sexta-feira, 21 de outubro de 2016

18ª Sexta-feira Depois de Pentecostes

21 de Outubro de 2016 (CC) / 08 de Outubro (CE)
Santa Pelágia, a penitente (II metade do séc. V)
Modo 8




Pelágia, a penitente, era uma belíssima bailarina de Antioquia, que encantava os homens com sua dança e os ornamentos luxuosos que usava e que ostentava sua riqueza e sua vida promíscua. Numa ocasião, o patriarca de Antioquia convocou o Sínodo dos Bispos ante a Basílica de São Juliano, o mártir, onde costumava a pregar o honorável bispo de Edessa, São Nono. Pelágia passou pelo pórtico naquela ocasião, cavalgando um cavalo branco, rodeada de admiradores, com os braços e ombros descobertos, como se vestiam as cortesãs daquela época, e lançando olhares provocativos. São Nono interrompeu sua pregação, enquanto os outros bispos baixaram discretamente seus olhos, e fixou seu olhar em Pelágia até que desaparecesse de sua vista. Perguntou, em seguida, aos outros bispos: «Não vos parece muito bela esta mulher?» Os bispos, sem saber o que dizer, permaneceram calados. Nono acrescentou: «A mim, me pareceu muito bela, e creio que é uma lição de Deus para nós. Esta mulher faz o impossível para manter sua beleza e aperfeiçoar-se na dança. Quanto a nós, não realizamos por nossas dioceses e por nossas almas, sequer a metade do que ela faz». Naquela mesma noite São Nono se viu, em sonho, celebrando a Liturgia, enquanto um grande e estranho pássaro, sujo e agressivo, tentava impedi-lo. Quando o Diácono despediu os catecúmenos, a criatura partiu com eles, mas pouco tempo depois retornou e São Nono conseguiu então apanhá-lo e mergulhá-lo na fonte do átrio. A ave saiu da água branca como a neve, desaparecendo entre as nuvens.

No dia seguinte, um domingo, todos os bispos que assistiram a Divina Liturgia celebrada pelo Patriarca, pediram a ele que pregasse. Pelágia, que sequer era catecúmena, sentiu-se impelida a ir à Igreja naquele dia e, ouvindo a pregação do Patriarca, sentiu suas palavras caírem fundo em seu coração. Tempos depois, escreveu uma carta a São Nono rogando-lhe que permitisse falar com ele. São Nono concordou em lhe conceder uma audiência, na condição de que isto acontecesse na presença de outros bispos. Ao aproximar-se de São Nono, Pelágia caiu de joelhos diante dele pedindo-lhe o batismo e suplicando para que se interpusesse entre ela e seus pecados para que o espírito do mal não tivesse mais domínio sobre sua alma. A pedido de Pelágia o Patriarca nomeou como sua madrinha Romana, a mais velha das diaconisas, e São Nono batizou Pelágina, conformando-a na fé e lhe dando a comunhão. Oito dias depois de seu batismo, Pelágia, que já havia renunciado a todos os seus bens em favor dos pobres, despojou-se da túnica branca dos batizados e, à noite, vestida como um homem, abandonou Antioquia e seguiu solitária, a pé, para Jerusalém onde se instalou numa gruta fechada, no Monte das Oliveiras. Logo ficou conhecida como «Pelágio, o monge sem barba». Três ou quatro anos mais tarde, Jacob, um diácono de São Nono, foi visitá-la e, durante sua permanência em Jerusalém, Pelagia entregou sua alma a Deus. Ao sepultá-la, descobrindo seu verdadeiro sexo, exclamaram: «Glória a ti Senhor, Jesus Cristo, porque tens na terra muitos tesouros escondidos».



Efésios 6:18-24

Com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por todos os santos, e por mim, para que me seja dada a palavra, no abrir da minha boca, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias, para que nele eu tenha coragem para falar como devo falar. Ora, para que vós também possais saber como estou e o que estou fazendo, Tíquico, irmão amado e fiel ministro no Senhor, vos informará de tudo; o qual vos envio para este mesmo fim, para que saibais do nosso estado, e ele vos conforte o coração. Paz seja com os irmãos, e amor com fé, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. A graça seja com todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo com amor incorruptível.  

Lucas 7:31-35

31 A que, pois, compararei os homens desta geração, e a que são semelhantes? 32 São semelhantes aos meninos que, sentados nas praças, gritam uns para os outros: Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamos lamentações, e não chorastes. 33 Porquanto veio João, o Batista, não comendo pão nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demônio; 34 veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores. 35 Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos. 

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