sábado, 24 de março de 2018

5º Sábado da Grande Quaresma

24 de Março de 2018 (CC) / 11 de Março (CE)
São Sofrônio, Patriarca de Jerusalém (†38)
Modo 8



Nascido em Damasco, Sofrônio dedicava-se tão intensamente aos estudos que por pouco não perdeu a visão. Aprofundou-se de tal modo na filosofia grega que recebeu o sobrenome de «o Sofista»  Com seu amigo, o célebre ermitão João Mosco, viajou pela Síria, Ásia Menor e Egito, onde recebeu as vestes monásticas no ano 580. Seu amigos o acompanharam, vivendo em comunidade com ele por vários anos na «Lavra» de São Savas e no monastério de São Teodósio, localizado próximo a Jerusalém. Seu desejo de santidade, mortificação, o levou a visitar os famosos ermitãos do Egito. 
Depois, com seus amigos, foi a Alexandria, onde o Patriarca São João, o Esmoleiro, lhes pediu que ficassem por dois anos em sua diocese para auxiliá-lo na reforma e combate às heresias. Foi lá que João Mosco escreveu sua obra «Prado Espiritual» que a dedicou a São Sofrônio. João faleceu no ano 620, em Roma, para onde havia viajado em peregrinação. Sofrônio retornou à Palestina e foi eleito Patriarca de Jerusalém, por sua sabedoria, piedade e ortodoxia de sua fé. Tomando posse da Sé de Jerusalém, convocou um sínodo dos bispos do Patriarcado para condenar a heresia monotelita e escreveu uma carta sinodal na que expunha e defendia a doutrina ortodoxa. Esta carta foi, posteriormente, ratificada pelo Sexto Concílio Ecumênico, chegando às mãos do Papa Honório e do Patriarca Sérgio de Constantinopla que havia aconselhado ao Papa que escrevesse em termos evasivos acerca da questão das duas vontades de Nosso Senhor Jesus Cristo. 
Ao que parece, Honório não se pronunciou nunca sobre o problema; seu silêncio deu a impressão de que o Papa estava de acordo com os hereges. Sofrônio, percebendo que o imperador e muitos prelados do Oriente atacavam a verdadeira doutrina, sentiu-se chamado a defendê-la com maior zelo que nunca. Levou consigo Estêvão, bispo de dor, ao Monte Calvário, e lá jurou pela Crucifixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e pelas contas que deveria prestar a Deus no Dia do Juízo de «ir à Sé Apostólica, base de toda doutrina revelada, e importunar ao Papa até que se decidisse a examinar e condenar a nova doutrina». Estêvão obedeceu e permaneceu em Roma por dez anos, até que o Papa São Martim I condenou a heresia monotelita no Concílio de Latrão, no ano 649. Logo São Sofrônio teve de enfrentar-se com outras dificuldades. Os sarracenos indiram a Síria e a Palestina; Damasco havia caído em seu poder em 636; e Jerusalém em 638. O santo Patriarca fez o quanto pode para consolar e ajudar sua grei, arriscando para isso sua própria vida. Quando os muçulmanos sitiaram a cidade, São Sofrônio teve de pregar em Jerusalém seu sermão da Natividade já que lhe foi impossível ir a Belém naquelas circunstâncias. O santo fugiu depois da queda da cidade e, segundo parece, morreu pouco tempo depois, provavelmente em Alexandria.


Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!

Hebreus 9:24-28

24 Pois Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; 25 nem também para se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote de ano em ano entra no santo lugar com sangue alheio; 26 doutra forma, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas agora, na consumação dos séculos, uma vez por todas se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. 27 E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo, 28 assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.

Marcos 8:27-31

27 E saiu Jesus com os seus discípulos para as aldeias de Cesárea de Filipe, e no caminho interrogou os discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que eu sou? 28 Responderam-lhe eles: Uns dizem: João, o Batista; outros: Elias; e ainda outros: Algum dos profetas. 29 Então lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo. 30 E ordenou-lhes Jesus que a ninguém dissessem aquilo a respeito dele. 31 Começou então a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem padecesse muitas coisas, que fosse rejeitado pelos anciãos e principais sacerdotes e pelos escribas, que fosse morto, e que depois de três dias ressurgisse.

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