quarta-feira, 26 de setembro de 2012

17ª Quarta-feira Depois de Pentecostes


26 de Setembro de 2012 (CC) / 13 de Setembro (CE)
Pré festa da Exaltação da Santa Cruz 
Dedicação da Basílica da Ressurreição em Jerusalém († 335) 
S. Cornélio Centurião, mártir († séc. I).


Efésios 3:8-21

     8 A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar aos gentios as riquezas inescrutáveis de Cristo,    9 e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou,    10 para que agora seja manifestada, por meio da igreja, aos principados e potestades nas regiões celestes,    11 segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor,    12 no qual temos ousadia e acesso em confiança, pela nossa fé nele.    13 Portanto vos peço que não desfaleçais diante das minhas tribulações por vós, as quais são a vossa glória.    14 Por esta razão dobro os meus joelhos perante o Pai,    15 do qual toda família nos céus e na terra toma o nome,    16 para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior;    17 que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor,    18 possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade,    19 e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus.    20 Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,    21 a esse seja glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém.   

Marcos 11:23-26

     23 Em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar; e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, assim lhe será feito.    24 Por isso vos digo que tudo o que pedirdes em oração, crede que o recebereis, e tê-lo-eis.    25 Quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que também vosso Pai que está no céu, vos perdoe as vossas ofensas.    26 [Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está no céu, não vos perdoará as vossas ofensas.]



A Consagração da Igreja da Ressurreição de Cristo

Quando a santa Imperatriz Helena encontrou a cruz de nosso Senhor em Jerusalém, permaneceu por algum tempo na Cidade Santa, e construiu igrejas no Getsêmani e Belém, e no Monte das Oliveiras, assim como nos outros lugares de destaque na vida e na obra do Senhor Jesus Cristo. No Gólgota, onde encontrou a Cruz Honrosa, Helena começou a construção de uma igreja enorme. A igreja foi concebida para abranger o Lugar da Caveira, onde o Senhor foi crucificado, bem como o local onde ele foi sepultado. A Imperatriz queria incluir o lugar de seu sofrimento e do local de sua glória sob o mesmo teto. No entanto, Helena repousou no Senhor antes desta majestosa igreja ser concluída.

A conclusão da obra coincidiu com a celebração do trigésimo ano do reinado de Constantino. Assim, a consagração da igreja e o jubileu do imperador foram comemorados no mesmo dia, 13 de setembro, 335. Um concílio local de bispos estava sendo realizado em Tiro nesse momento. Estes bispos, e muitos outros, vieram a Jerusalém para a solene consagração da Igreja da Ressurreição do Senhor. Foi então estabelecido que este dia um dia de vitória e triunfo para a Igreja de Cristo, seria solenemente comemorada todos os anos.





FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA E VIVIFICANTE CRUZ



VÉSPERAS
(Celebrada ao por do sol)

Êxodo 15:22-27; 16:1-2

     22 Depois Moisés fez partir a Israel do Mar Vermelho, e saíram para o deserto de Sur; caminharam três dias no deserto, e não acharam água.    23 E chegaram a Mara, mas não podiam beber das suas águas, porque eram amargas; por isso chamou-se o lugar Mara.    24 E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?    25 Então clamou Moisés ao Senhor, e o Senhor mostrou-lhe uma árvore, e Moisés lançou-a nas águas, as quais se tornaram doces. Ali Deus lhes deu um estatuto e uma ordenança, e ali os provou,    26 dizendo: Se ouvires atentamente a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, sobre ti não enviarei nenhuma das enfermidades que enviei sobre os egípcios; porque eu sou o Senhor que te sara.    27 Então vieram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali, junto das águas, acamparam.    1 Depois partiram de Elim; e veio toda a congregação dos filhos de Israel ao deserto de Sim, que está entre Elim e Sinai, aos quinze dias do segundo mês depois que saíram da terra do Egito.    2 E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão no deserto.   

