segunda-feira, 4 de maio de 2020

3ª Segunda-feira da Páscoa

04 de Maio de 2020 (CC) / 21 de Abril (CE)
São Januário, bispo de Benevento
Tom 2






«Cristo ressuscitou dos mortos,
Pisoteando a morte com Sua morte,
E outorgando a vida
Aos que jaziam nos sepulcros!»



São Januário nasceu em Nápoles, no ano 270 d.C. Nada se sabe ao certo sobre os primeiros anos de sua vida. Em 302 foi ordenado sacerdote, e por sua piedade e virtude foi escolhido, pouco depois, para Bispo de Benevento. Sua caridade, infatigável zelo e solicitude pastoral desterraram de sua diocese a indigência, tendo ele socorrido a todos os necessitados e aflitos. Quando em 304, o Imperador Romano Diocleciano desencadeou em todo o Império cruel perseguição contra o Cristianismo, obrigando os fiéis a oferecer sacrifícios às divindades pagãs, Januário teve muitas ocasiões de manifestar o valor de seu zelo, socorrendo os cristãos, não só nos limites de sua diocese, mas em todas as cidades circunvizinhas. Penetrava nos cárceres, estimulando seus irmãos na fé e perseverança final, alcançando também, naquela ocasião, grande número de conversões. O êxito de seu apostolado não tardou a despertar atenção de Dracônio, Governador da Campânia, que o mandou prender. Diante do tribunal, São Januário foi reprovado pelo Pró-Cônsul Timóteo, que lhe apresentou a seguinte alternativa: «Ou ofereces incenso aos deuses, ou renuncias à vida». 
"Não posso imolar aos demônios, pois tenho a honra de sacrificar todos os dias ao verdadeiro Deus” – respondeu com vigor o santo, referindo-se à celebração eucarística. 
Irado, o pró-cônsul ordenou que o santo Bispo fosse lançado imediatamente numa fornalha ardente. Mas Deus quis renovar em favor de seu fiel servo o milagre dos três jovens israelitas, atirados também nas chamas, de que fala o Antigo Testamento. São Januário saiu desta prova do fogo ileso, para grande surpresa dos pagãos. O tirano, atribuindo o prodígio a artes mágicas, ordenou que São Januário e mais seis outros cristãos fossem conduzidos a Puzzoles, onde seriam lançados às feras na arena.  
No dia marcado para o suplicio, o povo lotou o anfiteatro da cidade. No centro da arena, São Januário encorajava os companheiros; e mal terminara de falar foram libertados leões, tigres e leopardos famintos, que correram em direção às vítimas. Mas, em lugar de despedaçá-las, prostraram-se diante do Bispo de Benevento e começaram a lamber-lhes os pés. Ouviu-se então um grande murmúrio no anfiteatro, que reconhecia não existir outro verdadeiro Deus senão o dos cristãos. Muitos pediram clemência. Mas o pró-cônsul, cego de ódio, mandou decapitar aqueles cristãos, sendo executada a ordem na praça Vulcânia. Os corpos dos mártires foram conduzidos pelos fiéis às suas respectivas cidades. Segundo relataram as crônicas, uma piedosa mulher recolheu em duas ampolas o sangue que escorria do corpo de São Januário, quando este era transportado para Benavento. Os restos mortais do Bispo mártir foram transladados para sua cidade natal — Nápoles — em 432. No ano 820 voltaram para Benavento. Em 1497 retornaram definitivamente para Nápoles, onde repousam até hoje, em majestosa Catedral gótica.


Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Atos 6:8-7:5, 47-60

8 Ora, Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. 9 Levantaram-se, porém, alguns que eram da sinagoga chamada dos libertos, dos cireneus, dos alexandrinos, dos da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão; 10 e não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava. 11 Então subornaram uns homens para que dissessem: Temo-lo ouvido proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. 12 Assim excitaram o povo, os anciãos, e os escribas; e investindo contra ele, o arrebataram e o levaram ao sinédrio; 13 e apresentaram falsas testemunhas que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras contra este santo lugar e contra a lei; 14 porque nós o temos ouvido dizer que esse Jesus, o nazareno, há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos transmitiu. 15 Então todos os que estavam assentados no sinédrio, fitando os olhos nele, viram o seu rosto como de um anjo. 1 E disse o sumo sacerdote: Porventura são assim estas coisas? 2 Estêvão respondeu: Irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando ele na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, 3 e disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar. 4 Então saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. Dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que vós agora habitais. 5 E não lhe deu nela herança, nem sequer o espaço de um pé; mas prometeu que lha daria em possessão, e depois dele à sua descendência, não tendo ele ainda filho. 47 Entretanto foi Salomão quem lhe edificou uma casa; 48 mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: 49 O céu é meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés. Que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual o lugar do meu repouso? 50 Não fez, porventura, a minha mão todas estas coisas? 51 Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; como o fizeram os vossos pais, assim também vós. 52 A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que dantes anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e homicidas, 53 vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes. 54 Ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra Estêvão. 55 Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus, 56 e disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem em pé à direita de Deus. 57 Então eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele 58 e, lançando-o fora da cidade o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um mancebo chamado Saulo. 59 Apedrejavam, pois, a Estêvão que orando, dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. 60 E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu. E Saulo consentia na sua morte.

João 4:46-54

46 Foi, então, outra vez a Caná da Galileia, onde da água fizera vinho. Ora, havia um oficial do rei, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. 47 Quando ele soube que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galileia, foi ter com ele, e lhe rogou que descesse e lhe curasse o filho; pois estava à morte. 48 Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e prodígios, de modo algum crereis. 49 Rogou-lhe o oficial: Senhor, desce antes que meu filho morra. 50 Respondeu-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe dissera, e partiu. 51 Quando ele já ia descendo, saíram-lhe ao encontro os seus servos, e lhe disseram que seu filho vivia. 52 Perguntou-lhes, pois, a que hora começara a melhorar; ao que lhe disseram: Ontem à hora sétima a febre o deixou. 53 Reconheceu, pois, o pai ser aquela hora a mesma em que Jesus lhe dissera: O teu filho vive; e creu ele e toda a sua casa. 54 Foi esta a segunda vez que Jesus, ao voltar da Judéia para a Galileia, ali operou sinal.

† † †

Nenhum comentário:

Postar um comentário