25 de Abril de 2016 (CC) / 12 de Abril (CE)
Ss. Basilio, o Confessor, Bispo de Pireo.
Neófitos, Anthusis, Pario e Acácios
O NOIVO
A segunda, terça e quarta feira santas são estabelecidas pela Igreja na perspectiva do Fim dos Tempos, de modo a nos lembrar do significado escatológico da Páscoa. A ''normalidade'' do mundo cotidiano será colocada em questão pela Paixão e Morte do Senhor, pelo fim próximo de seu ministério terreno. É o mundo da ''normalidade'', ''costumeiro'', que preferiu a morte à vida.
Pela morte de Jesus, este mundo e vida ''normais'' são condenados, ou antes, é revelada a incapacidade deles para receberem a Luz. ''Agora vem o julgamento deste mundo'' (João 12:31): A Páscoa significa o fim ''deste mundo'' e tem sido, desde então, seu ponto final.
Cristo, realização final da Páscoa realiza a última passagem: a da morte para a vida, a do ''velho mundo'' para o novo século do Reino. E abre também esta possibilidade de passagem para cada um de nós. Podemos viver ''neste mundo'' sem, no entanto, ''pertencer ao mundo'', isto é, sendo livres da morte e do pecado e partícipes do ''século que há de vir''. Mas para isso devemos, primeiro, condenar o velho Adão, nos revestirmos de Cristo na morte batismal e levar nossa verdadeira vida escondida em Deus, com Cristo, ''no século que há de vir''.
A Páscoa não é uma comemoração anual, solene e bela, de um evento passado. É este próprio Evento, revelado, dado a nós, sempre eficiente, sempre revelando o fim de todas as coisas deste mundo, e anunciando o Início da Nova Vida. A função dos três primeiros dias da Semana Santa é nos desafiar com o significado último da Páscoa e nos preparar para entendê-lo e aceitá-lo.
Nesta Grande Segunda Feira Santa, a Igreja observa o Ofício do Noivo. O nome faz referência à figura do Noivo na Parábola das Dez virgens que pode ser lida no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo o Bem-Aventurado Apóstolo São Mateus 25:1-13. O termo ''Noivo'' sugere um amor íntimo.
O Reino de Deus é comparado a um banquete e câmara nupcial, e o Cristo da Paixão é o Noivo Divino da Igreja. A imagem implica na união final entre o Amante e o Amado. O termo também se refere à Parusia e à necessidade de vigilância espiritual, por meio da qual nos tornamos capazes de manter os mandamentos divinos e receber as bençãos do mundo futuro.
O Tropário, que avisa que o ''Noivo vem no meio da noite...'', relata à comunidade esta expectativa essencial: vigiar e esperar o Senhor, que retornará para julgar os vivos e os mortos.
Na Grande Segunda Feira a Igreja também comemora o Patriarca José, amado filho de Jacó. Uma das maiores figuras do Velho Testamento, a história de José e contada no final do livro do Gênesis. A Santa Tradição o vê como protótipo e prefiguração do Cristo. A vida de José ilustra a Providência, a promessa e a redenção divinas. Também neste dia a Igreja comemora o acontecimento da maldição da figueira. O episódio é de grande relevância e, junto ao episódio da Purificação do Templo, é outra demonstração do Poder e Autoridade Divinas de Jesus Cristo.
A figueira simboliza a condenação de Israel por seu fracasso em reconhecer e receber Cristo e Seus ensinamentos. A maldição da figueira é uma parábola em ação, um ato simbólico.
Ele demonstra que um cristianismo apenas nominal é não apenas inadequado mas desprezível e imerecedor do Reino de Deus. A fé cristã genuína é dinâmica e frutífera, e torna o fiel consciente de que ele já é um súdito do Rei e um cidadão do Paraíso.
Portanto, ele deve pensar, sentir e agir de acordo com esta realidade.
