terça-feira, 21 de abril de 2020

Terça-feira Luminosa

21 de Abril de 2020 (CC) / 08 de Abril (CE)
Ss Apóstolos dos 70: Herodião, Agabus, Asyncritus, Rufus, Phlegon, Hermes, 
e todos que estavam com eles (Séc. I); São Celestino I, papa de Roma († 432)


Do ponto de vista litúrgico, o sábado de Lázaro se apresenta como a preparação do Domingo de Ramos; dia em que se celebra a entrada do Senhor em Jerusalém. Essas duas festas têm um tema em comum: o triunfo e a vitória. O sábado revelou o Inimigo que é a morte; o domingo anuncia a vitória, o triunfo do Reino de Deus e a aceitação pelo mundo de seu único Rei, Jesus Cristo. A entrada solene na cidade santa foi, na vida de Jesus, seu único triunfo visível; até aí, Ele tinha recusado qualquer tentativa de ser glorificado e é apenas seis dias antes da Páscoa que Ele não só aceitou de bom grado, como provocou mesmo o acontecimento. Cumprindo ao pé da letra o que dissera o profeta Zacarias:

"Eis o teu Rei que vem montado numa jumenta" (Zac. 9:9),

Ele mostra claramente que queria ser reconhecido e aclamado como o Messias, Rei e Salvador de Israel. O texto do Evangelho sublinha, com efeito, os traços messiânicos: os ramos, o canto de Hosana, a aclamação de Jesus como Filho de Davi e Rei de Israel. A história de Israel chega ao seu fim: tal é o sentido deste acontecimento. O sentido desta história era o de anunciar e preparar o Reino de Deus, a vinda do Messias. Hoje é o dia em que isto se cumpre, pois eis que o Rei entra em sua cidade santa e n’Ele todas as profecias e toda a espera de Israel encontram seu término: Ele inaugura seu Reino.

A liturgia deste dia comemora este acontecimento; com os ramos nas mãos, nós nos identificamos com o povo de Jerusalém, com o qual saudamos o humilde Rei, lhe recitando nossa Hosana. Mas, qual é o sentido disto para nós, hoje?

Primeiramente, nós proclamamos que o Cristo é nosso Rei e nosso Senhor. Muito frequentemente nós nos esquecemos que o Reino de Deus já foi inaugurado, que no dia do nosso Batismo nós fomos feitos cidadãos d’Ele, e que nós prometemos colocar nossa fidelidade a esse Reino acima de qualquer outra. Não esqueçamos que, durante algumas horas, o Cristo foi verdadeiramente Rei sobre a terra, Rei neste mundo que é o nosso. Por algumas horas apenas e numa única cidade. Mas, da mesma maneira que em Lázaro nós reconhecemos a imagem de todo homem, podemos ver nesta cidade o centro místico do mundo e de toda a criação. Tal é o sentido bíblico de Jerusalém, a cidade, o ponto focal de toda a história da salvação e da redenção, a santa cidade do Advento de Deus. O Reino inaugurado em Jerusalém é, pois, um Reino universal, abraçando todos os homens, e a criação inteira. Por algumas horas, e entretanto, essas horas são decisivas; é a hora de Jesus, a hora do cumprimento por Deus de todas as suas promessas e de todas as suas vontades. Essas horas são o término de toda a longa preparação revelada pela Bíblia e o cumprimento de tudo aquilo que Deus quis fazer pelos homens. E assim, este breve momento de triunfo terrestre do Cristo adquire uma significação eterna. Ele introduz a realidade do Reino de Deus no nosso tempo, em cada uma de nossas horas, fazendo deste Reino aquilo que dá ao tempo o seu sentido, sua finalidade última. A partir dessa hora, o Reino é revelado ao mundo e sua presença julga e transforma a história humana. E quando do momento mais solene da celebração litúrgica, nós recebemos um ramo das mãos do padre, nós renovamos nossa promessa a nosso Rei, e nós confessamos que o seu Reino é o único objetivo de nossa vida, a única coisa que dá um sentido a ela. Nós confessamos também que tudo, na nossa vida e no mundo, pertence ao Cristo, que nada pode ser subtraído ao único e exclusivo Mestre e que nenhum domínio de nossa existência escapa de seu império e de sua ação redentora. Enfim, nós proclamamos a universal e total responsabilidade da Igreja com relação à história da humanidade e nós afirmamos sua missão universal.

