terça-feira, 11 de outubro de 2022

18ª Terça-feira Depois de Pentecostes

11 de Outubro de 2022 (CC) / 28 de Setembro (CE)
Ss. Caritão, o Confessor († 350); Profeta Baruc e Neófito de Chipre
Tom 8


São Caritão nasceu em Icônio, uma antiga cidade do sul da província romana da Galácia, durante o reinado de Aureliano (270 -275). Ele foi preso, torturado e condenado à morte por causa de sua fé cristã, mas finalmente foi libertado por um edito imperial. Mais tarde, mudou-se para a Palestina, onde passou a viver uma vida ascética. 

O santo converteu muitos judeus e pagãos à fé cristã. Tendo vivido durante muitos anos no deserto de Jed, estabeleceu vários mosteiros em toda aquela região, descansando em paz quando já contava com uma avançada idade.  

Comemoração do Santo Profeta Baruch  

O Santo Profeta Baruch foi um inseparável companheiro, discípulo, amigo e escriba do grande Profeta Jeremias (Comemorado em 1 de Maio). Ele escreveu um livro contendo suas palavras proféticas, para ser lido em público no Templo de Jerusalém. Assim como seu Mestre, São Baruch gravemente lamentou a destruição de Jerusalém por Nabucodonosor; ensinou e censurou os judeus, e por eles foi afligido e padeceu vexame. Baruch testemunhou como mataram o Santo Profeta Jeremias apedrejando-o, assim como também tomou o seu corpo e o sepultou.  
Após o martírio do Profeta Jeremias, São Baruch viveu um curto tempo e morreu no Egito, no século VI antes do nascimento de Cristo. O Santo Profeta Baruch profetizou sobre o retorno dos judeus do cativeiro babilônico e sobre a desolação de Babilônia. Ele claramente vaticinou sobre a vinda ao mundo do Filho de Deus, que iria «morar com a humanidade». Sua profecia tem início com as seguintes palavras: 
«Este é o nosso Deus, e ninguém a Ele se compara» (Bar. 3: 36-38, 4: 1-5).  
O livro do profeta Baruch é anexo ao livro do Profeta Jeremias. Na véspera da Natividade de Cristo a partir dele são lidas as «paroemi» (leituras do Antigo Testamento), expressa como a profecia de Jeremias.


Oração Antes de Ler as Escrituras
Faz brilhar em nossos corações a Luz do Teu divino conhecimento, ó Senhor e Amigo do homem; e abre os olhos da nossa inteligência para que possamos compreender a mensagem do Teu Santo Evangelho. Inspira-nos o temor aos Teus Santos mandamentos, a fim de que, vencendo em nós os desejos do corpo, vivamos segundo o espírito, orientando todos os nossos atos segundo a Tua vontade; pois Tu És a Luz das nossas almas e dos nossos corpos, ó Cristo nosso Deus e nós Te glorificamos a Ti e ao Teu Pai Eterno e ao Espírito Santo, Bom e Vivificante, eternamente, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém! 

Efésios 5:20-26

20 sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, 21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo. 22 Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; 23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo. 24 Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos. 25 Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, 26 a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra...

Lucas 5:12-16

E aconteceu que, quando estava numa daquelas cidades, eis que um homem cheio de lepra, vendo a Jesus, prostrou-se sobre o rosto, e rogou-lhe, dizendo: Senhor, se quiseres, bem podes limpar-me. E ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, sê limpo. E logo a lepra desapareceu dele. E ordenou-lhe que a ninguém o dissesse. Mas vai, disse, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua purificação, o que Moisés determinou para que lhes sirva de testemunho. A sua fama, porém, se propagava ainda mais, e ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades. Ele, porém, retirava-se para os desertos, e ali orava.

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ENSINO DOS SANTOS PADRES


Jesus não disse simplesmente: «Quero, fica purificado.» Fez mais e melhor: «Estendeu a mão e tocou-lhe.» 

Este é um fato digno de atenção. Dado que podia curá-lo por um ato da sua vontade e pela palavra; por que lhe tocou com a mão? Pela única razão de mostrar, quero crer, que não era inferior, mas, superior à Lei; e também para mostrar que, dali em diante, nada é impuro para quem é puro [...]. A mão de Jesus não ficou impura no contato com o leproso; ao invés, o corpo do leproso ficou purificado pela santidade dEssa mão. 

Cristo veio não apenas para curar os corpos, mas para elevar as almas à santidade. Ele ensina-nos aqui a cuidarmos da nossa alma, a purificá-la, sem nos preocuparmos com abluções exteriores. A única lepra a temer é a da alma, isto é, o pecado [...] 

Quanto a nós, devemos dar continuamente a Deus ações de graças. Agradeçamos-Lhe não apenas pelos bens que nos concedeu, mas ainda pelos que concedeu aos outros: poderemos assim destruir a inveja, manter e fazer crescer o nosso amor ao próximo [...]." 

São João Crisóstomo, Patriarca de Constantinopla

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Tendo vindo até junto de nós, Cristo encontrou o que nós temos em abundância: penas, dores e a morte. Eis o que tu tens, eis o que entre nós existe em abundância. Ele comeu contigo o que se encontrava em abundância na pobre casa da tua infelicidade. Ele bebeu vinagre, ele provou fel (Jo 19, 29) – tudo quanto encontrou na tua pobre casa.  

Mas convidou-te para a Sua mesa magnífica, para a Sua mesa do céu, para a Sua mesa dos anjos, onde Ele mesmo é o pão (Jo 6, 34). Descendo até ti, e encontrando a infelicidade na tua pobre casa, não desdenhou de Se sentar à tua mesa, tal como era, e prometeu-te a Sua. [...] Assumiu a tua infelicidade, para te dar a Sua felicidade. Sim, te dará: Ele prometeu-nos a Sua vida. E aquilo que realizou é ainda mais incrível: deu-nos em penhor a sua própria morte. 

É como se nos tivesse dito: 

«Convido-vos para a Minha vida, onde ninguém morre, onde se encontra a verdadeira felicidade, onde o alimento não se corrompe, mas restaura, onde nunca falta e tudo preenche. Vede para onde vos convido. Para o país dos anjos, para a amizade do Pai e do Espírito Santo, para uma refeição eterna, para a Minha amizade fraterna. Enfim, convido-vos para Mim mesmo, convido-vos para a Minha própria vida. Não quereis acreditar que vos darei a Minha vida? Tendes a Minha morte como testemunho.»

S. Serafim de Sarov (1759-1833; Conversação com Motovilov

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