17 de Dezembro de
2012 (CC) 04 de Dezembro (CE)
S. Bárbara, megalomártir († 306) S. João Damasceno, mon. († 749).
Hebreus
3:5-11, 17-19
5 Moisés, na verdade, foi fiel em toda a
casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de
anunciar; 6 mas Cristo o é como Filho sobre a casa de Deus; a qual
casa somos nós, se tão-somente conservarmos firmes até o fim a nossa confiança
e a glória da esperança. 7 Pelo que, como diz o Espírito Santo: Hoje,
se ouvirdes a sua voz, 8 não endureçais os vossos corações, como
na provocação, no dia da tentação no deserto, 9 onde vossos pais
me tentaram, pondo-me à prova, e viram por quarenta anos as minhas obras.
10 Por isto me indignei contra essa geração, e disse: Estes sempre erram
em seu coração, e não chegaram a conhecer os meus caminhos. 11
Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. 17 E
contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura contra os que
pecaram, cujos corpos caíram no deserto? 18 E a quem jurou que não
entrariam no seu descanso, senão aos que foram desobedientes? 19 E
vemos que não puderam entrar por causa da incredulidade.
Lucas 20:27-44
27 Chegaram então alguns dos saduceus, que
dizem não haver ressurreição, e perguntaram-lhe: 28 Mestre, Moisés
nos deixou escrito que se morrer alguém, tendo mulher mas não tendo filhos, o
irmão dele case com a viúva, e suscite descendência ao irmão. 29
Havia, pois, sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem filhos;
30 então o segundo, e depois o terceiro, casaram com a viúva; 31 e
assim todos os sete, e morreram, sem deixar filhos. 32 Depois
morreu também a mulher. 33 Portanto, na ressurreição, de qual
deles será ela esposa, pois os sete por esposa a tiveram? 34
Respondeu-lhes Jesus: Os filhos deste mundo casaram-se e dão-se em
casamento; 35 mas os que são julgados dignos de alcançar o mundo
vindouro, e a ressurreição dentre os mortos, nem se casam nem se dão em
casamento; 36 porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos
anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição. 37 Mas
que os mortos hão de ressurgir, o próprio Moisés o mostrou, na passagem a
respeito da sarça, quando chama ao Senhor; Deus de Abraão, e Deus de Isaque, e
Deus de Jacó. 38 Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos;
porque para ele todos vivem. 39 Responderam alguns dos escribas:
Mestre, disseste bem. 40 Não ousavam, pois, perguntar-lhe mais
coisa alguma. 41 Jesus, porém, lhes perguntou: Como dizem que o
Cristo é filho de Davi? 42 Pois o próprio Davi diz no livro dos
Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita,
43 até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. 44
Logo Davi lhe chama Senhor como, pois, é ele seu filho?
Santa Bárbara,
Megalomartir
Este seguidor
gloriosa de Cristo foi prometida em casamento a Cristo desde a infância.
Dióscoro seu pai era um pagão e era famoso por sua posição e riqueza na cidade
de Heliópolis, no Egito. Dióscoro trancou sua única filha, Barbara - brilhante
em mente e detentora de um belíssimo rosto - no alto de uma torre. Cercou-a com
todo o conforto, deu-lhe servas, ergueu ídolos para o culto, e construiu-lhe um
quarto de banho com duas janelas. Olhando pela janela para a terra abaixo e os
céus estrelados acima, a mente de Bárbara foi aberta pela graça de Deus. Ela
reconheceu o Único e Verdadeiro Deus, o Criador, apesar de ninguém lhe ter
transmitido tal conhecimento.
Uma vez,
enquanto seu pai estava fora da cidade, Bárbara desceu da torre e, de acordo
com a providência de Deus, reuniu-se a algumas mulheres cristãs que revelaram a
verdadeira fé de Cristo para ela. O seu coração tornou-se inflamado de amor por
Cristo, o Senhor. Bárbara ordenou que uma terceira janela fosse aberta no banho
para que janelas representassem assim a Santíssima Trindade. Em uma parede ela
traçou uma cruz com o dedo, e a Cruz ficou profundamente gravada na pedra como
se cortada por um cinzel. Uma piscina de água brotou de suas pegadas no chão na
casa de banho, a qual mais tarde viria a curar muitas doenças.
Revoltado com
a Fé da filha, Dióscoro a espancou severamente e a levou da torre. Ele a
perseguiu, a fim de matá-la, mas um precipício se abriu e escondeu Barbara de
seu brutal pai. Quando Bárbara apareceu
novamente, seu pai a levou para Marciano, o magistrado, que a entregou para a
tortura. Bárbara apanhou tão intensamente que seu corpo inteiro estava coberto
de sangue e feridas, mas o próprio Senhor lhe apareceu na prisão com os seus
anjos e a curou.
Certa mulher,
Juliana, ao ver esse martírio, desejou também para si mesma este destino. Ambas
as mulheres foram severamente torturadas e com zombaria foram levadas pela
cidade. Seus seios foram cortados e muito sangue fluiu a partir deles. Elas
foram finalmente levadas ao local da execução foram mortas pelos soldados.
Nesse mesmo dia, um raio atingiu a casa de Dióscoro, matando a ele e Marciano.
Santa Bárbara
padeceu no ano de 306. Suas relíquias milagrosas repousam em Kiev.
Glorificada
no Reino de Cristo, Bárbara já apareceu
muitas vezes, até mesmo em nossos dias, às vezes sozinha e às vezes na
companhia da Santíssima Mãe de Deus.
São João
Damasceno
João foi o
primeiro ministro-chefe do califa Abdul-Malik e mais tarde um monge no Mosteiro
de São Savas. Por causa de sua defesa ardente da veneração dos ícones durante o
reinado do imperador iconoclasta Leão, o Isauriano, João foi caluniado pelo
imperador perante o califa, que cortou a sua mão direita. João caiu em oração
diante do ícone da Santíssima Theotokos, e sua mão foi reposta e milagrosamente
curada. Vendo este milagre o Califa se arrependeu, mas João já não desejava permanecer
com ele como um nobre. Em vez disso, se retirou para um mosteiro, onde, desde o
início, tornou-se um modelo para os monges, em obediência, humildade e todas as
regras prescritas de ascetismo monástico.
João compôs
hinos fúnebres e compilou o Octoechos (O Livro de oito tons), o Irmologion,
o Menologion e o Canon pascal. Ele também escreveu muitas obras teológicas de grande
inspiração e profundidade. Um grande monge, hinólogo, teólogo, e um verdadeiro
soldado da verdade de Cristo. Damasceno é contado entre os grandes Padres da
Igreja. Ele entrou pacificamente no descanso do Senhor por volta do ano 776,
com a idade de 104 anos.
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