No entanto, nós sabemos, o Rei que os judeus aclamam hoje, e nós com eles, se encaminha para o Gólgota, para a cruz e para o túmulo. Nós sabemos que este breve triunfo é apenas o prólogo de seu sacrifício. Os ramos em nossas mãos significam, desde então, nosso ardor em segui-lo no caminho do sacrifício, nossa aceitação do sacrifício e nossa renúncia a nós mesmos, em que reconhecemos a única estrada real que conduz ao Reino.

E, finalmente, os ramos, essa celebração, proclamam nossa fé na vitória final do Cristo. Seu Reino ainda está oculto e o mundo o ignora. O mundo vive como se o acontecimento decisivo jamais tivesse ocorrido, como se Deus não tivesse morrido na cruz e como se, n’Ele, o homem não tivesse ressuscitado dentre os mortos. Mas nós, cristãos, cremos, na chegada desse Reino onde Deus será tudo em todos, e onde o Cristo aparecerá como o único Rei.

As celebrações litúrgicas nos relembram acontecimentos passados; mas todo o sentido e toda a virtude da liturgia consistem precisamente em transformar a lembrança em realidade. Neste Domingo de Ramos, a realidade em questão é a nossa própria implicação neste Reino de Deus, é nossa responsabilidade a seu respeito. O Cristo não entra mais em Jerusalém; Ele o fez de uma vez por todas. Ele não cuidou do "símbolo" e, certamente, não foi para que nós possamos perpetuamente "simbolizar" sua vida, que Ele morreu na cruz. O que Ele espera de nós, é um real acolhimento do Reino que Ele nos trouxe. . . e se nós não estivermos prontos a sermos totalmente fiéis ao juramento que renovamos a cada ano, o Domingo de Ramos, se de fato não estivermos decididos a fazer do Reino a base de toda nossa vida, então nossa celebração é vã, vãos e sem significado são os ramos que levamos da igreja para nossas casas.

Alexandre Schmémann e Olivier Clément
«O Mistério Pascal - Comentários Litúrgicos» 
Comemoração dos Santos Apóstolos dos Setenta, Herodião, Ágabo, Asíncreto, Rufo, Flegonte e Hermes 
Os Santos Herodião, Ágabo, Asíncreto, Rufo, Flegonte e Hermes estão entre os Setenta Apóstolos, escolhidos por Cristo e enviados por Ele para pregar o Evangelho. (Sinaxe dos Setenta Apóstolos: 4 de janeiro).
O Santo Apóstolo Herodião era parente de São Paulo, e seu companheiro de muitas viagens. Quando o Cristianismo se espalhou para a Península dos Balcãs, os Apóstolos Pedro e Paulo estabeleceram São Herodião como Bispo de Patara. São Herodião zelosamente pregou a Palavra de Deus e converteu muitos dos pagãos gregos e judeus ao cristianismo. Enfurecidos pela pregação do discípulo, os idólatras e judeus de comum acordo caíram sobre São Herodião, e o agrediram com paus e pedras. Um deles o feriu com uma faca, e o santo caiu. Mas quando os assassinos foram embora, o Senhor lhe restaurou dos ferimentos. Depois disso, São Herodião continuou a acompanhar o apóstolo Paulo por muitos anos ainda. Quando o Apóstolo Pedro foi crucificado (+ c. 67), São Herodião e Santo Olimpo foram decapitados pela espada na mesma época.

O Santo Apóstolo Ágabo tinha o dom da profecia. Ele previu (Atos 11: 27-28) a fome durante o reinado do imperador Cláudio (41-52), e predisse o sofrimento do apóstolo Paulo em Jerusalém (Atos 21:11). Santo Ágabo pregou em muitas terras, e converteu muitos pagãos ao Cristianismo. São Rufo, a quem o Santo Apóstolo Paulo menciona na Epístola aos Romanos (Rom. 16: 11-15), foi bispo da cidade grega de Tebas. Santo Asíncreto (Rom. 16:14) foi bispo em Hircânia (Ásia Menor). São Flegonte foi bispo na cidade de Maratona (Trácia). São Hermes foi bispo na Dalmácia (há um outro Apóstolo dos Setenta com nome de Hermas, que foi bispo na cidade de Trácia de Filipópolis). Todos estes discípulos, pelos seus serviços intrépido a Cristo, passaram por grandes e ferozes sofrimentos e receberam a digna coroa de um mártir.

