quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

32ª Quarta-feira Depois de Pentecostes

10 de Janeiro de 2018 (CC) 28 de Dezembro de 2017 (CE)
PÓS-FESTA DA NATIVIDADE
32ª Quarta-feira Depois de Pentecostes
Ss. 20.000 Mártires de Nicomédia († 303);
Venerável Simão, o Exalador de Mirra; Nicanor, Apóstolo dos 70
Modo 6



No século VI, quando governava Diocleciano e Máximos, havia muitos cristãos na cidade de Nicomédia. O bispo da cidade era Antimos, homem digno  que incansavelmente, noite e dia, rezava pelas almas dos fiéis. Este número expressivo de cristãos  fez aumentar a inveja dos idólatras que desejavam eliminar as igrejas cristãs, principalmente as maiores e as centrais da cidade.  
Planejaram então na festa da Natividade fazer uma matança de cristãos. Os cristãos como nada sabiam, reuniram-se para celebrar o Nascimento de Cristo, normalmente. O bispo Antimos, ao saber que estavam rodeados por um exército e idólatras armados, ordenou que se celebrasse rapidamente o Sacramento da Eucaristia. Batizou os catecúmenos para lhes assegurar a salvação. Os idólatras atearam fogo na Igreja onde morreram cerca de 20.000 cristãos. Este trágico fato, no entanto, não diminuiu o número de membros da Igreja, pelo contrário, mais pessoas abraçaram a fé. Esta situação recorda as palavras de Jesus Cristo que disse: 
«Edificarei a minha igrejas e as portas do inferno não prevalecerão contra ela» (Mt 16,18).  
Venerável Simão, o Exalador de Mirra  
Simão foi o fundador do Mosteiro Simonospetra na Montanha Sagrada. Ele foi glorificado por causa de seu ascetismo, visões e milagres, e entrou pacificamente no descanso de Cristo no ano 1257. 

 
Oração Antes de Ler as Escrituras  
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Tiago 3:11-4:6

11 Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa? 12 Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos? Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce. 13 Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria. 14 Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. 15 Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. 16 Porque onde há ciúme e sentimento faccioso, aí há confusão e toda obra má. 17 Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. 18 Ora, o fruto da justiça semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz. 1 Donde vêm as guerras e contendas entre vós? Porventura não vêm disto, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? 2 Cobiçais e nada tendes; logo matais. Invejais, e não podeis alcançar; logo combateis e fazeis guerras. Nada tendes, porque não pedis. 3 Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. 4 Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. 5 Ou pensais que em vão diz a escritura: O Espírito que ele fez habitar em nós anseia por nós até o ciúme? 6 Todavia, dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos; dá, porém, graça aos humildes.  

Marcos 11:23-26

23 Em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar; e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, assim lhe será feito. 24 Por isso vos digo que tudo o que pedirdes em oração, crede que o recebereis, e tê-lo-eis. 25 Quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que também vosso Pai que está no céu, vos perdoe as vossas ofensas. 26 [Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está no céu, não vos perdoará as vossas ofensas.]

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COMENTÁRIO

A narrativa de São Marcos visa transmitir o ensino de Cristo sobre o poder da fé, mediada por um coração puro e justo. Os verdadeiros milagres não têm por finalidade o exibicionismo, alimentar a vaidade e orgulho daquele que ora, fazendo-o santo e poderoso aos olhos dos homens. Para lançar os montes no mar, é preciso antes fazer naufragar a fortaleza do ego no mar da justiça e da misericórdia. O demônio tem levantado muitos falsos profetas que operam abundantemente sinais e prodígios da mentira com o intuito de fazer tropeçar os homens (mas ainda não vimos nenhum deles transportar sequer uma duna, quanto mais uma montanha).

A oração de um coração justo para consigo (posto que reconhece seus pecados) e para com o próximo (pois transmite para o semelhante a mesma misericórdia com que Deus lhe trata), eleva aquele que ora à plena comunhão com Deus, o Qual jamais recusará suas petições.

Os santos dão testemunho desta realidade e demonstraram tal dimensão justa da alma. Abraão não levou em conta a avareza de Ló, provendo-lhe socorro quando dele precisara em sua escravidão. José não guardou ressentimento dos seus irmãos assassinos e mercadores. Moisés não levou em consideração a afronta dos seus contemporâneos, preferindo ser anátema com eles do que se salvar sem eles. Paulo também demonstra essa mesma predisposição. Estêvão, o primeiro mártir da Igreja, suplica a Deus o perdão para seus algozes e João se recusa usar o seu poder apostólico para destruir os que se lhe opõem. Assim, São Tiago mostra em sua epístola a causa da oração inoperante: uma alma dobre.

Temos, pois, a nos rodear uma tão grande nuvem de testemunhas que nos atestam do poder de Deus operando em suas almas justas.

Pe. Mateus (Antonio Eça)

ORAÇÃO

SENHOR, o meu coração não é soberbo e nem altivos os meus olhos; não me exercito em grandes matérias, nem em coisas muito elevadas  para mim. Certamente que me tenho portado e sossegado como uma criança desmamada de sua mãe; a minha alma está como uma criança desmamada. Senhor, quem há que possa discernir os seus pecados? Perdoa a minha ignorância. Também da soberba guarda o teu servo, para que ela não domine sobre mim. Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão. Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, Rocha minha e Redentor meu!

Salmo 130:1,2; 18:12-14 (131;1,2; 19:12-14)


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