30 de Abril de 2015 (CC) / 17 de Abril (CE)
S. Simeão, bispo de Selêucia (Pérsia) e seus 1150 companheiros mártires († 314)
Modo 3
S. Simeão, bispo de Selêucia (Pérsia) e seus 1150 companheiros mártires († 314)
Modo 3
Na Pérsia havia uma comunidade cristã cujos integrantes regiam suas vidas pelas palavras do Evangelho, com abnegação, dispostos sempre a sacrificarem-se pelo nome e pela glória de Cristo. O coração desta comunidade era o bispo Simeão, exemplo de vida cristã. Os persas sentiam-se incomodados com a presença dos cristãos naquela região e os delataram para o rei Sapor II dizendo que os cristãos planejavam uma revolução. O rei então ordenou que o bispo fosse trazido a ele para ser interrogado. Simeão argumentou que os cristãos respeitavam as leis e que ninguém entre eles era rebelde. Porém, o rei não ouviu os seus argumentos e, movido por preconceito contra os cristãos ordenou que Simeão fosse encarcerado. Na prisão, Simeão conheceu Gothazat, um cristão que tinha renegado Cristo para preservar sua vida. Simeão, de maneira doce, conquistou-o de volta ao cristianismo, iluminando seu coração coma luz de Cristo. Quando o rei Sapor soube do ocorrido na prisão, ordenou que os dois fossem decapitados juntamente com os 1150 fiéis de sua comunidade. Assim, entregaram todos as suas almas a Deus. «Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave» (Ef. 5, 1-2).
Atos 8:26-39
26 Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai em direção do sul pelo caminho que desce de Jerusalém a Gaza, o qual está deserto. 27 E levantou-se e foi; e eis que um etíope, eunuco, mordomo- mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adorar, 28 regressava e, sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. 29 Disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. 30 E correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes, porventura, o que estás lendo? 31 Ele respondeu: Pois como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se sentasse. 32 Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim ele não abre a sua boca. 33 Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra. 34 Respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro? 35 Então Filipe tomou a palavra e, começando por esta escritura, anunciou-lhe a Jesus. 36 E indo eles caminhando, chegaram a um lugar onde havia água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? 37 [E disse Felipe: é lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.] 38 mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e Filipe o batizou. 39 Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco, que jubiloso seguia o seu caminho.
João 6:40-44
40 Porquanto esta é a vontade de meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. 41 Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu; 42 e perguntavam: Não é Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz agora: Desci do céu? 43 Respondeu-lhes Jesus: Não murmureis entre vós. 44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.
COMENTÁRIO
“Nosso Senhor Jesus Cristo Nos Alimenta Para a Vida Eterna”
“Nosso Senhor Jesus Cristo Nos Alimenta Para a Vida Eterna”
Na verdade, o reto e verdadeiro conhecimento destas realidades é alimento do espírito. Contudo, Cristo repartiu em abundância a doutrina à plena luz e de dia. Também o maná foi dado aos antepassados ao raiar do dia e à plena luz. Realmente em nós, os crentes, o dia já tem despontado, como está escrito, e o luzeiro nasceu em todos os corações, e saiu o sol de justiça, a saber, Cristo, o doador do maná inteligível. E que aquele maná sensível foi algo assim como uma figura, e este, em vez disso, o maná verdadeiro, Cristo mesmo assegura-nos com todas as garantias, quando diz aos judeus: Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram.
Ele, pelo contrário, é o pão que desce do céu, para que o homem dele coma e não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Aquele que comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo. Nosso Senhor Jesus Cristo nos alimenta para a vida eterna tanto com os seus preceitos que estimulam a piedade como mediante seus místicos dons. Ele é, portanto, realmente em pessoa aquele maná divino e vivificante.
Aquele que dele comer não experimentará a futura corrupção e escapará da morte; mas não aqueles que comeram o maná sensível, pois o “tipo” não era portador de salvação, mas era unicamente figura da verdade. Deus, fazendo cair o maná do céu em forma de chuva, ordena que cada um recolha o que possa comer, e se quer, pode recolher também para aqueles que vivam na mesma tenda. Que cada um – diz – recolha o que possa comer e para todas as pessoas que vivam em cada tenda. Que ninguém guarde para amanhã. Devemos estar bem penetrados da doutrina divina e evangélica.
Portanto, Cristo distribui a graça igualmente para pequenos e grandes, e a todos alimenta igualmente para a vida; quer reunir os demais com os mais fracos, e que os fortes se sacrifiquem por seus irmãos até assumir sobre si os trabalhos deles, e fazer-lhes partícipes da graça celestial. Isto é o que – a meu juízo – ele disse aos próprios santos apóstolos: De graça recebestes, de graça dai. Portanto, aqueles que recolheram para si maná abundante, apressaram-se a reparti-lo entre os que viviam sob as mesmas tendas, isto é, na Igreja. Os discípulos realmente exortavam a todos e os estimulavam a coisas mais dignas; comunicavam a todos em abundância a graça que de Cristo alcançaram.
São Cirilo de Alexandria (séc. V)
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