Comemoração de São Celestino I, Papa de Roma

Foi papa da Igreja de Roma entre os anos 422 e 432. Nasceu em Roma e, depois de ter vivido vários anos em Milão, junto de Santo Ambrósio, foi eleito papa em 10 de setembro de 422, sucedendo São Bonifácio I (418-422). Enfrentou as doutrinas heréticas pelagianas que se haviam difundido, sobretudo na Gálias e na Britânia. Confiou a Cirilo de Alexandria a tarefa de renegar Nestório e conseguiu a condenação do nestorianismo, primeiramente no Sínodo de Roma (430). 
De acordo com Nestório, Jesus não era Deus quando nasceu e, portanto, Maria não era Mãe de Deus, mas apenas Mãe de Cristo. O Concílio de Éfeso, na Ásia Menor, entre os dias 22 de Junho a 31 de Julho, reconheceu e proclamou oficialmente a Maternidade Divina de Maria. Construiu a basílica de Santa Maria Maior, para comemorar a vitória no Concílio. Finalmente, a heresia nestoriana foi condenada. 
Enviou São Patrício à Irlanda e São Germano à Bretanha, e foi o primeiro Papa a enviar missionários para a Escócia. Foi o 43º sucessor no trono de Roma. Morreu em 27 de setembro, em Roma, e foi sucedido pelo Papa Sixto III (432-440), que edificou no monte Esquilino outro templo em honra de Nossa Senhora, com uma sólida e bem dimensionada estrutura, formosas colunas jônicas e três magníficas naves, que permanecem até hoje.

Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Atos 2:14-21   

14 Então Pedro, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja- vos isto notório, e escutai as minhas palavras. 15 Pois estes homens não estão embriagados, como vós pensais, visto que é apenas a terceira hora do dia. 16 Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: 17 E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, os vossos anciãos terão sonhos; 18 e sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão. 19 E mostrarei prodígios em cima no céu; e sinais embaixo na terra, sangue, fogo e vapor de fumaça. 20 O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. 21 e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 

Lucas 24:12-35 

12 Mas Pedro, levantando-se, correu ao sepulcro; e, abaixando-se, viu somente os panos de linho; e retirou-se, admirando consigo o que havia acontecido. 13 Nesse mesmo dia, iam dois deles para uma aldeia chamada Emaús, que distava de Jerusalém sessenta estádios; 14 e iam comentando entre si tudo aquilo que havia sucedido. 15 Enquanto assim comentavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou, e ia com eles; 16 mas os olhos deles estavam como que fechados, de sorte que não o reconheceram. 17 Então ele lhes perguntou: Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós? Eles então pararam tristes. 18 E um deles, chamado Cleópas, respondeu-lhe: És tu o único peregrino em Jerusalém que não soube das coisas que nela têm sucedido nestes dias? 19 Ao que ele lhes perguntou: Quais? Disseram-lhe: As que dizem respeito a Jesus, o nazareno, que foi profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo. 20 e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades e entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram. 21 Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de remir Israel; e, além de tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram. 22 Verdade é, também, que algumas mulheres do nosso meio nos encheram de espanto; pois foram de madrugada ao sepulcro 23 e, não achando o corpo dele voltaram, declarando que tinham tido uma visão de anjos que diziam estar ele vivo. 24 Além disso, alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito; a ele, porém, não o viram. 25 Então ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram! 26 Porventura não importa que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória? 27 E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. 28 Quando se aproximaram da aldeia para onde iam, ele fez como quem ia para mais longe. 29 Eles, porém, o constrangeram, dizendo: Fica conosco; porque é tarde, e já declinou o dia. E entrou para ficar com eles. 30 Estando com eles à mesa, tomou o pão e o abençoou; e, partindo-o, lho dava. 31 Abriram-se-lhes então os olhos, e o reconheceram; nisto ele desapareceu de diante deles. 32 E disseram um para o outro: Porventura não se nos abrasava o coração, quando pelo caminho nos falava, e quando nos abria as Escrituras?  33 E na mesma hora levantaram-se e voltaram para Jerusalém, e encontraram reunidos os onze e os que estavam com eles, 34 os quais diziam: Realmente o Senhor ressurgiu, e apareceu a Simão. 35 Então os dois contaram o que acontecera no caminho, e como se lhes fizera conhecer no partir do pão.