Fonte: Cristianismo Ortodoxo
MATINAS
Mateus 21:18-43
18 Ora, de manhã, ao voltar à cidade, teve fome; 19 e, avistando uma figueira à beira do caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas somente; e disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente. 20 Quando os discípulos viram isso, perguntaram admirados: Como é que imediatamente secou a figueira? 21 Jesus, porém, respondeu-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, isso será feito; 22 e tudo o que pedirdes na oração, crendo, recebereis. 23 Tendo Jesus entrado no templo, e estando a ensinar, aproximaram-se dele os principais sacerdotes e os anciãos do povo, e perguntaram: Com que autoridade fazes tu estas coisas? e quem te deu tal autoridade? 24 Respondeu-lhes Jesus: Eu também vos perguntarei uma coisa; se ma disserdes, eu de igual modo vos direi com que autoridade faço estas coisas. 25 O batismo de João, donde era? do céu ou dos homens? Ao que eles arrazoavam entre si: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que não o crestes? 26 Mas, se dissermos: Dos homens, tememos o povo; porque todos consideram João como profeta. 27 Responderam, pois, a Jesus: Não sabemos. Disse-lhe ele: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas. 28 Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, chegando- se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na vinha. 29 Ele respondeu: Sim, senhor; mas não foi. 30 Chegando-se, então, ao segundo, falou-lhe de igual modo; respondeu-lhe este: Não quero; mas depois, arrependendo-se, foi. 31 Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram eles: O segundo. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus. 32 Pois João veio a vós no caminho da justiça, e não lhe deste crédito, mas os publicanos e as meretrizes lho deram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crerdes nele. 33 Ouvi ainda outra parábola: Havia um homem, proprietário, que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, e edificou uma torre; depois arrendou-a a uns lavradores e ausentou-se do país. 34 E quando chegou o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos. 35 E os lavradores, apoderando-se dos servos, espancaram um, mataram outro, e a outro apedrejaram. 36 Depois enviou ainda outros servos, em maior número do que os primeiros; e fizeram-lhes o mesmo. 37 Por último enviou-lhes seu filho, dizendo: A meu filho terão respeito. 38 Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e apoderemo-nos da sua herança. 39 E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e o mataram. 40 Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores? 41 Responderam-lhe eles: Fará perecer miseravelmente a esses maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe entreguem os frutos. 42 Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular; pelo Senhor foi feito isso, e é maravilhoso aos nossos olhos? 43 Portanto eu vos digo que vos será tirado o reino de Deus, e será dado a um povo que dê os seus frutos.
HORA SEXTA
Ezequiel 1:1-20
1 Ora aconteceu no trigésimo ano, no quarto mês, no dia quinto do mês, que estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus. 2 No quinto dia do mês, já no quinto ano do cativeiro do rei Joaquim, 3 veio expressamente a palavra do Senhor a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar; e ali esteve sobre ele a mão do Senhor. 4 Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande nuvem, com um fogo que emitia de contínuo labaredas, e um resplendor ao redor dela; e do meio do fogo saía uma coisa como o brilho de âmbar. 5 E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem; 6 cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas. 7 E as suas pernas eram retas; e as plantas dos seus pés como a planta do pé dum bezerro; e luziam como o brilho de bronze polido. 8 E tinham mãos de homem debaixo das suas asas, aos quatro lados; e todos quatro tinham seus rostos e suas asas assim: 9 Uniam-se as suas asas uma à outra; eles não se viravam quando andavam; cada qual andava para adiante de si; 10 e a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e à mão direita todos os quatro tinham o rosto de leão, e à mão esquerda todos os quatro tinham o rosto de boi; e também tinham todos os quatro o rosto de águia; 11 assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas em cima; cada qual tinha duas asas que tocavam às de outro; e duas cobriam os corpos deles. 12 E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam; não se viravam quando andavam. 13 No meio dos seres viventes havia uma coisa semelhante a ardentes brasas de fogo, ou a tochas que se moviam por entre os seres viventes; e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos. 14 E os seres viventes corriam, saindo e voltando à semelhança dum raio. 15 Ora, eu olhei para os seres viventes, e vi rodas sobre a terra junto aos seres viventes, uma para cada um dos seus quatro rostos. 16 O aspecto das rodas, e a obra delas, era como o brilho de crisólita; e as quatro tinham uma mesma semelhança; e era o seu aspecto, e a sua obra, como se estivera uma roda no meio de outra roda. 17 Andando elas, iam em qualquer das quatro direções sem se virarem quando andavam. 18 Estas rodas eram altas e formidáveis; e as quatro tinham as suas cambotas cheias de olhos ao redor. 19 E quando andavam os seres viventes, andavam as rodas ao lado deles; e quando os seres viventes se elevavam da terra, elevavam-se também as rodas. 20 Para onde o espírito queria ir, iam eles, mesmo para onde o espírito tinha de ir; e as rodas se elevavam ao lado deles; porque o espírito do ser vivente estava nas rodas.
