quinta-feira, 18 de junho de 2015

3ª Quinta-feira Depois de Pentecoste

18 de Junho de 2015 (CC) / 05 de Junho (CE)
São Doroteo de Tiro, Mártir
Jejum dos Apóstolos (peixe, azeite e vinho permitidos)
Modo 1





O Mártir São Doroteo era um sacerdote de Tiro, depois foi o bispo daquela diocese. Durante o reinado de Diocleciano, após ter sofrido todos os tipos de perseguição por causa da fé, foi, por fim, banido de sua cidade natal. Uma tréqua no rigor da perseguição lhe permitiu voltar ao seio de seu rebanho e assistir o Concílio de Niceia, em 325. Mas, enquanto Juliano, o apóstata, ocupou o trono, a perseguição foi retomada, e Doroteo teve de novo de fugir e refugiar-se, desta vez, em Odissópolis na Trácia. No entanto, até lá seus perseguidores lhe encontraram, prenderam-no e foi espancado tão brutalmente que veio a morrer em consequência dos ferimentos que lhe causaram os golpes. Diz-se que nesta época já estava com idade de 107 anos.

Tropárion da Ressurreição
Apesar da pedra do túmulo ter sido selada pelos judeus,/ e o Teu puríssimo Corpo guardado pelos soldados,/ Tu ressuscitaste ao terceiro dia, ó Salvador nosso,/ dando a vida ao mundo./ Por isso, ó Autor da Vida,/ os Poderes Celestes Te aclamaram, dizendo:/ “Glória à Tua Ressurreição, ó Cristo!/ Glória à Tua Realeza!// Glória à Tua Providência, ó Amigo do homem.

Kondákion da Ressurreição
Como Deus, Tu ressuscitaste gloriosamente do túmulo,/ ressuscitando o mundo Contigo;/ a natureza humana Te canta como Deus,/ pois a morte foi dissipada./ Adão rejubila, Mestre;/ e Eva, doravante liberta das suas cadeias, proclama na alegria:// Ó Cristo, Tu És Aquele que concede a todos os homens a ressurreição!

Prokímenon

Seja a tua misericórdia, Senhor, sobre nós,
como em ti esperamos. (Sl.33,22)

Regozijai-vos no Senhor, vós, justos, 
pois aos retos convém o louvor.

Romanos 8:22-27

22 Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora; 23 e não só ela, mas até nós, que temos os primeiros frutos do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando avidamente a nossa adoção, a redenção do nosso corpo. 24 Porque nesta esperança fomos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? 25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos. 26 Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda em nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. 27 E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do Espírito, o qual, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos.
† (8:24) No Reino de Cristo, a esperança é muito mais do que uma projeção otimista; ela está assentada sobre uma profunda convicção dos acontecimentos futuros, uma certeza tal que nos capacita a suportar com paciência os sofrimentos do presente, antevendo o gozo futuro. 
† (8:26) Nós, os crentes, não sabemos como orar de forma eficaz. O Espírito vem em nossas orações corrigir nossas debilidades, ensinando-nos como orar e intercedendo diretamente por nós quando nossas orações são inadequadas. Os Santos Padres identificam três fases da oração: 1. A simples repetição de orações prontas (rezas); 2. A do uso de rezas, mas com concentração e assimilação dos seus conteúdos e; 3. A oração sem palavras, quando se está cheio do Espírito Santo, onde as percepções da qual a alma partilha, não podem ser expressadas por palavras. Esta é a mais alta forma de oração.
  
ALELUIA

Aleluia, aleluia, aleluia!

É Deus Quem me reveste de fortaleza,
E Quem atrai os povos para Mim.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Ele fortalece a Davi, Seu ungido,
E à sua descendência para sempre.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Mateus 10:23-31

23 Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem. 24 Não é o discípulo mais do que o seu mestre, nem o servo mais do que o seu senhor. 25 Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos? 26 Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de ser descoberto, nem oculto que não haja de ser conhecido. 27 O que vos digo às escuras, dizei-o às claras; e o que escutais ao ouvido, dos eirados pregai-o. 28 E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer na Gehenna tanto a alma como o corpo. 29 Não se vendem dois passarinhos por um asse? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. 30 E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. 31 Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.
† (10:23) Oposições e perseguições não devem servir de motivos para que os discípulos deixem de realizar a missão, e, sim, devem se constituir em motivações para se avançar. A expressão "não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem", não deve ser entendida como sendo uma referência à segunda vinda de Cristo, mas, possivelmente, se refere à destruição no ano 70, quando as tropas romanas devastaram as cidades de Israel e destruiu completamente o Templo de Jerusalém, a qual é entendida como juízo Divino sobre Israel por haver rejeitado o Messias. E isto se deu de forma repentina, sem que a missão entre os judeus estivesse concluída, devido à forte oposição e perseguição do Sinédrio à Igreja.  
† (10:26) "Não temas", é repetido por três vezes (v. 26, 27 e 31), visando encorajar o testemunho do Evangelho frente às adversidades. Os cristãos, tanto naquela época como hoje, não devem se deixar intimidar por oposições ou perseguições, em sua missão de ensinar o Evangelho.  
† (10:28) Na história judaica, a palavra "gehenna" é utilizada para designar o Vale de Hinom, local que abrigava práticas religiosas condenadas (2 Cr 28:3; Jer. 39:35) e, mais tarde, tornou-se um "lixão" na periferia de Jerusalém, onde a combustão era frequente. Devido à essas associes, "gehenna" adquiriu a conotação de castigo eterno após a morte.




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