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COMENTÁRIO

ESEGUIR A CRISTO ESTÁ A NOSSA SALVAÇÃO”
São Clemente de Alexandria (Séc. III)

Batizados, somos iluminados; iluminados, recebemos a adoção filial; adotados, conduzidos à perfeição; aperfeiçoados, recebemos o dom da imortalidade. Diz a Escritura: Eu declaro: Sois deuses e todos filhos do Altíssimo. Esta operação (o batismo) recebe nomes diversos: graça, iluminação, perfeição, banho.

Banho, porque nele nos purificamos de nossos pecados; graça, porque nos são perdoadas as penas devidas pelos pecados; iluminação, a qual nos facilita a visão daquela santa e salvífica luz, isto é, que nos possibilita a contemplação de Deus; e chamamos perfeito ao que não carece de nada. Seria realmente absurdo chamar “graça de Deus” a uma graça que não seja perfeita e completa em todos os sentidos: aquele que é perfeito distribuirá normalmente dons perfeitos.

Se no plano da palavra bastou ordenar e tudo veio à existência, no plano da graça bastará que ele queira concedê-la para que essa graça seja plena. O que há de acontecer no futuro é antecipado graças ao poder de sua vontade. Acrescente-se a isto que a libertação dos males já é o começo da salvação. Nem pisamos direito os limiares da vida, e já somos perfeitos: e começamos a viver no mesmo instante em que somos subtraídos ao império da morte. Portanto, em seguir a Cristo está a nossa salvação. O que nele se fez, é vida. Eu vos asseguro, disse, quem escuta minha palavra e crê naquele que me enviou possui a vida eterna e não será condenado, porque passou da morte para a vida. Portanto, somente o fato de crer e de ser regenerado é a perfeição na vida, pois Deus jamais é deficiente.

Do mesmo modo que seu querer já é uma realidade, e uma realidade que chamamos mundo, da mesma forma seu projeto é a salvação dos homens, uma salvação que se chama Igreja. Ele conhece, pois, aos que chamou e salvou: porque os chamou e salvou ao mesmo tempo. Vós mesmos, diz o apóstolo, fostes instruídos por Deus. Na verdade, seria blasfemo considerar imperfeito o ensinamento do próprio Deus. E o que dele aprendemos é a eterna salvação do Salvador eterno: a ele a graça pelos séculos dos séculos. Amém. Alguém apenas está regenerado quando – como seu mesmo nome o indica – fica iluminado, quando é imediatamente libertado das trevas e é gratificado automaticamente com a luz.

Somos totalmente lavados de nossos pecados e, no mesmo instante, deixamos de ser maus. Esta é a graça singular da iluminação: nossa conduta não é a mesma que antes de descer às águas batismais. Mas como o conhecimento se origina ao mesmo tempo em que a iluminação, ilustrando a inteligência, e nós que éramos rudes e ignorantes, imediatamente fomos chamados discípulos, isto é devido a que a iniciação sobredita nos foi concedida previamente? Impossível precisar o momento.

O certo é que a catequese conduz à fé, e que a fé, no momento do santo batismo, é formada pelo Espírito Santo. Contudo, que a fé é o único e universal caminho de salvação da natureza humana, e que é um dom do Deus justo e filantropo para com todos igualmente, o expôs muito claramente Paulo, dizendo: Antes que chegasse a fé, estávamos prisioneiros, custodiados pela lei, à espera da fé que devia ser revelada. Assim, a lei foi nosso pedagogo, que nos conduziu a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Uma vez que a fé chegou, já não estamos submetidos ao pedagogo. Não acabais de ouvir que já não estamos sob a lei do temor, mas sim sob o Logos, que é o pedagogo do livre-arbítrio? Na continuação Paulo acrescenta uma expressão livre de qualquer tipo de parcialidade: Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Vós que fostes incorporados a Cristo pelo batismo, vos revestistes de Cristo. Já não há distinção entre judeus e gentios, escravos e livres, homens e mulheres, porque todos sois um só em Cristo Jesus.

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