VÉSPERAS
Êxodo 1:1-20
1 Estes são os nomes dos filhos de Israel que entraram no Egito com Jacó, seu pai, os quais vieram, cada um, com toda a sua família: 2 Rúben, Simeão, Levi, Judá, 3 Issacar, Zebulom, Benjamim, 4 Dã, Naftali, Gade e Aser. 5 Porém José já se encontrava no Egito. E todas as almas nascidas de Jacó foram setenta e cinco. 6 E morreu José e todos os seus irmãos, e toda aquela geração. 7 Os filhos de Israel aumentaram e se multiplicaram, tornaram-se numerosos e cresceram fortemente; e a terra multiplicou-os. 8 Então se levantou outro rei sobre o Egito, que não sabia quem era José. 9 E ele disse a seu povo: "Eis que a raça dos filhos de Israel é uma grande multidão, e mais forte do que nós; 10 Vamos, então, e tratemos astuciosamente com eles, para que a qualquer momento não se tornem numerosos demais, e se a guerra acontecer para nós, devam ser adicionados aos nossos inimigos e, tendo prevalecido contra nós na guerra, saiam da terra." 11 E pôs sobre eles feitores, os quais deveriam afligi-los em suas obras; então eles construíram as cidades fortificadas de Faraó, tanto Pitom como Ramsés; e On, que é Heliópolis. 12 Porém, tanto quanto eles os humilharam, tanto eles se multiplicaram e fortaleceram; e os egípcios sobremodo abominaram os filhos de Israel. 13 E os egípcios tiranizaram os filhos de Israel, usando da força, 14 e amargaram-lhes a vida com duros trabalhos no barro e na fabricação de tijolos, e em todas as obras nas planícies, de acordo com as obras em que eles os fizeram servir, usando de violência. 15 O rei dos egípcios falou às parteiras dos hebreus. O nome de uma era Sifrá, e o nome da segunda, Puá. 16 Ele disse: "Quando fizerdes o trabalho de parteiras para as mulheres dos hebreus, e elas estiverem prestes a parir, se for um macho, matai-o; mas, se for uma fêmea, deixai-a viver." 17 Porém as parteiras temeram a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes ordenara; mas elas deixaram os meninos com vida. 18 Então o rei do Egito chamou as parteiras e perguntou--lhes: "Por que tendes feito assim, deixando os meninos com vida?" 19 As parteiras responderam a Faraó: "As mulheres hebréias não são como as mulheres egípcias, pois começam a dar à luz antes das parteiras irem ter com elas. E, assim, elas tem os filhos." 20 Deus tratou bem as parteiras, e o povo se multiplicou, ficou muito forte.
Jó 1:1-12
1 Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó. Era homem íntegro e reto, que temia a Deus e se desviava do mal. 2 Nasceram-lhe sete filhos e três filhas. 3 Possuía ele sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas, tendo também muitíssima gente ao seu serviço; de modo que este homem era o maior de todos os do Oriente. 4 Iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs para comerem e beberem com eles. 5 E sucedia que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó e os santificava; e, levantando-se de madrugada, oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; pois dizia Jó: Talvez meus filhos tenham pecado, e blasfemado de Deus no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente. 6 Ora, chegado o dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles. 7 O Senhor perguntou a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, dizendo: De rodear a terra, e de passear por ela. 8 Disse o Senhor a Satanás: Notaste porventura o meu servo Jó, que ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, que teme a Deus e se desvia do mal? 9 Então respondeu Satanás ao Senhor, e disse: Porventura Jó teme a Deus debalde? 10 Não o tens protegido de todo lado a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? Tens abençoado a obra de suas mãos, e os seus bens se multiplicam na terra. 11 Mas estende agora a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e ele blasfemará de ti na tua face! 12 Ao que disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo o que ele tem está no teu poder; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do Senhor.
LITURGIA DOS DONS PRÉ-SANTIFICADOS
Mateus 24:3-35
3 E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo. 4 Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. 5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão. 6 E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim. 7 Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares. 8 Mas todas essas coisas são o princípio das dores. 9 Então sereis entregues à tortura, e vos matarão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. 10 Nesse tempo muitos hão de se escandalizar, e trair-se uns aos outros, e mutuamente se odiarão. 11 Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos; 12 e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. 13 Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. 14 E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. 15 Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda), 16 então os que estiverem na Judéia fujam para os montes; 17 quem estiver no eirado não desça para tirar as coisas de sua casa, 18 e quem estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua capa. 19 Mas ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles dias! 20 Orai para que a vossa fuga não suceda no inverno nem no sábado; 21 porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. 22 E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias. 23 Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; 24 porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. 25 Eis que de antemão vo-lo tenho dito. 26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. 27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem. 28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres. 29 Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. 30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. 31 E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus. 32 Aprendei, pois, da figueira a sua parábola: Quando já o seu ramo se torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão. 33 Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, mesmo às portas. 34 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas se cumpram. 35 Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão.
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