segunda-feira, 24 de setembro de 2012

17ª Segunda-feira Depois de Pentecostes


24 de Setembro de 2012 (CC) / 11 de Setembro (CE)
S. Teodora de Alexandria, mon. († 480).


Efésios 1:22-2:3

     22 e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja,    23 que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas.    1 Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,    2 nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de desobediência,    3 entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais.   

Marcos 10:46-52

     46 Depois chegaram a Jericó. E, ao sair ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, estava sentado junto do caminho um mendigo cego, Bartimeu filho de Timeu.    47 Este, quando ouviu que era Jesus, o nazareno, começou a clamar, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!    48 E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem compaixão de mim.    49 Parou, pois, Jesus e disse: Chamai-o. E chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama.    50 Nisto, lançando de si a sua capa, de um salto se levantou e foi ter com Jesus.    51 Perguntou-lhe o cego: Que queres que te faça? Respondeu-lhe o cego: Mestre, que eu veja.    52 Disse-lhe Jesus: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente recuperou a vista, e foi seguindo pelo caminho.  



COMENTÁRIO

O cego Bartimeu era um homem que vivia a pedir esmolas na periferia da cidade de Jericó e que recebeu a graça de ser curado de sua cegueira e de abandonar sua vida de mendicância, livrando- se de todas as vicissitudes e estigmas que eram próprias à sua deficiência física e condição social.

Bartimeu é, portanto, nas páginas das Sagradas Escrituras, o modelo do homem que pela Graça de Deus, deixa a escuridão da alma e alcança a libertação.

No, entanto, esta Graça que lhe alcança, não é uma magia e nem tão pouco sorte que o acaso lhe proporcionou. Bartimeu é o homem que pratica a escuta. As Santas Escrituras dizem que a fé vem pelo ouvir, e ouvir a palavra de Deus.

O mendigo Bartimeu não podia ver Cristo, mas certamente ouvira falar do Profeta da Galileia que operava maravilhas e que deveria ser o Cristo prometido na Lei, nos Salmos e nos Profetas. Este homem cultivava em meio à sua miséria um tesouro que não pode se desvalorizar e nem ser corroído pelo tempo: a fé na infinita misericórdia de Deus e nas Suas ricas promessas. Todos que cultivam a fé na alma percebem os movimentos de Deus e identificam as oportunidades quando a Graça os visita. Estar atento é condição e característica dos que cultivam em verdade a fé. Assim, Bartimeu identifica a presença de Deus e o tempo oportuno.

O grito do cego não pode ser outro: “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim”.

Ante à sua insistente súplica, Cristo lhe pergunta: “Que queres que te faça”.

Perguntar a um cego isto, parece não perceber o óbvio. No entanto, querer ficar curado de uma limitação não é óbvio. Os ganhos secundários que uma limitação nos dá pode nos levar a de fato não querermos ficar livre desta limitação, mas apenas do seu incômodo. A cegueira de Bartimeu fazia com que ele fosse dispensado de trabalhar, do serviço militar, o tornava objeto de cuidados e socorro das pessoas piedosas, etc.

Por isto Cristo pergunta: “Que queres que te faça”.

As curas ou superações das nossas necessidades passa pelo nosso verdadeiro desejo desta graça.

A verdadeira oração é aquela que busca nos tirar das nossas trevas e para enxergar à luz.

“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua Justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas”.


ORAÇÃO

Abre, Senhor, os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da Tua lei.
Salmo 118(119):18

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