05 de Outubro de 2016 (CC) / 22 de Setembro (CE)
Pós-festa da Exaltação da Cruz
S. Focas, mártir, bispo de Sinope († c. 110).
Modo 6
Pós-festa da Exaltação da Cruz
S. Focas, mártir, bispo de Sinope († c. 110).
Modo 6
O Santo Mártir Focas nasceu na cidade de Sinope. Desde a juventude levou uma vida cristã virtuosa e em sua vida adulta, foi elevado a bispo de Sinope. São Focas converteu muitos pagãos à fé em Cristo. No momento de uma perseguição contra os cristãos sob o imperador Trajano (98-117), o Governador exigiu que o Santo renunciasse a Cristo. Após tortura feroz, eles submeteram São Focas em um banho de água fervente, onde morreu uma morte de mártir no ano 117.
No ano 404 as relíquias do Santo foram transferidas para Constantinopla (Comemoração da Transferência de Relíquias é de 22 de Julho).São Focas é especialmente venerado como um defensor contra os incêndios, mas também como ajudador de pessoas que sofrem afogamento.
Gálatas 6:2-10
Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Mas prove cada um a sua própria obra, e terá glória só em si mesmo, e não noutro. Porque cada qual levará a sua própria carga. E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui. Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.
Lucas 4:1-15
E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto; E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma; e, terminados eles, teve fome. E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão. E Jesus lhe respondeu, dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus. E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero. Portanto, se tu me adorares, tudo será teu. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te para trás de mim, Satanás; porque está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás. Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; Porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem, E que te sustenham nas mãos, Para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor teu Deus. E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo. Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor. E ensinava nas suas sinagogas, e por todos era louvado.
MEDITAÇÃO
Este êxodo de Jesus para o deserto depois do seu batismo tem um simbolismo duplo: (1) Significa o tempo em que Israel peregrinou no deserto por quarenta anos após o seu "batismo" no Mar Vermelho; e (2) e prefigura a nossa própria jornada no mundo caído e as lutas que travamos pelo Reino após o nosso batismo. O Espírito impele Jesus ao deserto para ser tentado, isto é, para ser testado em áreas fundamentais da fé. Nós que somos batizados em Cristo não precisamos ser derrotados por tentações, porque nós também somos socorridos pelo Espírito Santo. O deserto é um campo de batalha, uma imagem do mundo: Tanto é a morada de demônios, como também é uma fonte de tranquilidade e o local onde experimentamos o Divino triunfo.
Ao contrário do povo de Israel, Jesus no deserto, não cai em tentação. Os israelitas foram testados por quarenta anos no deserto, e se mostraram desobedientes e desleais. Deus os humilhou, deixando-os, primeiramente, experimentar a fome, mas, logo em seguida, os alimentou com o maná para ajudá-los a aprenderem a ser dependentes de Deus (Dt 8: 2-5). Aqui, Jesus é testado com fome de quarenta dias, mas Ele não peca. Suas respostas a Satanás são as que estão no Deuteronômio, e todas elas exortam à lealdade para com Deus.
Jesus jejuou para vencer a tentação, dando-nos um exemplo de nosso próprio poder e limitações em face à tentação. A fome de Sua carne não controla a sua vontade; em vez disso, Ele controla a Sua carne. O jejum de quarenta dias do nosso Senhor é o fundamento dos quarenta dias de jejum quaresmal da Igreja antes de Semana Santa, e do jejum antes do Natal.
O diabo desafia o relacionamento de Cristo com o Pai. “Se Tu és o Filho de Deus” põe em questão a declaração do Pai no Batismo de Cristo (3:17). O diabo quer levar Jesus a agir de forma independente e a desligar-Se da vontade do Pai. Em Sua natureza divina, Cristo compartilha uma vontade com o Pai e o Espírito Santo; Ele não pode fazer nada de Si mesmo (Jo 5:30), além do Pai. Mas, em Sua humanidade, Ele possui o livre arbítrio, e em todos os momentos deve optar por permanecer obediente à vontade divina do Pai.
Ao rejeitar a primeira tentação, Jesus rejeita um reino terreno, e nos mostra a não viver buscando o conforto terreno, na "comida que perece" (Jo 6:27). Enquanto Adão ignorou a palavra divina, a fim de satisfazer as paixões do corpo (Gn 3), o Novo Adão –Cristo – vence toda a tentação pela palavra divina, conferindo à natureza humana o poder de vencer Satanás.Visto que Cristo lhe havia derrotado pelo poder das Escrituras, Satanás tenta em vão usar as Escrituras para colocar o poder protetor de Deus à prova. (Veja também 2 Pd 1: 19-21.)
Provações e tentações vêm por conta própria; nunca devemos nos expor intencionalmente ao perigo, a fim de testar ou provar a proteção de Deus; pois, fazer isso é tentar o Senhor.
O Reino de Deus não é um poder terreno e posses. No teste do diabo, Jesus estava sendo solicitado a escolher o poder mundano em lugar do Reino de Deus. O diabo é o "príncipe deste mundo" (Jo 12:31), "o deus deste mundo" (2Co 4: 4), porque o mundo inteiro está em seu poder (1Jo 5:19). Jesus recusa o caminho da glória terrena, o que o levaria para longe de seu sofrimento e morte para a redenção do mundo.
Comentário da "Orthodox Bible Study "
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