Provérbios 3:11-18

     11 Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enojes da sua repreensão;    12 porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.    13 Feliz é o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire entendimento;    14 pois melhor é o lucro que ela dá do que o lucro da prata, e a sua renda do que o ouro.    15 Mais preciosa é do que as joias, e nada do que possas desejar é comparável a ela.    16 Longura de dias há na sua mão direita; na sua esquerda riquezas e honra.    17 Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas são paz.    18 É árvore da vida para os que dela lançam mão, e bem-aventurado é todo aquele que a retém.   

Isaías 60:11-16

     11 As tuas portas estarão abertas de contínuo; nem de dia nem de noite se fecharão; para que te sejam trazidas as riquezas das nações, e conduzidos com elas os seus reis.    12 Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão; sim, essas nações serão de todo assoladas.    13 A glória do Líbano virá a ti; a faia, o olmeiro, e o buxo conjuntamente, para ornarem o lugar do meu santuário; e farei glorioso o lugar em que assentam os meus pés.    14 Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; e prostrar-se-ão junto às plantas dos teus pés todos os que te desprezaram; e chamar-te-ão a cidade do Senhor, a Sião do Santo de Israel.    15 Ao invés de seres abandonada e odiada como eras, de sorte que ninguém por ti passava, far-te-ei uma excelência perpétua, uma alegria de geração em geração.    16 E mamarás o leite das nações, e te alimentarás ao peito dos reis; assim saberás que eu sou o Senhor, o teu Salvador, e o teu Redentor, o Poderoso de Jacó.




A Glória e a Exaltação de Cristo é a Cruz

Celebramos a Festa da Cruz; por ela as trevas são repelidas e volta a luz. Celebramos a Festa da cruz e junto com o Crucificado somos levados para o alto para que, abandonando a terra com o pecado, obtenhamos os céus. A posse da cruz é tão grande e de tão imenso valor que seu possuidor possui um tesouro. Chamo com razão tesouro aquilo que há de mais belo entre todos os bens pelo conteúdo e pela fama. Nele, por ele e para ele reside toda a nossa salvação, e é restituída ao seu estado original.

Se não houvesse a cruz, Cristo não seria crucificado. Se não houvesse a cruz, a vida não seria pregada ao lenho com cravos. Se a vida não tivesse sido cravada, não brotariam do lado as fontes da imortalidade, o sangue e a água, que lavam o mundo. Não teria sido rasgado o documento do pecado, não teríamos sido declarados livres, não teríamos provado da árvore da vida, não se teria aberto o paraíso. Se não houvesse a cruz, a morte não teria sido vencida e não teria sido derrotado o inferno.

É, portanto, grande e preciosa a cruz. Grande sim, porque por ela grandes bens se tornaram realidade; e tanto maiores quanto, pelos milagres e sofrimentos de Cristo, mais excelentes quinhões serão distribuídos. Preciosa também porque a cruz é paixão e vitória de Deus: paixão, pela morte voluntária nesta mesma paixão; e vitória porque o diabo é ferido e com ele a morte é vencida. Assim, arrebentadas as prisões dos infernos, a cruz também se tornou a comum salvação de todo o mundo.

É chamada ainda de glória de Cristo, e dita a exaltação de Cristo. Vemo-la como o cálice desejável e o termo dos sofrimentos que Cristo suportou por nós. Que a cruz seja a glória de Cristo, escuta-o a dizer: Agora, o Filho do homem é glorificado e nele Deus é glorificado e logo o glorificará(Jo 13,31-32). E de novo: Glorifica-me tu, Pai, com a glória que tinha junto de ti antes que o mundo existisse(Jo 17,5). E repete: Pai,glorifica teu nome. Desceu então do céu uma voz: Glorifiquei-o e tornarei a glorificar (Jo 12,28), indicando aquela glória que então alcançou na cruz.

Que ainda a cruz seja a exaltação de Cristo, escuta o que ele próprio diz: Quando eu for exaltado, atrairei então todos a mim(cf. Jo 12,32). Bem vês que a cruz é a glória e a exaltação de Cristo.

Santo André de Creta

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