se o seu marido nas portas, quando se assenta entre os anciãos da terra. 24 Sâmerue. Faz vestidos de linho, e vende-os, e entrega cintas aos mercadores. 25 Aine. A força e a dignidade são os seus vestidos; e ri-se do tempo vindouro. 26 Pê. Abre a sua boca com sabedoria, e o ensino da benevolência está na sua língua. 27 Tsadê. Olha pelo governo de sua casa, e não come o pão da preguiça. 28 Côfe. Levantam-se seus filhos, e lhe chamam bem-aventurada, como também seu marido, que a louva, dizendo: 29 Reche. Muitas mulheres têm procedido virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas. 30 Chine. Enganosa é a graça, e vã é a formosura; mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada. 31 Tau. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e louvem-na nas portas as suas obras. 8 Abre a tua boca com a palavra de Deus, e julga a todos justamente. 9 Abre a tua boca e julga com justiça, defendendo a causa do pobre e do fraco. 10 Quem encontrará a mulher virtuosa? Pois que ela é mais valiosa do que pedras preciosas. 11 O coração de seu marido confia nela. Não sente ele necessidade de finos espólios, 12 uma vez que ela emprega toda a vida que possui para o seu bem. 13 Juntando lã e linho, faz disto uma ocupação útil para as suas mãos. 14 É ela como um navio que negocia muito longe. Desta forma, ela busca o seu sustento. 15 Levanta-se de noite e dá de comer à sua casa, designando tarefas para as suas servas; 16 ela vê uma fazenda e a compra, e com o fruto das suas mãos planta uma possessão; 17 fortemente cinge os próprios lombos e fortalece os seus braços para o labor.
18 Ela, por sua experiência, vê que o trabalho é bom, e a sua lâmpada não se apaga por toda a noite; 19 estende os seus braços para as obras necessárias e aplica as suas mãos ao fuso. 20 Ela abre as suas mãos para os necessitados, dando alimento aos pobres. 21 Seu marido não se preocupa com os que ficaram quando se demora em qualquer lugar no estrangeiro, porque sabe que toda a sua casa está bem vestida. 22 Faz ela, para o seu marido, roupas de dupla textura e vestes de linho fino escarlate, 23 e torna-se ele uma pessoa distinta nas portas, quando se assenta em conselho com os antigos habitantes da terra. 24 Ela faz linho fino e vende cintos aos cananeus. Abre a sua boca com prudência e propriedade, controlando a sua língua. 25 Ela se veste de força e honra, regozijando-se nos últimos dias; 26 abre a sua boca com sabedoria e conforme a lei. 27 Os caminhos da sua casa são planejados, não comendo ela o pão da ociosidade. 28 Sua benignidade para com os seus filhos os predispõe para ela, e eles se enriquecem; por isto o seu marido a louva. 29 Muitas filhas obtiveram riquezas, muitas têm se portado valentemente; tu, porém, tens excedido e ultrapassado a todas. 30 Os encantos são falsos e a beleza da mulher é vã; porquanto a mulher sábia é que é abençoada. Que ela louve, portanto, o temor do Senhor. 31 Deem-lhe do fruto de seus lábios, e o seu marido seja louvado nas portas.
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